A simplicidade é a conquista final. Depois de ter tocado uma quantidade de notas e mais notas, é a simplicidade que emerge como a recompensa coroada da arte.
Frédéric Chopin
Aprender a tocar piano é, acima de tudo, aprender a expressar os seus sentimentos e libertar os seus sentidos. Mas também é o resultado de anos de treino para ser capaz de ler uma partitura, dominar o solfejo e a teoria da música.
Quando está a começar, um iniciante em qualquer instrumento é colocado à frente de algumas grandes dificuldades: como a de coordenar os movimentos das duas mãos, por exemplo. Mas não precisa de ser um grande músico como J. S. Bach ou F. Schubert para se divertir com o piano: com o domínio de alguns acordes básicos, já pode tocar algumas peças de piano famosas.
Para reproduzir o prelúdio de Bach, por exemplo, basta dominar um arpejo de acordes simples. Claro, é preciso saber encadear cada acorde perfeitamente, mas estamos ainda bem longe da Sonata ao luar de L. V. Beethoven! E para o ajudar a dominar cada um deles, criamos este artigo focado no estudo dos acordes básicos do piano para iniciantes.
Piano: acordes maiores e menores
Para aprender os acordes básicos no piano, não precisa de estudar solfejo numa aula intensiva. As sucessões de acordes podem ser facilmente decoradas, porque as mudanças de notas são muito pequenas.
Regra geral, a mão esquerda toca o acorde, enquanto a direita toca a melodia, que é constituída pelas notas da escala na qual o acorde é tocado. Ou seja, tocar a melodia é brincar com as notas que estão a ser emitidas.
Mas então, como aprender, reconhecer, dissociar e reproduzir acordes menores e maiores? Vamos começar por ver quais são!
Os acordes maiores
Os acordes maiores são aqueles que dão uma sonoridade alegre ao ouvido. São muito simples de aprender, mas é necessário conhecer algumas noções de solfejo, sobretudo os intervalos de notas.
É necessário partir de uma das notas tónicas fundamentais para tocar um acorde maior perfeito. Depois, aumentamos dois tons para encontrar a terça maior e aumentamos um tom e meio para encontrar a quinta justa, formando uma tríade maior. Por exemplo, um C (dó) maior pode ser composto da seguinte forma: do, mi, sol. É o acorde perfeito de C maior, composto por um fundamental (C), uma terça maior (E) e a quinta justa.
Deve-se sempre ter cuidado para manter dois tons entre a tónica fundamental e a terça, e um tom e meio entre a terça e a quinta.
Ao seguir este processo, podemos reproduzir todos os acordes maiores de uma grande escala:
- Dó: Dó-mi-sol;
- Ré: ré-fá-lá;
- Mi: mi-sol-si;
- Fá: fá-lá-dó;
- Sol: sol-si-ré;
- Lá: lá-dó-mi;
- Si: si-ré-fá.
É um pouco mais complicado tocar os acordes sustenidos e bemóis: mas basta transpor sobre as teclas pretas enquanto conta os intervalos das notas.
Acordes menores
Os acordes menores dão um toque melancólico e um pouco nostálgico a uma música no piano. Criam uma atmosfera mais triste.

Agora que sabemos como reproduzir um acorde maior, não há nada mais simples do que encontrar o acorde menor.
Sim, porque para ter o tom menor de um acorde no piano, basta descer a terça maior num semitom: este torna-se uma terça menor e é tocada no bemol (muitas vezes uma tecla preta do lado esquerdo) da nota. O mesmo acontece para os acordes maiores: um C menor torna-se um dó-mi bemol-sol.
E assim por diante, desde que mantenha sempre um tom e meio entre a tónica fundamental e a terça, e dois tons entre a terça e a quinta.
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Os 4 acordes indispensáveis
A grande vantagem do piano é que, quando conhece os acordes básicos, consegue reproduzi-los noutros instrumentos. O piano é tido muitas vezes como o instrumento mais "nobre" de todos os instrumentos de corda. Isto porque, regra geral, é o instrumento mais utilizado nas aulas de teoria musical.
