A sociedade foi modificando durante todos os períodos da história de Portugal, com variados acontecimentos e personalidades que tiveram impacto nas suas classes sociais, na cultura, na economia, na política e até no património.
É por esse motivo que se estuda história na escola e proliferam os cursos do campo da história em qualquer universidade e faculdade do país, juntamente com as ciências, letras e arte. Da mesma forma, existem cada vez mais alunos a realizar as provas de acesso para uma licenciatura ou curso de graduação no campo histórico, mesmo que história não seja uma das disciplinas favoritas do plano curricular.
Mas mesmo completando um curso sobre todos os séculos anteriores, fica uma questão pendente. O que nos espera o futuro? Quais serão os desenvolvimentos nas áreas das ciências, das letras, da política, da investigação e do património que farão parte do curso de história do futuro?
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Caracterização da sociedade portuguesa atual
A sociedade portuguesa atual, ao contrário da que é caracterizada nos cursos de história, tem acesso a muitas comodidades. Carros, telemóveis, televisões, redes sociais, tudo está disponível na ponta dos dedos. Desta forma, e habituada a todas essas vantagens que não estavam disponíveis nos períodos históricos anteriores, é uma sociedade extremamente consumista e acomodada.
Habituada ao uso da internet, e a tudo o que isso inclui, a população tem tudo à distância de um click. Supermercado? Online. Compras? Online. Farmácia? Online. Consultas médicas? Certamente que já nos fizemos entender. Com todas as vantagens associadas ao desenvolvimento do mundo virtual, principalmente tendo em conta a necessidade crescente disso mesmo, não podemos deixar de ponderar sobre o seu efeito nas relações pessoais.
Por outro lado, e ainda que por vezes separada por um ecrã, a sociedade portuguesa está cada vez mais preocupada com o meio ambiente, o clima e o aumento do aquecimento global. Denota-se um tentativa real de diminuir a pegada humana, o aumento da preocupação com a reciclagem e a utilização de materiais reutilizáveis. Essa preocupação tem já uma influência ao nível social, político, económico e cultural.
Impulsionada pelos acontecimentos globais recentes, há também uma tentativa de inclusão social, num combate ativo ao racismo, à homofobia e outros tipos de exclusão que têm impacto no ensino, no mercado do trabalho e na vida da população.
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Eventos que podem marcar o futuro das aulas de história
Nunca seremos capazes de prever realmente quais serão os eventos mais importantes na história futura do nosso país, que os futuros estudantes estudarão nas disciplinas de história e geografia do 1º e 2º ciclo, nas disciplinas de história A e história de arte nos cursos de letras e humanidades do ensino secundário ou nos cursos de história do ensino superior. Mas mesmo não sendo possível prever aquilo que os futuros estudantes vão aprender como momentos chave da história de Portugal na universidade ou faculdade, podemos ponderar sobre os movimentos que já existem no país e que aparentam ter uma grande importância na nossa história.
Energia totalmente verde?
Para os estudantes que necessitam da definição, a energia verde é uma energia produzida através de fontes renováveis que não gera substâncias contaminadoras nem gases de estufa, respeitando e biodiversidade e o ecossistema. Atualmente, Portugal é o terceiro país da União Europeia que mais usa energia renovável.
Existem vários motivos, económicos e sociais, para optar por utilizar apenas energia de fontes renováveis, entre elas, poupar na fatura da energia, optar por uma escolha renovável e sustentável com zero emissões e preservar os recursos do planeta. Em Portugal já é possível ter energia em casa de forma 100% verde, mas ainda são poucas as casas que o fazem, mesmo com a crescente preocupação com o ambiente. Será que no curso de história do futuro se apontará XXI como o século onde toda a energia usada era verde?
Desaparecimento do carros a gasóleo e gasolina?
Em Portugal, tal como nos restantes países do mundo, a compra de veículos com tecnologia elétrica tem vindo a aumentar de forma considerável. E devido ao preço dos combustíveis e à sua pegada ambiental, não é de espantar. Além disso, o governo português atualizou o programa de apoios para veículos de baixas emissões, de forma a incentivar a sua compra.
