A sociedade portuguesa evoluiu ao longo dos séculos e esta evolução é analisada pelos estudantes no programa curricular de qualquer um dos cursos de história do ensino. Seja nas disciplinas de história e geografia de Portugal no ensino básico, nas disciplinas de história A e história de arte no ensino secundário, ou até mesmo em cursos superiores nas áreas da história, das ciências ou das letras no ensino superior.
Aprender como é que o nosso país evoluiu no contexto social, histórico e político é muito importante para a educação dos estudantes, uma vez que é o que lhes permite ter uma visão do mundo atual e das razões porque aqui chegamos. É mais do que os estudos, é conhecer o lugar onde vivemos.
Mas sabemos que fazer essa avaliação nem sempre é fácil. História não é uma das disciplinas preferidas dos alunos e o programa curricular do curso é muitas vezes aborrecido. Por isso, e para todos aqueles alunos com dificuldades em fazer a sua própria pesquisa e investigação, compilamos as informações mais importantes sobre o período histórico dos séculos XII e XIII em Portugal, a sua sociedade e os eventos que a marcaram.

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Caracterização da sociedade nos séculos XII e XIII
A sociedade portuguesa dos séculos XII e XIII era uma sociedade feudal, dividida em três grupos: nobreza, clero e povo. Na verdade, a maior parte das linhagens nobres nacionais começaram nestes séculos. A "alta" nobreza tinha ganho os seus títulos na guerra, através de recompensas, isenções e privilégios. A "baixa" nobreza era formada, essencialmente, por proprietários de terras, que na sua maioria descendiam de famílias antigas.
O clero, por sua vez, tinha mais coesão no campo religioso, cultural e intelectual do que no plano social e económico. Dividia-se em dois tipos: o secular, das dioceses e das comunidades e igrejas rurais, e o regular, das ordens religiosas, que viviam em comunidade monástica (mosteiros de monges) e conventual (conventos de frades).
O clero dividia-se em "alto" clero (bispos, abades, priores, mestres das ordens religiosas e militares), quase sempre oriundo da nobreza, e "baixo" clero (clérigos, frades, monges, irmãos conversos), proveniente da baixa nobreza ou do povo. Num país cristão, o clero tinha um protagonismo ainda maior do que o da nobreza em várias situações, como na influência no poder real ou da "alta" nobreza, para além do poder cultural num país onde existiam poucas escolas (apenas as da Igreja) e onde o analfabetismo era quase total.
Por outro lado, a sociedade portuguesa também se dividia entre senhores e trabalhadores. Os senhores podiam ser laicos (nobres) ou eclesiásticos (clero) e tinham total autoridade nas suas terras. Os trabalhadores estavam divididos entre livres (trabalhadores rurais ou criados) e não-livres (escravos e servos). Além dos serviços que prestavam, pagavam rendas anuais e tributos.
Os trabalhadores livres, anda que economicamente estivessem numa situação idêntica à dos servos, podiam ir para os concelhos, ou seja, os locais povoados por membros do povo, com proteção real e leis próprias. Nestes concelhos, mais urbanizados, qualquer trabalhador livre podia tentar melhorar a sua situação económica e social.

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Eventos mais marcantes destes séculos
Os alunos que frequentam um curso de letras e humanidades e têm que realizar provas de acesso aos cursos da universidade e os alunos que ingressaram num curso superior no campo da história, das letras ou das ciências, tem acesso a informações mais detalhadas sobres os acontecimentos mais importantes no decorrer da história. Mas, mesmo os estudantes que não vão seguir uma licenciatura na faculdade devem fazer pesquisa e investigação sobre estas áreas, de forma a garantir que têm sucesso nos estudos e boas notas no final do ano.
No que diz respeito aos séculos XII e XIII, estes foram os eventos mais marcantes:
- Condado Portucalense: em 1096, o rei Afonso VI entregou o governo do Condado Portucalense, formado em 868, a Henrique de Borgonha pelo casamento com a sua filha, Teresa de Leão;
- Batalha de S. Mamede: o confronto decisivo, em 1128, entre os barões portucalenses comandados por D. Afonso Henriques e as forças defensoras de uma união com a Galiza;
- Criação do Reino de Portugal: em 1139, depois de uma importante vitória contra um contingente mouro na batalha de Ourique, D. Afonso Henriques passa a intitular-se rei dos portugueses e, assim, nasce o Reino de Portugal, com capital em Coimbra;
- Tratado de Zamora: o Tratado de Zamora, em 1143, assinala o momento em que D. Afonso Henriques foi oficialmente reconhecido como rei pelo monarca do reino de Castela, e a consequente emancipação de Portugal e a sua formação como país independente;
- 1ªs Cortes de Coimbra: foi em 1211 que se reuniram pela primeira vez as cortes em Coimbra com representantes do clero e nobreza, onde se publicaram leis para proteger os bens da Coroa, garantir as liberdades e proibir os abusos dos funcionários régios;
- Língua portuguesa como língua oficial: em 1290, a língua portuguesa foi considerada a língua oficial do reino de Portugal, em vez do latim. É também neste ano que foi fundada a primeira universidade do país.
Todos estes acontecimentos foram essenciais para o desenvolvimento do país e fazem parte do plano de estudos de qualquer curso de história. Se algum deles lhe era desconhecido faça uma pesquisa sobre o assunto, e fomente a sua educação com uma investigação mais profunda.