E tocar uma melodia "que soe bem" exige poucos acordes. Para fazer isso, basta conhecer apenas quatro acordes, uma grade chamada mágica e indispensável:
C (dó maior)
G (sol maior)
Am (lá menor)
F (fá maior)
Esta é uma sequência a que chamamos mágica, e que pode ser encontrada numa quantidade absurda de músicas, dos Beatles a Roberto Carlos, de Pink Floyd a Rita Lee, incluindo grande parte do pop rock internacional moderno. Verdadeiros clássicos do piano!
Os acordes mágicos são, portanto, sequências de acordes de piano "que soam bem" aos ouvidos, e construídos com a mesma estrutura (em harmonia, sete graus de uma escala de piano).
Uma sequência deste tipo é constituída da seguinte forma:
- Um acorde maior de primeiro grau (a primeira nota da escala);
- Um acorde maior do quinto grau (a quinta nota);
- Um acorde menor de sexto grau (a sexta nota);
- Um acorde maior de quarto grau (a quarta nota).
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Criar uma melodia com a sequência de C maior, G maior, A menor e F maior é um clássico que funciona bem! A parte mais difícil não é tocar os acordes, mas encontrar a melodia que funciona melhor! No entanto, graças a esta hierarquia de graus, para mudar os tons da música no piano, basta transpor de acordo com o lugar no teclado, onde se começa o primeiro acorde.
Por exemplo, pode começar com um E maior (mi, sol, si), B maior (si, ré, fá), C menor sustenido (dó, mi, sol) A maior (lá, dó, mi). E por diante!
No teclado, também são simples de executar porque o intervalo entre cada nota é regular. E o nosso truque para aqueles que têm dificuldades? Conte com os dedos, percorrendo as notas da escala de dó (do, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó) e encontre a sequência dos acordes.
Qualquer pianista iniciante terá prazer em descobrir que a maioria dos sucessos musicais são constituídos pelos mesmos quatro acordes mágicos. Mas quais são as melhores maneiras de tocar piano?
Acordes no piano: músicas para iniciantes
Antes de comprar um piano, deve dominar todos os acordes! Estudar uma música deve ser, acima de tudo, um prazer.

É por este motivo que é aconselhável escolher um repertório de músicas adaptado ao seu nível, de forma a evitar a desmotivação devido à complexidade de uma partitura musical.
O segredo é aprender a pressionar e depois soltar o pedal do piano antes de cada início de série de notas. Não é necessário ser um especialista em piano para compor as músicas básicas!
Basta conhecer os acordes de base e o funcionamento do pedal, para obter uma melodia harmoniosa em apenas algumas aulas de piano Almada.
E se está em fase de aprendizagem, deixamos uma pequena lista não exaustiva das melhores músicas para praticar:
- Para Elisa de Beethoven (apenas a primeira parte);
- Comptine d’un autre été de Yann Tiersen;
- Someone like you de Adele;
- All of me de John Legend;
- Variações de Goldberg de Jean-Sébastien Bach;
- Marcha nupcial de Wagner;
- A bela adormecida de Tchaïkovski;
- Angels de Robbie Williams;
- Candle in the wind de Elton John.
Procure variar os géneros musicais para ter uma maior diversidade durante suas aulas de piano Cascais. Enquanto que a música clássica é perfeita para tocar com ambas as mãos, as músicas contemporâneas são mais recomendadas para a iniciação básica do piano, porque utilizam muitas vezes uma quantidade menor de acordes. Por isso, instale-se no banco e comece já a treinar os seus dotes!
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Criar uma melodia no piano
Infelizmente, não existe uma receita mágica para criar melodias nos teclados. A melodia é o elemento mais livre de uma música, que é menos sujeito a restrições.
Na criação das melodias, a inspiração está em primeiro lugar. Como já mencionamos, as melodias têm duas fontes:
- O seu estado interior, as suas emoções, as suas emoções, os seus sentimentos num determinado instante. As melodias, mais do que qualquer outro elemento musical, expressam a alma da pessoa que toca;
- As melodias inventadas pelos compositores que ouve. A inspiração nunca vem do nada. É produzida por uma sensibilidade artística e ela própria é resultado da escuta atenta e recorrente de música (não necessariamente de piano).
