Se imaginou a rainha da Inglaterra com o seu sorriso depois de dizer um ditado popular, então é um dos nossos! Com todo o respeito à falecida rainha, mas a maioria de nós pensa nos avôs e avós quando se fala em provérbios.
Mas a verdade é que os ditados populares não são coisa só dos mais velhos! Estes aforismos fazem parte da integralidade cultural de um país, seja o nosso ou um estrangeiro. Os provérbios dizem muito a respeito de um povo, das suas crenças, modo de vida, história, etc.
E aprender um idioma estrangeiro implica mergulhar em todos os seus aspetos linguísticos e, também, culturais. Experimente as aulas de ingles para complementar a sua aprendizagem.
Além disso, os provérbios permitem que se aprenda a língua de uma forma curiosa e divertida. Através destas construções é possível descobrir os pronomes, preposições ou falsos amigos. Ao adquirir o hábito de ler o "provérbio do dia", com especial atenção à sua pronúncia correta em inglês, o aluno poderá assimilar o inglês de forma fácil e natural. Esta prática pode ser complementada com o auxílio de exercícios de inglês disponíveis para todos os níveis.
Quer seja para rever a gíria do inglês americano ou o estilo formal do inglês britânico, o estudo dos provérbios ajuda os alunos a integrar-se no mundo da língua inglesa e a melhorar as suas capacidades de comunicação oral. Para praticar a sua pronúncia antes de um teste de inglês, não há nada melhor!
Não se limite ao "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" ou "a palavra é de prata e o silêncio é de ouro" e descubra a linguagem proverbial dos nossos amigos ingleses! Vamos conhecer mais alguns provérbios ingleses?
O que é um provérbio e qual é a sua origem?
Com origem na palavra latina "proverbium" (que significa "em vez de" e "palavra, palavra"), o provérbio permitia que as civilizações pelo mundo fora transmitissem uma mensagem, normalmente uma verdade geral, que desse testemunho de um certo contexto histórico ou social.

Os provérbios são frases populares que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, no entanto, estão relacionados a aspetos universais da humanidade, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do quotidiano. Quem nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é a inimiga da perfeição”?
São algo que fez muito sucesso, porque possuem um sentido lógico. No entanto, não se sabe ao certo a origem destas expressões. Ainda assim, são fáceis de decorar e transmitir, devido ao seu formato simples, curto e direto.
Podem referir diversos assuntos e fazem parte da cultura de um povo ou povos, muitos são até universais. Conseguimos encontrar ditados populares para praticamente todas as situações do quotidiano e são, muitas vezes, encontrados em músicas populares, na literatura e na arte de forma geral.
O ditado popular esconde uma mensagem a ser decifrada como um enigma. Normalmente, essa mensagem é uma lição moral. Mas pode ter outras formas, como:
- um julgamento moral;
- um ditado que estabelece um facto verdadeiro;
- um conselho;
- uma regra que educa o leitor;
- um aforismo que serve como uma conclusão para uma determinada situação;
- Uma máxima que dita um curso de ação a adotar.
O ditado popular faz parte do património linguístico de um país. É por esta razão que, nas civilizações com passado semelhante, podemos facilmente encontrar equivalências entre provérbios, embora as variantes sejam indubitavelmente observadas.
Graças à utilização de muitas figuras de estilo, o "estilo proverbial" continua a ser reconhecido por linguistas que tentam detetar os dois significados, jogos de palavras e outras metáforas de provérbios pelo mundo fora.
Quem usa provérbios e quando os utilizar?
De forma muito simples, todos os falantes de uma língua já utilizaram, utilizam ou utilizarão linguagem proverbial. É natural e faz parte do processo de troca e de comunicação. Os provérbios estão enraizados nas culturas e, numa situação ou outra, sairá da boca do falante de forma quase automática.
Claro que há provérbios mais comuns a um grupo de pessoas do que outras, principalmente dependo da região. Ou seja, nos Estados Unidos pode existir um provérbio que não é comum no Reino Unido e vice versa. Além disso, dentro de um único país um ditado popular pode ser comum numa região (estado, cidade) e menos conhecido noutra.

