"As pinturas têm uma vida própria que deriva da alma do pintor." Vincent Van Gogh
Passa muito tempo a pensar sobre pintura? Sempre teve vontade de desenvolver a sua veia artística, mas não sabe por onde poderá começar?
Pintar um quadro é uma atividade extremamente relaxante e divertida, perfeita para praticar no seu tempo livre. Em silêncio ou com música, os artistas retratam as suas emoções ou as suas mais diversas inspirações através da utilização dos seus pincéis e mais variados tipos de tintas. Mas que estilo de pintura é o mais indicado? Prefere a pintura com óleos, acrílicos, aguarelas ou pastéis? Quer desenvolver o seu talento na pintura abstrata ou realista?
Neste artigo encontrará tudo o que precisa de saber sobre as diversas técnicas de pintura, e as que são mais utilizadas para que consiga decidir que a vertente da expressão plástica é que será a mais adequada para si!
Pequeno glossário de técnicas e materiais de pintura
Antes de começarmos, e para garantir que temos todos o mesmo nível de conhecimento, deixamos um pequeno glossário de termos que vamos mencionar ao longo deste artigo e que deve conhecer bem.

Não é uma lista muito extensiva, por isso bastam 5 minutos para se familiarizar com eles:
- Aguarela: tipo de tinta em que os corantes são suspensos em água. A transparência é uma característica marcante, e a pintura deve ser feita num papel adequado;
- Óleo: pigmentos misturados com um meio oleoso, normalmente óleo de linhaça. Oferece uma enorme flexibilidade a combinar cores e tem um tempo de secagem mais lento;
- Acrílico: tinta com corantes suspensos num polímero acrílico. Seca mais rapidamente do que os óleos e pode ser aplicada numa variedade de superfícies, como telas, papel ou madeira;
- Guache: semelhante às aguarelas, os guaches utilizam corantes diluídos em água. A diferença é que os guaches contêm um aglutinante opaco, proporcionando uma cobertura mais espessa;
- Têmpera: estilo de pintura que utiliza pigmentos misturados com uma solução aquosa, muitas vezes à base de ovo. É conhecido pela sua durabilidade e opacidade;
- Pastel seco ou oleoso: os pastéis secos são compostos por corantes em pó, enquanto que os pastéis oleoso inclui óleos na sua composição. Ambos são aplicados diretamente nas superfícies, proporcionando uma cor vibrante;
- Tela: superfície tradicional para pintura, geralmente esticada num suporte de madeira. Pode ser revestida com um primer para receber diversos tipos de tinta;
- Pincéis: ferramentas variadas utilizadas para aplicar tinta. Existem versões de diferentes formas e tamanhos, cada um adequado para fins específicos, como detalhes finos ou pinceladas largas;
- Papel para aguarela: papel especialmente projetado para aguarela, geralmente mais espesso e capaz de absorver e suportar a quantidade de líquido sem deformar;
- Painel de madeira: uma superfície de madeira preparada com primer, para que possam ser aplicadas tintas;
- Palete: objeto plano onde as cores da tinta são misturadas. Pode ser feita de madeira, plástico ou vidro;
- Medium: substância adicionada à tinta para modificar as suas características, como tempo de secagem, consistência e transparência. Por exemplo, óleo de linhaça é frequentemente usado como medium em pinturas com óleos;
- Trincha: ferramenta usada para aplicar tinta de forma mais grosseira ou criar texturas. Pode ser feita de cerdas naturais ou sintéticas.
Agora que já sabe isto tudo, podemos avançar! Mas antes, que tal ver um curso de pintura acrilico para principiantes?
Atelier de pintura: quais as características da pintura com tintas a óleo?
A pintura a óleo é uma técnica que combina cor e óleo (o mais comum sendo o de linhaça) para formar uma pasta colorida que seca de forma muito lenta. O tempo que esta tinta demora a secar permite que o pintor a consiga trabalhar e retocar cada cor ou forma durante mais tempo.

A invenção da pintura com óleos é concedida aos irmãos Van Eyck no século XV. No entanto, ainda é um tema debatido nos dias de hoje, porque já vários pintores tinham tentado combinar pigmentos e óleos alguns anos antes para darem vida às suas criações artísticas.
No entanto, a diferença é que os irmãos Van Eyck tiveram a ideia de combinar óleo de linhaça, de nogueira e essência de terebintina com vários corantes, de forma a conseguir uma tinta que fosse resistente à água e que demorasse muito tempo a até ficar seca.
A grande vantagem deste estilo de pintura é, precisamente, essa característica que permite que seja manipulada ao longo de muitas horas de trabalho, o que a torna um excelente material para pintores focados na criação de quadros de grande escala e com inúmeros detalhes na sua composição.
Quanto mais espessa for cada camada do seu quadro, mais tempo irá demorar a endurecer. Este tempo pode até mesmo variar desde algumas semanas a alguns meses (ou mesmo anos!) para uma camada mais espessa. Em algumas circunstâncias, algumas pinturas podem até nunca secar completamente!
Uma outra grande característica específica da pintura a óleo que a difere de todas as restantes é o seu brilho, conseguido devido à composição oleosa do material usado.
Este tipo de pintura é frequentemente utilizada para ilustrar paisagens, naturezas-mortas ou retratos e pode ser usada tanto em tecidos sintéticos como em telas de linho cru. É um estilo indicado para pintores pacientes e meticulosos, já que trabalhar num quadro com este tipo de tinta implica um cuidado enorme ao misturar cores e na sobreposição de cada camada. Na verdade, o método tradicional da pintura a óleo requer várias semanas até chegar ao resultado final, já que será necessário esperar que as primeiras camadas de tinta sequem antes de poder continuar com o seu trabalho.

