Observar sem avaliar é a forma mais elevada de inteligência humana.

Jiddu Krishnamurti

Entre as diferentes formas de desenhar, o desenho da observação é quase a base obrigatória! Sabemos que não é muito empolgante desenhar uma cesta de frutas quando começa a aprender a desenhar. No entanto, é um passo essencial para entender os conceitos básicos de desenho.

A observação é um processo complexo que pode ser aprendido. Reproduzir um objeto com precisão, examinar os recursos de um rosto para desenhar um retrato realista, pintar uma paisagem… Estes exercícios têm como ponto comum os sentidos que se devem mobilizar.

O desenho de observação também é isso. Observe sem julgar. Não deixe o seu cérebro interpretar o que vê, mas seja fiel à realidade. Parece simples? Vamos descobrir um pouco mais! Descubra os segredos do desenho de observação num curso de ilustração!

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Como surgiu a arte de desenhar?

A história do desenho começou há milhares de anos, na pré-história. Nas cavernas estão gravados até hoje, por meio de pinturas, os hábitos e experiências dos "homens das cavernas", que utilizavam as pinturas rupestres como forma de se expressar e comunicar, antes mesmo de existir linguagem verbal.

técnicas para aprender desenho de observação
Os desenhos de observação tem uma origem antiga, quase tão antiga como a humanidade. | Fonte: Pexels

Ao longo dos séculos e com a evolução das artes e das ciências, o desenho passou a ser utilizado mais, de formas diferentes e para fins variados. Pode-se dizer que o desenho é um precursor da linguagem escrita, da fotografia, do cinema, e até mesmo das representações cartográficas.

O processo de desenhar acompanhou o homem durante toda a sua evolução, e é parte integrante do seu percurso histórico, ao:

  • Ilustrar templos sagrados e túmulos;
  • Relatar a vida quotidiana, e até mesmo a vida após a morte, como vemos nos desenhos egípcios;
  • Representar os deuses mitológicos gregos e romanos;
  • Conduzir navegantes por mares desconhecidos, como aconteceu durante os séculos XV e XVI.

Como mencionamos, na época da pré-história o desenho surgiu como uma forma de as pessoas comunicarem, facilitando a evolução de uma linguagem falada e escrita.

É praticamente impossível de determinar se o homem aprendeu a desenhar antes de falar. A linguagem oral tem por característica precisamente o facto de não deixar registos, ao contrário do que acontece com os retratos, que, tal como as pinturas rupestres, ficam registados nas paredes ou outros meios. Mas é inegável que a expressão através de pinturas facilitou a comunicação daqueles povos primitivos.

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Sabia que?

Foi na antiguidade que o desenho ganhou um estatuto sagrado, principalmente no Egito, onde era utilizado para decorar túmulos e templos.

Mesopotâmicos, Chineses e povos do continente Americano também desenvolveram os seus próprios estilos de desenho, com significados próprios e que caracterizavam os hábitos e a cultura de cada população. Exatamente como acontecia na antiguidade clássica, quando gregos e romanos utilizavam o desenho para representar os seus deuses mitológicos.

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Como a invenção do papel e outros utensílios mudou a forma de desenhar

A invenção do papel pelos chineses há mais de três mil anos foi, sem dúvida alguma, um acontecimento com um enorme impacto para todos os estilos de desenho.

pessoa a desenhar em papel

Antes do surgimento deste meio, os suportes usados para desenhar eram dos mais variados: blocos de barro ou argila, couro, tecidos, folhas de palmeira, pedras, ossos de baleia, papiro (uma espécie de papel mais fibroso muito usado pelos egípcios) e até mesmo bambu.

Acredita-se que por volta do ano VI a.C. os chineses já utilizavam um papel de seda branco próprio para desenho e escrita. Mas, o material da forma que conhecemos hoje em dia, surgiu apenas em 105 d.C., tendo sido mantido em segredo pelos chineses durante quase 600 anos.

A técnica utilizada pelos chineses da época já era muito semelhante à que usamos hoje em dia: extração das fibras vegetais, prensagem e secagem.

Os acessórios utilizados para desenhar também evoluíram com o tempo. O primeiro "utensílio" com que se desenhava eram os dedos, precisamente com os quais os homens da caverna fizeram suas pinturas rupestres. Os babilónios, por outro lado, utilizavam pedaços de madeira ou osso em formato de cunha para desenhar em tábuas de argila: daí o nome da escrita "cuneiforme".

Com a invenção do papiro pelos egípcios, foi necessário desenvolver outros materiais para a escrita e o desenho. Passaram então a ser utilizados madeira e ossos molhados em tinta vegetal e, depois, as famosas penas ou ainda o carvão que já era utilizado pelo homem das cavernas.