Os ditados populares podem ser mencionados sempre que a situação tiver alguma relação com o que está à acontecer no momento ou o que está a ser dito. É preciso estar atento para que o ditado popular seja utilizado do modo correto e de acordo com a situação do momento. Caso contrário, soará como algo sem sentido.
Aprenda como usar as expressões de cortesia na língua inglesa!
Como aprender os provérbios?
"Haste makes waste" é a versão inglesa para "a pressa é inimiga da perfeição". Pois é! Muita calma quando o assunto é saber os proverbios em ingles. Antes de se preocupar com esta matéria, deve assimilar todos os outros conteúdos que está a estudar, como os conectores lógicos por exemplo!
A aprendizagem dos provérbios faz-se enquanto se envelhece. À medida que nos vamos integrando e assimilando um certo idioma e cultura, vamos aprendendo os seus ditados populares.
Mas, claro que se está a ler este artigo é porque quer "um atalho". Se é o seu caso, nós ajudamos! Criamos uma pequena lista com a nossa seleção dos ditados em inglês que deve saber, e o seu equivalente mais próximo em português.
Conheça algumas frases do quotidiano em inglês!
Seleção dos melhores provérbios em inglês
Esta é uma lista não extensiva, com apenas algumas das nossas sugestões. Mas é provável que conheça um ditado popular que decidimos não incluir, porque eles são tantos que seria impossível!
"The early bird catches the worm"
Literalmente: "O pássaro madrugador apanha a minhoca"
Equivalente em português: "De manhã é que se começa o dia" ou "Deus ajuda a quem cedo madruga".
O que realmente quer dizer: ensina que quem se levanta cedo ou age rapidamente tem maior probabilidade de ter sucesso. Reforça a importância da proatividade e da diligência, sem esperar que as coisas caiam do céu. É preciso correr atrás dos objetivos!
Origem: surgiu na Inglaterra do século XVII, e foi citado pela primeira vez em registos literários de William Camden, um historiador britânico. A ideia reflete a vida rural, onde as aves iniciam as suas atividades logo ao amanhecer.
"Don't put all your eggs in one basket"
Literalmente: "Não ponhas todos os teus ovos num único cesto".
Equivalente em português: "Não coloque os ovos todos no mesmo cesto".
O que realmente quer dizer: é um conselho para que diversifique as suas esperanças e os seus riscos. Concentrar tudo numa só opção pode levar a muita desilusão ou perdas significativas.
Origem: remonta ao século XVI e apareceu em várias obras, incluindo Don Quixote de Miguel de Cervantes. Representa uma prática prudente comum em tempos agrícolas, quando transportar ovos num único cesto os tornava mais propensos a quebrarem.
"Actions speak louder than words"
Literalmente: "As ações falam mais alto do que as palavras".
Equivalente em português: "Uma atitude vale mais que mil palavras".
O que realmente quer dizer: indica que o que fazemos tem mais impacto do que o que dizemos. É um lembrete de que promessas vazias não têm valor.
Origem: a expressão é de origem incerta, mas foi muito utilizada no período da Revolução Americana, destacando-se em discursos políticos que enfatizavam a necessidade de agir em vez de apenas falar.
"When in Rome, do as the Romans do"
Literalmente: "Quando estiveres em Roma, faz como os romanos fazem".
Equivalente em português: "Em Roma, sê romano".
O que realmente quer dizer: sugere que devemos adaptar-nos à situação em que nos encontramos ou ao ambiente onde estamos inseridos.
Origem: data do século IV e está associado a São Ambrósio, que aconselhou a adaptação às tradições locais durante uma visita a Milão. Tornou-se um símbolo de flexibilidade cultural.
"Every cloud has a silver lining"
Literalmente: "Cada nuvem tem um contorno prateado".
Equivalente em português: "Há males que vêm por bem".
O que realmente quer dizer: encoraja a esperança e a positividade, lembrando-nos que até em situações difíceis existe algo bom ou uma lição a ser aprendida.
Origem: a frase foi popularizada pelo poeta inglês John Milton no século XVII, na sua obra Comus, onde comparava dificuldades a nuvens que escondem a luz do sol.
"A picture is worth a thousand words"
Literalmente: "Uma imagem vale mil palavras".
