Aprenda a Desenhar de forma simples e rápida ou desenvolva o que já sabe. Professor Universitário, mestre em Arte e Cultura Visual, graduado em Artes Visuais/Design utiliza método de fácil aprendizage

Mais detalhes sobre Wilson Leite

• Como você começou a praticar e como essa atividade chegou ao seu conhecimento?

  Sou professor universitário desde 2003 e, quando saí de minha última faculdade, em janeiro de 2019, percebi que poderia ser um educador melhor e mais realizado se trabalhasse com grupos menores, tendo a liberdade de adaptar minha metodologia às idiossincrasias -modo próprio de aprender- e contexto de cada estudante, ao invés de lidar com grupos grandes, o que nos força a uma metodologia impessoal e generalista.

• Quais são os profissionais que mais te inspiram ou inspiraram?

  Tive bons exemplos na vida, tanto na família quanto na vida profissional, antes de minha vivência na academia, onde tive boas mestras e bons mestres, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio. Mas foi na graduação que conheci pessoas empáticas e com disponibilidade para ensinar quem se abrisse para aprender mais.
  
  Eu seria injusto se citasse nomes, por poder esquecer alguns. Mas cito um que já não está mais conosco: Carlos Senna, que me motivou, demonstrando que eu podia ir muito além do que eu acreditava, na época. Ele me mostrou que o aprender não é somente individual, mas também coletivo, e que podemos evoluir cada vez mais ao nos abrirmos para aprender sobre tudo. E que esse aprender deve ser abrangente, para além das disciplinas que ministramos, pois a vida é muito maior e deve motivar não só a ensinar, mas a aprender e reaprender com o outro.

• Quais as qualidades necessárias, além da paciência, para conseguir prosperar nesse ramo?

  Ainda estou muito novo como professor particular para dar dicas, no entanto, entendo que acreditar na capacidade de quem te procurar, se abrir para entender sua cultura, compreender seu contexto e suas necessidades nos ajuda na tarefa de adaptar melhor nossas metodologias às características daquelas pessoas que nos procuram.

• Um conselho para nos ajudar a progredir e não desanimar no processo de evolução nessa profissão ?

  Por ainda estar em meus primeiros passos, por aqui, só posso falar como educador. Mas acredito que também sirva para essa área de atuação: amar o que faz não é só uma frase feita para escrever no dia do professor, é regra básica para toda e qualquer profissão. E, como o que fazemos é lidar com pessoas, é fundamental que elas sejam tratadas, profissionalmente, como gostaríamos que fosse tratada aquela pessoa que mais amamos, respeitamos e queremos bem em nossa vida pessoal. Em minhas aulas eu imagino meus filhos ali, como alunos e é essa qualidade que espero que meus alunos e alunas recebam.

• Além da paixão pela profissão, você poderia compartilhar conosco um hobby que também te inspire ?

  Como lido com criatividade eu já busquei experiências em muitas áreas, mas posso citar meu gosto por jogos de tabuleiro, RPG, MMORPG, desenhar, tocar violão, cantar, tai chi chuan, nadar, escrever poemas (tenho uma página no Facebook), artigos de opinião (no LinkedIn), editar vídeo, palestrar, debater, trocar ideias, já dei aula de teatro, pisei no palco (por mais de 20 anos)... ou seja, gosto de muita coisa, assim como gosto de namorar com minha esposa, inventar histórias para meu filho mais novo (3 anos) e conversar com o mais velho (25 anos) -ele sempre me ensina muito.

• Tem algum dos seus trabalhos que, em especial, você se orgulhe bastante?

  Atualmente estou desenvolvendo um projeto de estímulo ao processo criativo, o Etapa Criativa. Não se trata de uma empresa, mas um projeto que, um dia, talvez se torne uma empresa que, mesmo não sendo uma ONG (OS), terá como foco o trabalho com pessoas que não teriam dinheiro para pagar pelos nossos serviços.
  
  Como é um projeto ainda, mesmo que eu já esteja trabalhando nele desde janeiro de 2019, estou desenvolvendo projetos paralelos para gerar sua auto-sustentabilidade, tais como o canal no YouTube com dicas sobre inovação-criativa e o desenvolvimento de um livro ilustrado para crianças, que visa estimular a sua imaginação e a de seus pais.

• Você já se surpreendeu por um aluno, seja pela evolução ou capacidades?

  Enquanto professor de graduação, acredito que não tenha uma única turma na qual pude ministrar aulas que não tenha encontrado alguém assim. O Brasil é um país que tem muita gente com potencial incrível, mas existe um problema sério que vem de uma cultura que faz com que as pessoas não saibam que trazem consigo muita sabedoria e que são capazes de ir muito além do que imaginam.
  
  Acredito mesmo que ser educador é também isso: buscar despertar a consciência dessa capacidade que todos possuem mas poucos acreditam ter.

• Ser um Superprof é uma arte! Qual o seu segredo?

  Ainda muito novo para dizer algo específico, mas, como educador, trouxe comigo para o Superprof a compreensão de que, para além de estudar métodos, teorias, escolas, modelos de ensino e de nos atualizarmos em nossas disciplinas, é preciso ter a ciência de que:
  Todos têm saberes ímpares e valiosos e ninguém sabe o suficiente para não conseguir aprender mais ainda com o outro. E é essa busca que motiva a ensinar a nos abrirmos para aprender e reaprender com essas mesmas pessoas que buscam, em nós, conhecimento e entendimento das coisas;
  E que, por sermos pessoas únicas, com culturas, histórias e contextos ímpares, nós precisamos somar aquilo que aprendemos àquilo que temos, somos e sabemos de nós mesmos e das coisas do mundo, já que é justamente o que trazemos de autêntico -de nosso- é que alimenta o amor pela nossa profissão. E é isso que nos tornará profissionais únicos e incomparáveis em tudo que nos propusermos a fazer.