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Sabia que?

A famosa caneta esferográfica só foi inventada em 1938.

No século XVIII as penas passaram a ser de metal e em 1884, Lewis E. Watterman patenteou a caneta tinteiro, a precursora das esferográficas.

A evolução do desenho ao longo dos séculos

Tal como os instrumentos utilizados para desenhar evoluíam, a própria maneira de desenhar evoluiu também. O desenho à vista teve um grande crescimento na época dos samurais, no Japão entre 1192 e 1600. Para quem não sabe, os samurais além de guerreiros também se dedicavam a aprender várias formas de expressão artística.

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Sabia que?

Foi no Japão que a famosa tinta da china ganhou destaque! Inventada na China, esta tinta preta bastante utilizada para desenhar, era feita de um pigmento negro extraído de compostos de carbono queimados, como o carvão.

Como aconteceu com praticamente todas as vertentes tradicionais de arte, foi a religião que ajudou a difundir o desenho no ocidente. Embora na antiguidade já se fizessem desenhos que retratavam o quotidiano das pessoas ou até mesmo a natureza, a religião (particularmente a cristã) elevou o desenho e as artes a outro patamar.

Se antes se retratava a vida quotidiana e a natureza, na idade média as pinturas e esculturas restringiam-se quase exclusivamente a retratar passagens bíblicas e outros eventos cristãos. Só já na época do Renascimento é que o desenho ganha perspetiva e passa a retratar mais fielmente a realidade, ao contrário do que acontecia, por exemplo, nas ilustrações da Idade Média.

Com o Renascimento, também surgiu um conhecimento mais aprofundado da anatomia humana e os desenhos tornaram-se mais realistas. O desenho de observação era muito comum nesta época e os grandes mestres da pintura eram também exímios desenhadores que usavam os seus conhecimentos da anatomia para dar mais realismo às imagens, através do uso de sombras, proporção, luz e cores.

Após a Revolução Industrial, o desenho ganhou novas funções. Foi neste período que surgiu, por exemplo, o desenho industrial, utilizado para projetar máquinas e equipamentos. Outro acontecimento que marcou a história do desenho e contribui para o seu desenvolvimento foi o surgimento da banda desenhada, em 1890! Já as caricaturas, surgiram após a Primeira Guerra Mundial, entre 1914-1918.

Mas da década de 90 até os dias de hoje as evoluções, tanto nos estilos, como nas técnicas, foram muitas! Centenas de jornais pelo mundo fora utilizam ilustrações nas suas mais diversas modalidades: cartoons, caricaturas, desenhos técnicos, animes, mangas, entre outros.

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O que é o desenho de observação?

Pouco praticado no desenho da imprensa, o desenho da observação consiste em reproduzir de forma mais realista um determinado objeto. É, de certa forma, o estilo de representação da realidade.

O desenho de observação pode retratar diversos objetos: paisagens, natureza morta, modelos (pessoas ou objetos), edifícios de arquitetura, etc. Não é, de modo algum, uma questão de interpretação, de imaginação, de criação… É um estilo difícil, porque requer um certo domínio dos conceitos básicos de desenho, mas também um treino pessoal sobre como alguém usa os seus sentidos.

pequenos desenhos de manequins

A imagem não é inspirada de uma fotografia, por exemplo, ou a imaginação do artista, mas sim a partir da observação da vida real. Tradicionalmente, o desenho é feito com lápis, carvão ou outros utensílios. Mas o artista pode, ainda, usar uma caneta esferográfica ou tinta da china, bem como tintas ou aguarelas para colorir.

O exercício de desenho de observação é algo essencial para o seu aperfeiçoamento como desenhador ou artista plástico. Com as suas ilustrações, poderá comunicar ideias e demonstrar a sua forma de interpretar o mundo.

Cada detalhe tem importância: a maneira como escolhe a composição, as cores que irá usar, como retrata o que está a ser desenhado, como trabalha elementos técnicos como luz, sombra e contrastes, etc.

Quando vemos um bom desenho de observação, quase que chegamos a dizer: "É incrível, parece uma foto!". Para chegar a essa fase, é imperativo trabalhar a sua técnica e dominar todos os conceitos. Numa representação bem sucedida, encontramos:

  • perspetiva;
  • respeito pela proporção;
  • texturas e materiais;
  • sombras e luzes;
  • detalhe minucioso;
  • características finas.

E pode melhorar consideravelmente as suas competências de desenho de observação através de alguns exercícios simples. Vejamos alguns!