Equivalente em português: "Uma imagem vale mais que mil palavras".
O que realmente quer dizer: destaca o poder da comunicação visual. Uma imagem pode transmitir emoções ou informações que seriam difíceis de descrever com palavras e tem muito maior impacto.
Origem: popularizado no início do século XX nos Estados Unidos, este ditado foi associado à publicidade e comunicação visual. O conceito, no entanto, tem raízes na cultura chinesa, onde ideias semelhantes foram mencionadas há milhares de anos.
"Two heads are better than one"
Literalmente: "Duas cabeças são melhores do que uma".
Equivalente em português: "Duas cabeças pensam melhor do que uma".
O que realmente quer dizer: destaca a vantagem de colaboração e troca de ideias para resolver problemas, e como ver uma situação em conjunto pode ajudar a encontrar outras soluções.
Origem: remonta à literatura inglesa do século XVI, e foi mencionado em obras como as de John Heywood, um compilador de provérbios.
"You can't judge a book by its cover"
Literalmente: "Não se pode julgar um livro pela capa".
Equivalente em português: "As aparências iludem".
O que realmente quer dizer: um alerta para não fazermos julgamentos baseados na aparência exterior de alguém ou no aspeto de alguma coisa. O verdadeiro valor de algo está no seu conteúdo.
Origem: tornou-se popular no século XX, embora tenha sido utilizado em contextos semelhantes no século XIX. A frase está associada ao mundo literário, mas aplica-se a diversos aspetos da sociedade.
"The grass is always greener on the other side"
Literalmente: "A relva é sempre mais verde do outro lado".
Equivalente em português: "A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha".
O que realmente quer dizer: refere-se à tendência humana de achar que a vida dos outros é melhor, sem apreciar o que temos. Funciona como uma cautela que devemos cuidar do que temos e não cobiçar as coisas dos
Origem: a frase tem origens rurais e começou a aparecer na literatura inglesa no século XX, simbolizando inveja ou insatisfação.
"Beggars can't be choosers"
Literalmente: "Mendigos não podem ser exigentes".
Equivalente em português: "A cavalo dado não se olha o dente".
O que realmente quer dizer: ensina que quem está numa posição de necessidade não deve ser exigente com o que recebe.
Origem: apareceu pela primeira vez no século XVI em textos ingleses. Reflete uma mentalidade prática num tempo em que os recursos eram escassos.
"Better late than never"
Literalmente: "Mais vale tarde do que nunca".
Equivalente em português: "Mais vale tarde do que nunca".
O que realmente quer dizer: salienta que é melhor fazer algo atrasado do que simplesmente não fazer.
Origem: este ditado popular aparece em várias línguas e culturas. Em inglês, foi popularizado no século XIV, mas a ideia é universal.
"Rome wasn't built in a day"
Literalmente: "Roma não foi construída num dia".
Equivalente em português: "Grão a grão, enche a galinha o papo".
O que realmente quer dizer: indica que grandes feitos ou situações requerem tempo e esforço contínuo.
Origem: foi mencionado pela primeira vez no século XII em francês e depois traduzido para várias línguas europeias, refletindo o respeito pela grandiosidade da Roma Antiga.
"Curiosity killed the cat"
Literalmente: "A curiosidade matou o gato".

Equivalente em português: "A curiosidade matou o gato".
O que realmente quer dizer: adverte contra os perigos de ser excessivamente curioso ou intrometido numa situação que não lhe diz respeito.
Origem: começou como "Care killed the cat" no século XVI, onde "care" significava preocupação excessiva. A forma atual surgiu no século XIX.
"No pain, no gain"
Literalmente: "Sem dor, não há ganho".
Equivalente em português: "Quem não arrisca, não petisca".
O que realmente quer dizer: enfatiza que esforço e sacrifício são necessários para alcançar recompensas e nada é conquistado com facilidade.
Origem: popularizado nos Estados Unidos durante os anos 80 no contexto do fitness, mas a ideia de esforço relacionado ao sucesso é muito mais antiga, encontrada em textos clássicos.
"A stitch in time saves nine"
Literalmente: "Um ponto a tempo poupa nove".