Para inventar melodias no piano, é necessário um único pré-requisito: ter conhecimento de escalas.
Para improvisar a sua, deve conhecer a estrutura da escala na qual improvisa. Uma escala é uma sequência consecutiva de sete notas, separadas por semitons (por exemplo, mi-fá) ou tons (por exemplo, dó-ré). Se estiver em dó maior, a escala será: dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-(dó). Se estiver em mi maior, a escala será: mi-fá-sol-lá-si-dó-ré-(mi).
As melodias não devem fazer grandes desvios. Se tocar: dó-sol-si-ré-fá-si, a melodia não fica muito "bonita", falta coerência, fica um pouco desarticulada.
Há um total de doze escalas maiores e doze escalas menores. Se improvisar uma melodia em dó maior, pode usar as notas na escala dó maior: ou seja, todas as notas brancas, mas sem teclas pretas. A regra é a seguinte: uma melodia está sempre conectada a uma determinada escala, ou seja, a um conjunto de 7 notas. Claro, em dó maior, é possível usar notas fora da escala de dó maior, mas para começar é preferível usar apenas as que fazem parte.
Nas melodias, uma nota não deve estar mais de três ou quatro notas distante da anterior. Claro, novamente, esta é uma regra que pode ser útil para começar, mas que pode ser quebrada mais tarde. Mas para se libertar das restrições musicais, é necessário compreendê-las bem e saber cumpri-las.
Acordes de piano na mão esquerda
Se quer acompanhar uma melodia, terá que utilizar acordes, é claro. Os acordes enriquecem as melodias, que sozinhas podem ser um pouco pobres. Mas quais escolher? Mais especificamente:
- Como fazer o acorde na mão esquerda "soar bem" com a melodia na mão direita?
- Como é que os acordes "combinam" entre eles?
É a harmonia musical que é a resposta para estas questões. A harmonia musical é a ciência dos acordes e do seu sequenciamento. É, na verdade, um conceito bastante recente. Na Idade Média, os músicos tinham uma visão predominantemente melódica desta arte. Uma música era composta por uma única voz ou várias vozes, todas melódicas. A ciência que estudava a coexistência de linhas melódicas numa determinada música chama-se contraponto.

O contraponto respondia à pergunta: como garantir que as diferentes vozes melódicas numa música soam bem juntas? Mas a música continuou a evoluir e, durante o Renascimento, a voz superior (o soprano) tornou-se independente dos outras e a única voz melódica. Nasce então a harmonia musical.
Não temos tempo para explicar totalmente a importância deste conceito, mas vamos explicar algumas ideias básicas relacionadas com a harmonia. Como mencionamos, um acorde é uma combinação de dois intervalos: uma terça e uma quinta. O acorde, por exemplo, é: dó-mi-sol. O intervalo dó-mi é o intervalo de terça e o intervalo dó-sol é o intervalo de quinta. O acorde de sol é: sol-si-ré.
Num determinado intervalo, existem sete acordes diferentes, mas nem todos têm a mesma importância. Os acordes mais importantes são os construídos nos graus I, IV e V. Ou seja, na escala de dó maior:
- O acorde de dó maior I: dó-mi-sol (com função "tónica");
- O acorde de sol maior V: sol-si-ré (com função "dominante");
- O acorde de fá maior IV: fá-lá-dó (com função "subdominante").
Tente alternar estes três com a mão esquerda enquanto toca uma melodia improvisada com a direita.
Pode começar por utilizar apenas estes três acordes no estado fundamental. Pode tentar encontrar as combinações que melhor funcionam entre si, mas verá que com este conjunto a sua improvisação nunca soará "errada".
Quais são as etapas para compor uma peça de piano?
Existem alguns passos que devem ser respeitados no momento de criar uma obra musical. Se não seguir estes passos e utilizar os truques e técnicas necessários, vai perder a cabeça a tentar e as músicas nunca vão ficar como queria!
Letras antes da melodia ou o contrário?