Trabalhe a composição

Corte um quadrado ou retângulo de cartão e utilize como ferramenta para ajudar a fazer a composição. Observe o seu redor e tente encontrar algo que gostaria de desenhar e selecione o melhor ponto de observação. Esta ferramenta irá ajudá-lo a definir as bordas de sua composição e como situar o tema dentro do quadro de trabalho.

Escolha bem o material de trabalho

Para se sentir mais à vontade a desenhar, é essencial ter o material adequado. Nós recomendamos que use uma folha grande ou um caderno no formato maior que houver. O ideal é que o que utilizar tenha pelo menos o dobro do tamanho tradicional. Se optar por folhas muito pequenas, vai acabar por restringir os movimentos das mãos e a capacidade de precisão, podendo distorcer o resultado final.

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meus desenhos de estudo de observação ✍🏻

♬ 3D (feat. Jack Harlow) - Jung Kook & Jack Harlow

Concentre-se no que está a fazer

A sua atenção deve estar totalmente focada naquilo que está a representar. Deve ver e analisar o seu modelo pelo menos 50% do tempo, ou se possível, mais! Veja cuidadosamente cada detalhe, concentre-se naquilo que realmente quer desenhar. Perca mais tempo com os aspetos que podem fazer toda a diferença no seu desenho: onde é que as linhas se cruzam, os ângulos, quais são as formas básicas, as proporções de altura e largura, etc.

Além de ser um exercício muito importante, é normal que demore alguns minutos apenas a analisar todos os detalhes possíveis do está a ser desenhado. Só após dedicar uns bons minutos a este movimento, é que pode começar a fazer os primeiros esboços do tema em questão.

Exercite o seu olhar

Para fazer um desenho de observação, deve-se considerar que a mão é uma extensão dos olhos. Devemos desenhar apenas o que vemos. Para conseguir isso, é óbvio que é preciso ter o modelo à sua frente. Os olhos devem fazer um vai e volta entre a folha branca e o objeto (pessoa, animal) a ser desenhado.

Antes de começar a desenhar a primeira linha, deve fazer alguns minutos de reflexão para visualizar o objeto na sua totalidade antes de notar cada detalhe. E existem muitos modelos que pode utilizar para treinar.

folha com desenhos realistas de joias
Pode utilizar inúmeros objetos para desenho de observação diferentes, não faltam possibilidades! | Fonte: Pexels

Há dicas para fazer um curso de desenho lisboa, mas antes de começar, deve tentar chamar a atenção do seu lado cerebral mais criativo!

Desenho de observação e lado direito do cérebro

Costuma-se dizer que, para desenhar de forma realista, é preciso acordar o lado direito do cérebro. Mas sabe o que é que isso quer dizer? E qual é a diferença entre os dois lados cerebrais?

  • O lado esquerdo do cérebro é o centro analítico. É a parte relacionada com o raciocínio e a lógica;
  • O lado direito, por outro lado, lida com a criatividade, o humor, mas também, e é o que nos interessa, a perceção das formas no espaço.

Esta teoria foi desenvolvida por Betty Edwards no seu livro "Desenhando com o Lado Direito do Cérebro". E a boa notícia? Estas competências não são inatas, são trabalhadas. Portanto, é possível praticar para promover o desenvolvimento deste lado cerebral. À primeira vista, pode pensar que o lado lógico e racional, seria mais relevante para o desenho da observação.

mulher a segurar cartaz com desenho de lâmpada

Mas isso está longe de ser verdade! Pelo contrário, o hemisfério esquerdo tende a distorcer a realidade percebida.

Vejamos o exemplo das crianças, cujas capacidades de observação ainda não estão muito desenvolvidas. À frente dos objetos, as crianças não desenham o que veem, mas o que sabem e, especialmente, a representação que conhecem. Vão desenhar quatro rodas para um carro, mesmo que apenas vejam duas porque, como sabemos, um carro tem quatro rodas.

Da mesma forma, muito influenciado pelas experiências pessoais e o conhecimento de cada indivíduo, este hemisfério vai analisar a perceção visual e o desenho não será fiel à verdade, mas sim a uma lógica. O lado direito, por outro lado, vai perceber de forma realista os objetos.

Por isso, para aprender a conseguir um retrato de uma observação, é essencial ver as coisas de outra forma. Para esquecer tudo o que aprendemos, todo os "preconceitos" e nos concentrarmos apenas na forma a ser reproduzida.

Para treinar, é preciso muito pouco material: um caderno, um lápis, um carvão ou tinta. Não há necessidade de cavalete ou pincéis Concentre-se primeiro na precisão do esboço e aproveite todo o conhecimento das aulas de pintura.

Como reproduzir aquilo que observa em alguns passos?