Antes de mais, aconselhamos que faça primeiro um rascunho e que depois o tente reproduzir na sua tela com carvão, por exemplo. Depois do rascunho ser transferido, será necessário usar uma única cor diluída com terebintina para cobrir todos os traços de carvão. Este processo ajuda a que o pintor tenha uma ideia do efeito que poderá conseguir com o seu trabalho, e também poderá aproveitar a oportunidade para criar um jogo de luz.
As cores podem, então, ser aplicadas, mas sempre respeitando a regra das camadas mais grossas serem aplicadas primeiro que as mais finas e, claro, considerando o tempo de secagem necessário entre cada uma. Se esta regra não for respeitada, a tela pode envelhecer mal e a tinta quebrar ao longo do tempo de exposição!
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Descubra nas aulas de pintura como fazer um quadro com tinta acrílica
A Wikipédia define este tipo de tinta como "uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada numa camada espessa ou fina, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura de óleos com as de aguarela."
O aparecimento das primeiras pinturas sintéticas a acrílico ocorreu nos anos 30, nos Estados Unidos. Estas tintas eram tipicamente utilizadas para a pintura de carros ou edifícios, mas alguns pintores começaram a ver o seu potencial para outro tipo de criações, e começaram a usá-las para fins artísticos.
Mas o tipo de tinta que conhecemos hoje só foi inventado em 1963, pelo químico Henry Levinson que, ao desenvolver uma variedade que poderia ser diluída em água, conseguiu potenciar as suas características mais artísticas.
A tinta comercializada atualmente é composta por corantes, naturais ou sintéticos, levemente esmagados aos quais, de forma a atingir a consistência adequada, se acrescenta uma mistura de água e resina acrílica, para conseguir a textura final tão característica deste material de pintura.
Pode ser utilizada numa ampla variedade de materiais, como telas, onde é vastamente mais utilizada, o papel, já que existem tipos de papel com uma gramagem própria, ou até mesmo paredes de edifícios!
A peculiaridade da tinta acrílica é que, na realidade, é muito fácil de usar. Basta misturá-la com um pouco de água e torna-se muito fácil de espalhar nas telas, tendo ainda a mais valia de exalar muito pouco cheiro e seca de forma rápida, ao contrário do que acontece com tinta a óleo.
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Aprenda as características das pinturas a aguarela num atelier de pintura
A aguarela é um dos estilos mais antigos de suporte flexível. É muitas vezes comparada ao guache, sendo que este último utiliza muito pouca água na sua manipulação, enquanto que a primeira depende inteiramente da sua utilização para a realização dos seus trabalhos.