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Personalidades mais importantes em ambos os séculos
Os alunos que pretendem seguir um curso superior na faculdade e que terão que fazer provas de acesso para a licenciatura devem dedicar mais tempo aos estudos do campo de história, em comparação com a disciplina de ciências, letras ou arte. Isso inclui uma breve apresentação dos elementos sociais mais importantes da história portuguesa e porque estão incluídos no plano de estudo do curso.
No caso dos séculos XII e XII são eles:
- D. Afonso Henriques: primeiro rei de Portugal, assumiu a chefia do Condado Portucalense em 1128 e continuou a sua expansão, conquistando territórios aos muçulmanos que ocupavam uma parte importante da Península Ibérica;
- Santo António: frade franciscano e um dos santo mais populares de Portugal. Recebeu a sua formação cultural nas escolas e mosteiros portugueses e ensinou Teologia em várias cidades europeias;
- Isabel de Aragão: casada com o rei D. Dinis e padroeira da cidade de Coimbra, ficou conhecida como rainha Santa Isabel. São várias as lendas que cresceram em torno da sua figura, sendo o milagre das rosas a mais conhecida;
- D. Dinis: o fundador da Universidade em Portugal, cultivou a poesia galego-portuguesa (cantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer) e instaurou o uso do português como língua escrita em documentos oficiais, assim como a tradução de textos de crónica e jurídicos.
Qualquer um destes nomes lhe deve ser familiar, mas no caso de não ser, tem muito mais informação à distância de um click. Faça uma pesquisa mais aprofundada e perceba porque são tão importantes para a história, a cultura e o património português.
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Ambiente político e a dinastia no poder
Os séculos XII e XIII da história de Portugal foram marcados pelo início da monarquia no país e a sua primeira dinastia, a Afonsina. A formação de Portugal enquanto estado nacional e independente está relacionada com as dezenas de guerras que assolavam a região.
O país só se tornou um reino com D. Afonso Henriques, que declarou a sua independência em 1139 e se intitulou rei de Portugal. Foi assim que se iniciou a dinastia Afonsina, que deu continuidade ao processo de consolidação territorial de Portugal.
Ainda assim, a independência portuguesa esteve sempre em risco, devido às variadas e consecutivas tentativas de invasão por parte do reino de Castela. Isso levou a vários reinados atribulados e turbulentos, com diferentes batalhas e conflitos e, na generalidade, uma grande instabilidade política.

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Aulas de história e a economia e desenvolvimento deste período
No decorrer destes séculos existiam vários problemas económicos que precisavam de ser resolvidos e grandes extensões de terra estavam áridas e despovoadas. O comércio e a educação estavam em ruínas. A administração estava ultrapassada pela autoridade dos tribunais feudais e eclesiásticos. A supremacia da Coroa, embora fosse reconhecida, era instável.
Tal como acontecia em toda a Europa, a economia dos tempos medievais em Portugal era essencialmente agrícola. A agricultura estava a cargo dos camponeses, homens que, não sendo escravos, estavam presos à terra onde trabalhavam. Isto porque a agricultura e as atividades semelhantes, como a pecuária, a pastorícia, a apicultura, entre outras, praticavam-se, maioritariamente, em terras arrendadas. Grande parte dos rendimentos da terra era encaminhada para a casa dos senhores, uma vez que estavam sujeitos a impostos.
Isto levou a que se iniciassem reformas necessárias para a introdução de métodos melhores de cultivo e à criação de escolas agrícolas. Também se incentivou o comércio marítimo e, claro, foi criada a primeira universidade do país. Mesmo assim, o ensino em Portugal, e a sua primeira universidade, tiveram muito pouca visibilidade internacional, devido à falta de condições do país durante a época.
Com um curso intensivo de história ou uma licenciatura na faculdade pode aprender isto tudo e muito mais! Conheça tudo sobre este período histórico e outros, a nossa arte, cultura e património sem ter que fazer investigação a solo. E se precisar de ajuda pode sempre recorrer a um centro de estudo ou aos professores particulares de história da Superprof. Apenas com uma pesquisa tem acesso a uma avaliação de cada professor no seu perfil e pode o profissional ideal, tudo à distância de um click!