O desenho da observação é realizado em várias etapas. Isso sempre é feito em uma ordem específica:

  1. O esboço geral do que vai a desenhar;
  2. Os detalhes observados.

Um desenho de observação deve, de facto, respeitar perfeitamente um quadro, as proporções do que é desenhado e as perspetivas. Portanto, devemos primeiro compreender os elementos a serem incluídos no desenho como um todo. Quando o primeiro esboço é desenhado, devemos ponderar se cada elemento está de acordo com as observações: posicionamento, tamanho, orientação, etc.

Trabalhe o seu sentido de observação

Depois de concluir o primeiro passo, podemos concentrar-nos nos detalhes que compõem o assunto. Cada elemento deve ser analisado de forma precisa individualmente, mas também em comparação com os restantes que compõem o retrato. Este trabalho requer conhecimento avançado em desenho e muita técnica. É necessário formalizar as texturas, os materiais, o brilho, as sombras, mas também trabalhar os espaços vazios.

Para aprender a fazê-lo, existem vários exercícios práticos que são fáceis de realizar e ajudam a desenvolver o sentido de observação. Deixamos alguns exemplos que pode utilizar:

  • Desenhe sem olhar para a folha: partindo do principio que a mão deve ser a extensão do olho, prenda o papel na mesa e represente o objeto sem olhar para ela;
  • Desenhe ao contrário: esta é uma das técnicas para aprender a desenhar e a usar o lado correto do cérebro. Basta escolher um modelo, mas representá-lo ao contrário. Uma técnica genial para se desconectar do hemisfério cerebral esquerdo e concentrar a sua atenção só no que vê;
  • Reproduza as formas vazias: em vez de reproduzir o braço de um personagem, desenhe o espaço entre o corpo e o braço.

Desenhe o que não vê

Não, não nos vamos contradizer. Mesmo que pareça um paradoxo flagrante, para desenhar o que vemos, também é preciso desenhar o que a não vemos, pelo menos à primeira vista. Não estamos a fazer sentido? Já explicamos.

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Representação completa

O desenho da observação requer um controlo perfeito das perspetivas, das profundidades, da proporção, das linhas, etc. Portanto, é essencial saber o que está por trás dos objetos para reproduzir um desenho fiel e realista.

Vamos dar um exemplo. Imagine que está a desenhar uma personagem à frente de uma biblioteca. Se se concentrar no que vê, vai representar apenas parte do mobiliário. O risco, se não colocar todo o mobiliário no seu esboço, é que as prateleiras da biblioteca não estarão perfeitamente alinhadas, no mesmo nível, ou que a perspetiva ficará distorcida.

Mesmo que o resultado final mostre apenas a realidade da observação, na sua composição, é importante incluir os elementos ocultos que parecem importantes. É o mesmo que representar um personagem. Parte do braço está escondido? Ainda assim, é preciso saber como está posicionado atrás do tronco para produzir um desenho realista. A estrutura invisível influencia a aparência final!

O que o desenho de observação pode proporcionar?

O desenho da observação é um exercício muito interessante, mesmo para um desenhador amador. Isto porque permite desenvolver efetivamente certas qualidades e competência como:

  • dominar os seus gestos;
  • desenvolver o sentido de observação;
  • promover capacidades de concentração;
  • centrar-se no momento.
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Utilidade no campo da saúde

Sabia que uma ilustração do coração humano é indispensável para os estudantes de medicina?

É também uma atividade que pode ser particularmente útil no quotidiano, até mesmo no seu trabalho. O desenho de observação é o cerne de muitos campos profissionais, tais como:

  • ciências;
  • engenharia;
  • arquitetura;
  • jornalismo;
  • construção civil;
  • saúde;
  • justiça e sistema criminal;
  • design e design industrial.

As competências adquiridas durante o seu curso de desenho online ou presencial são numerosas e podem ser aplicadas em muitos campos, sejam mais ou menos artísticos!

Mas antes de dominar a arte do desenho, terá de passar por muitas horas de prática. O desenho de observação é uma área essencial a praticar e torna possível abordar todos os restantes estilos com muito mais facilidade. Para descobrir mais sobre o desenho, não hesite em experimentar técnicas avançadas de desenho (como sombreamento, desenho a carvão, hachuras, etc.). Isto facilita encontrar o seu caminho e desenvolver um estilo único!

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Louizy

Graduada em publicidade e especializada em Marketing. Adora ler e escrever sobre tudo e mais um pouco.

Catarina

Eterna otimista, com um bichinho por viajar. Apaixonada por literatura e ficção. Metro e meio de pessoa, vivo pelo lema "Though she be but little, she is fierce". Trabalho atualmente como tradutora e redatora freelancer.