Devido a esta dependência da água no manuseamento, a pintura em aguarela é bastante fácil de retocar, se for necessário. Na verdade, mesmo quando seca, a tinta pode ser facilmente corrigida com a aplicação de um pouco de água sobre a secção que pretende melhorar.
No entanto, é também esta versatilidade que lhe confere toda a sua complexidade, já que é necessário saber como dosear a quantidade de líquido a utilizar para não apagar as bases da pintura, nem fazer com que a cor desapareça do seu papel ao ficar demasiado diluída.
Outro benefício deste tipo de material de pintura é que o tempo que demora até ficar seco é relativamente rápido, sendo apenas necessário esperar que os líquidos evaporem para poder terminar o seu quadro. Existem alguns pintores que aproveitam o facto de pintarem em papel para, depois de seca, poderem acrescentar pequenos pormenores a lápis ou a caneta à sua criação e torná-la mais complexa.
Este estilo de pintura também é bastante apreciada graças à quantidade mínima que é necessária para que qualquer pintor seja capaz de produzir verdadeiras obras de arte. Caso esteja a pensar ter aulas nesta vertente artística, o seu investimento monetário também será bastante baixo, já que só irá precisar de:
- Pincéis adequados a um tipo de tinta bastante aquoso;
- Papel de elevada gramagem para que não se danifique com a utilização de líquidos;
- Aguarelas em tubo ou encontradas em blocos coloridos nalguns estojos de pintura;
- Paleta para misturar as suas cores;
- Água.
Para iniciar a sua obra, o pintor tem duas opções, pode:
pintar diretamente na folha de papel seco
saturar a folha com água antes de aplicar a tinta
Qualquer que seja a sua preferência irá verificar que esta tinta é extremamente fácil de utilizar, mesmo se for um novato no mundo das artes plásticas. Encontre um bom curso de pintura na Superprof e dê início à sua jornada nas artes com aguarelas!
Aulas de pintura: como aprender a técnica da pintura com pastel?
O pastel é um material artístico para pintura, bastante semelhante aos lápis de cera, capaz de ser encontrado em qualquer loja de utensílios de arte no formato de:
barra
bastões cilíndricos
lápis
As pinturas com pastéis, sendo feitas através de uma tinta que possui a maior concentração de pigmento quando comparada a todas as outras variantes, refletem a luz sem ofuscar as tonalidades mais escuras do seu quadro, o que lhe permite utilizar cores muito saturadas na sua obra de arte.
Como em muitas técnicas pictóricas diferentes, a primeira fase da pintura em pastel é a criação do fundo, já que, com materiais com os pastéis, é muito fácil ir além das linhas. A verdade é que o pó se espalha por toda a parte durante a sua utilização, por isso o pintor deve ser capaz de criar uma margem para pintar por cima enquanto desenha. Ao fazer o fundo primeiro, torna-se mais fácil traçar as restantes linhas da sua pintura e ir construindo a sua paisagem, um passo de cada vez.
Depois de ter terminado o seu trabalho no fundo, poderá então colorir as restantes partes do seu trabalho, sempre do mais claro ou mais escuro.
Apesar de ser bastante simples de manipular, é muito fácil cometer erros ao utilizar esta técnica de pintura. Para o ajudar, deixamos algumas dicas para que consiga tirar o melhor proveito possível desta ferramenta:
- Não abuse nas sombras: fazer sombras em excesso confere uma impressão de simplicidade ao seu quadro. Desta forma, para não perder a dimensão que deseja obter nos seus quadros, deve apenas usar esta técnica para alguns elementos do fundo, conferindo profundidade à sua criação. Depois disso, deve focar-se nos pequenos detalhes que poderá atribuir às camadas superiores mais claras, atribuindo à sua pintura um visual mais interessante e profissional;
- Reproduza obras ou imagens conhecidas: caso seja um principiante neste tipo de pintura, poderá experimentar tentar reproduzir quadros de grandes pintores como Monet, Picasso, Rembrandt, Braque, Dali, Van Gogh, Manet, Courbet e outros, antes de partir para criações originais. Isso irá fazer com que tenha a oportunidade de treinar o seu olhar atento aos pormenores, dando-lhe ainda a capacidade de refinar os movimentos da sua mão;
- Pratique com regularidade: para progredir na técnica do pastel, ou em qualquer outra, é necessário que pratique regularmente. Este é o melhor conselho que pode receber enquanto artista, porque é com a prática que percebe as variadas técnicas de utilização do material, as reações do pastel ao papel e ainda que parte da sua execução deve ser melhorada para conseguir melhores resultados. Para se tornar num pintor de sucesso, pode praticar através de aulas de pintura ou até mesmo experimentando novos exercícios como autodidata.

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Como escolher a técnica de pintura adequada para a sua obra de arte?
Escolher a técnica de pintura adequada para criar a sua própria obra de arte depende de vários fatores, incluindo o estilo desejado, o tema, a sua experiência e, claro, preferências pessoais como pintor.

Antes de mais, deve estar intimamente familiarizado com todos os estilos de pintura que mencionamos acima, Deve conhecer bem todas as suas características mais importantes, aquilo que as diferencia e todos os detalhes únicos que possam influenciar a aparência final da obra.
Como mencionamos, alguns materiais secam mais rapidamente do que outros. Se preferir trabalhar de forma mais rápida e com sobreposições, deve preferir uma técnica de pintura que o permita fazer. Se não se importa de esperar durante períodos mais longos para acabar, o ideal é optar por uma lhe proporcione tempos de secagem mais lentos.
E não se esqueça do tipo de superfícies que vai utilizar! Algumas técnicas funcionam melhor em papel, enquanto que outras são mais apropriadas apenas para tela ou madeira.
Depois, deve considerar o estilo artístico que quer alcançar no seu produto final. Por exemplo, se estiver interessado num estilo mais clássico e detalhado, a pintura a óleo pode ser uma escolha apropriada. Se preferir algo mais rápido e vibrante, as acrílicas podem ser mais adequadas.
É aqui que a sua experiência pessoal vai ser importante. Se já tem experiência com uma determinada vertente artística e se sente confortável a utilizá-la, pode ser mais fácil desenvolver as suas competências nessa área. Se tem um estilo pessoal característico que quer manter, não há problema! Desde que não tenha medo de experimentar.
Acima de tudo, deve praticar. Experimente diferentes estilos em projetos pequenos para ver qual gosta mais e com qual se sente mais confortável. Às vezes, a combinação de várias técnicas distintas também pode ser interessante!
Ainda tem dúvidas? Peça a opinião a outros artistas ou mentores. Às vezes, uma perspetiva externa pode oferecer insights valiosos sobre as escolha que tem pela frente!
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Muito bom esse artigo. Obrigado!