Equivalente em português: "Mais vale prevenir do que remediar".
O que realmente quer dizer: funciona como um encorajamento para resolver os problemas cedo, antes que se tornem maiores.
Origem: tem origem século XVIII na Inglaterra e refere-se à costura, onde corrigir um pequeno rasgão evita reparos maiores no futuro.
Com medo de cometer erros em inglês? Saiba como evitar os erros mais comuns!
“There's no such thing as a free lunch.”
Literalmente: "Não existe almoço grátis".
Equivalente em português: "Na vida nada é de graça".
O que realmente quer dizer: já desconfiou quando alguém fez um favor bom demais? Este provérbio representa as situações em que alguém faz algo de graça ou sem pedir nada, mas a cobrança vem mais tarde e deve contar com ela. Como se costuma dizer, "quando a esmola é grande demais, o pobre desconfia..."
Origem: refere-se a uma prática comum em bares e saloons americanos no final do século XIX, onde os proprietários ofereciam "free lunches" (almoços grátis) como forma de atrair clientes. Estes almoços eram geralmente compostos de alimentos salgados, como presunto, queijo, pickles e pão, que incentivavam os clientes a consumir bebidas alcoólicas. Ganhou maior destaque no século XX graças ao economista Milton Friedman, um dos defensores do livre mercado, que ajudou a popularizar a frase.
Além dos famosos provérbios outra coisa muito famosa da língua inglesa são as clássicas canções natalinas, conhece alguma em especial?
“If you snooze, you lose.”
Literalmente: "Se dormir, perde".
Equivalente em português: "Quem vai ao mar, perde o lugar".
O que realmente quer dizer: se não se esforçar para conseguir as coisas que deseja, se não agir rápido e com foco, não vai conseguir alcançar o seu objetivo. Deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance e o mais cedo possível.
Origem: remonta ao inglês coloquial dos Estados Unidos, começou a aparecer em slogans publicitários e na cultura popular, usado de forma humorística ou motivacional para enfatizar a ideia de que a hesitação ou a preguiça leva à perda de oportunidades. Era associado às funções de "snooze" nos despertadores.
Descubra também algumas curiosidades do mundo anglófono!
"Practice makes perfect"
Literalmente: "A prática faz o perfeito".
Equivalente em português: "A prática leva à perfeição".
O que realmente quer dizer: o significado é muito simples e óbvio, só vai conseguir fazer alguma coisa bem com muita prática e tempo dedicado.
Origem: tem origem na Antiguidade, com filósofos como Aristóteles que destacavam que a repetição leva à excelência. Foi popularizado no inglês moderno através do Renascimento, especialmente em textos educacionais e religiosos, onde se reforçava a importância da prática na aprendizagem e no desenvolvimento de capacidades.
“Don't talk the talk if you can't walk the walk.”
Literalmente: "Não converse a conversa se não conseguir caminhar o caminho".
O que realmente quer dizer: a advertência de que, se não tem a capacidade, os recursos ou o que quer que seja necessário para realizar algo, não se deve gabar sobre o que pode fazer. Ou seja, nada de se promover por algo que sabe que não é verdade.
Origem: apareceu em discursos motivacionais e no meio desportivo, onde a autenticidade e a ação eram mais valorizadas do que promessas ou palavras vazias. Tornou-se mais comum nos anos 70 e 80, amplificado por filmes, músicas e a cultura de rua nos EUA, como no hip-hop, onde a autenticidade era um tema central.
“You don't have a leg to stand on.”
Literalmente: "Não tem uma perna para se apoiar".
O que realmente quer dizer: numa discussão, as pessoas costumam argumentar com base em factos. Este caso refere-se a quando alguém usa argumentos fracos e sem base, ou apenas com um “porque sim” nas discussões, porque a pessoa não tem, quase que literalmente, onde se apoiar para formar a sua opinião.
Origem: surgiu na Inglaterra do século XVII, inicialmente em contextos legais. Era usado para descrever uma posição sem suporte ou fundamento jurídico. A "perna" simboliza suporte ou estabilidade, e a expressão evoluiu para significar qualquer situação em que alguém não tem justificação ou base para sustentar o seu argumento.
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