Neste momento, a autonomia é o maior travão à massificação dos modelos elétricos. Mas, nos últimos tempos, com toda a pesquisa e investigação sobre o assunto, tem sido possível aumentá-la significativamente. Será que veremos os futuros alunos dos cursos de história a viajar em veículos totalmente elétricos para a universidade ou faculdade?
Desaparecimento do dinheiro físico?
O aparecimento dos cartões multibanco, das transferências bancárias e de sistemas como a MBway diminuiu drasticamente a utilização de dinheiro físico, levando até à retirada de circulação das notas mais altas. Recentemente, assiste-se ao aumento da popularidade e valor da criptomoeda e existem já várias empresas em Portugal que a aceitam como tipo de pagamento. Será isto uma indicação que deixaremos de ter dinheiro físico em circulação?
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Personalidades com impacto no futuro do curso historia online
Tal como acontece com o tópico anterior, não é possível definir concretamente quem serão as pessoas com mais impacto na história do país no futuro, que farão parte dos livros de história e do programa de estudos dos alunos do ensino português.
Portugal tem vindo a produzir cada vez mais trabalhadores com formação em variadas áreas das letras, ciências sociais e ciências tecnológicas e arte que fazem furor pelo mundo fora. São indivíduos com competência nas áreas das línguas, da escrita, da arte do cinema, da pesquisa e investigação, da medicina, da economia, da cultura e da política. Pessoas com peso verdadeiro na história, que ocupam cargos na NASA, na ONU e outras instituições pelo mundo fora.
Muitas delas mantém-se anónimas, vangloriadas em pequenas notícias de jornais pela sua educação, formação e impacto no campo onde trabalham. Mas alguns têm reconhecimento nacional e internacional e esses podemos garantir que farão parte do programa curricular dos cursos de história do futuro e estarão incluídos no plano de estudos dos cursos de 1º e 2º ciclo, dos cursos do ensino secundários e nos cursos superiores da universidade.
Falamos, por exemplo, de António Guterres, o atual secretário das Nações Unidas, e Mário Centeno, antigo ministro das finanças e agora presidente do Eurogrupo. Tal como eles, certamente que dezenas de outros nomes portugueses vão deixar a sua marca na história.
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Centro do esquema político
Desde o final da ditadura no país e o início da democracia, o ambiente político em Portugal não tem tido grandes oscilações. Alternando entre os dois partidos políticos com mais influência, socialista ou social-democrata, não tem havido grande espaço para extremismos.
No entanto, com a crise financeira dos últimos anos, os partidos laterais têm ganho cada vez mais influência. É de especial preocupação o partido de extrema direita, o Chega, que tem tirado grande proveito do descontentamento popular para ganhar mais apoiantes e um papel mais importante na política.
Sem um reforço de qualidade da democracia, poderemos ter em risco a sociedade representativa, participativa, inclusiva e justa que temos vindo a contruir. Acima de tudo, é importante promover a cidadania e a participação política dos cidadãos, de forma a manter o sistema democrático no país e não apenas nos estudos dos livros de história.
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Economia e desenvolvimento possíveis
Com a entrada de Portugal na CEE e o suporte dos fundos europeus, a economia do país prosperou. No entanto, a crise económica dos últimos anos trouxe vários entraves ao nosso desenvolvimento, particularmente o endividamento, a baixa natalidade, o envelhecimento, a fraca produtividade, a desigualdade económica, a falta de poupança e os baixos níveis de educação.
Para alterar esta situação, será necessário um investimento grande na educação, na saúde, na pesquisa e investigação técnica, na sustentabilidade, na habitação e na inclusão de todos os membros da sociedade. É necessário proporcionar uma igualdade de oportunidades e acesso com qualidade aos principais serviços públicos, para que o país possa desenvolver e evoluir.
Isso passa por flexibilizar o mercado de trabalho, adequando a semana de trabalho, alterar o sistema de educação e formação técnica às necessidades reais das empresas e investir na pesquisa e investigação científica para aplicações no mercado.
Com a impossibilidade de designar aquilo que irá acontecer no futuro, podemos afirmar com certeza que os desenvolvimentos que já existem no presente, nomeadamente a eficiência energética, o dinheiro virtual e as novas tecnologias, terão um grande impacto no futuro.
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