A maioria dos compositores vai dizer que é melhor compor as melodia depois de escrever as letras. Os motivos são simples: é mais fácil definir uma peça quando as letras já estão escritas, porque a música já vai ter uma certa estrutura (tamanho dos versos, refrão, a parte semântica, etc.). Com a letra, fica mais fácil pensar no tempo e no tom da obra.
Mas é sempre possível compor a melodia antes de escrever as letras. Se o compositor se sentir à vontade e for criativo, até pode ser até uma vantagem. Tendo o ritmo e o tom já definidos, podemos encontrar mais facilmente um sentido para as nossas rimas.
Como escolher os acordes principais?
A primeira coisa a fazer quando começa a compor é definir um quarteto de acordes fundamentais. Escolhê-los bem e conseguir encontrar a identidade melódica que pretende dar à sua peça é provavelmente o passo mais importante.
A primeira escolha é entre os dois tipos de acordes. É importante saber que os acordes mais utilizados em obras modernas são os de C, G e B. Por isso, tem duas opções: ou segue essa tendência, sabendo que vai soar como uma música que está na moda, ou inova, sabendo que sempre pode alterar os tons.
Como estruturar a melodia?
O quarteto de acordes principais forma a linha do baixo da mão esquerda. É a partir desses baixos que trabalharemos a melodia para a direita. Existem duas opções:
- Compor pelos acordes: compor uma música baseada apenas num acorde dá um aspeto dinâmico e ritmado à sua composição. Se o compositor optar por compor uma obra desse estilo, terá que antecipar variações de ritmos e efeitos de estilo no movimento dos dedos para dar mais leveza à peça. E quando ainda está a tentar dominar o teclado do piano, isto pode ser um obstáculo para a composição;
- Compor pelos arpejos: os arpejos são utilizados para trazer fluidez à melodia. Desdobramos os acordes para dar fluência e mais harmonia à música.
Por exemplo: em vez de tocar um acorde de dó-mi-sol, tocamos o dó, o mi e só depois o sol, fazendo movimentos para frente e para trás para que o som e a melodia sejam contínuos. Seja qual for o método escolhido, existem vantagens e desvantagens. Mas também é isso o que marca os melhores compositores de música do mundo.
Aprenda acordes de piano com um professor
Com um professor particular, selecionado, por exemplo, na plataforma da Superprof, qualquer aprendiz de músico que deseje tornar-se pianista e tocar bem piano beneficiará não só de um método pedagógico especializado, mas também de um acompanhamento regular.

O professor de piano irá definir um verdadeiro plano de ação, e irá tentar atingir os objetivos de aprendizagem em função das necessidades de cada aluno. Desta forma, irá adaptar a aula de teclado ou piano de acordo com o nível do estudante: se for necessária uma iniciação à arte, se o aluno quiser aprofundar as bases de teoria musical, ler uma partitura, trabalhar a coordenação entre ambas as mãos ou passar diretamente à prática e tocar uma música no piano. Tudo é possível!
Numa aula de piano em casa ou numa escola de música, o aluno desfruta de um clima favorável à aprendizagem de todas as técnicas do teclado.
É uma das melhores formas de estudar e dominar o instrumento. Todo o tempo necessário será utilizado para assimilar a teoria musical, a construção dos acordes com os intervalos das notas, todos os tons e, claro, os diferentes graus. Depois de ter adquirido um nível mínimo, o aluno pode pedir ao seu professor particular que lhe ensine a tocar peças de grandes compositores. Mas, além de ler as notas e tentar reproduzir composições de piano conhecidas, os alunos também podem pedir aos seus professores que lhes ensinem diferentes estilos musicais, como jazz, blues, tango ou música clássica.
Por último, a aula particular é uma verdadeira fonte de motivação, especialmente para crianças e adolescentes, que podem perder a motivação mais facilmente. O apoio e aconselhamento constante do professor são uma enorme mais valia nesta faixa etária.
Por isso, se procura uma boa aula de piano para dominar o seu teclado, veio ao lugar certo!
Gostei muito desta explicação. Agora é só memorizar as regras e treinar no teclado. Vou tentar pois nunca tive orientações desta natureza. Parabéns
Gostei muito da maneira simples como este assunto foi exposto. Parabéns. Muito obrigado.