Capítulos
- 01. A estrutura dos exames nacionais de português
- 02. Exames nacionais: Praticar a gramática portuguesa
- 03. Ler e estudar as Obras Literárias obrigatórias no ensino secundário
- 04. Estudar todas as matérias do curso de português
- 05. Preparação para o exame de portugues 12º ano com um professor particular
- 06. Saber as datas dos exames nacionais
Os exames nacionais são a época que mais atormenta os estudantes do ensino secundário. O exame portugues é um dos mais temidos pois este é obrigatório para todos os estudantes, quer sejam das áreas humanísticas ou das ciências.
Algo que stressa os alunos desta fase do processo escolar acerca do exame é que não existe uma fórmula que baste decorar para depois resolver as questões dos exames nacionais portugues, tal como acontece com a matemática.
Para este exame em particular, os estudantes precisam de preparação, muita leitura e conseguir fazer uma boa interpretação de qualquer texto que leiam e estas capacidades, só serão adquiridas depois dos 3 anos do ensino secundário, em que é feita toda esta preparação.
Por isso, ter bons resultados nos exames implicará que a preparação exames nacionais comece logo no início do percurso escolar, se o aluno quiser dominar a disciplina de português e utilizar o resultado desta prova para acesso ao ensino superior.
A estrutura dos exames nacionais de português
Se quer garantir que consegue alcançar um bom resultado na prova, deve saber qual é a sua estrutura. O enunciado está dividido em três grupos, grupo I, grupo II e grupo III, e cada um testa uma parte do conteúdo.

O grupo I está dividido em três partes, A, B e C e foca-se especificamente na interpretação e leitura de textos. As partes A e B são compostas por excertos de textos, que o aluno tem que ler, analisar e interpretar para responder às questões e exercícios que são colocados sobre os mesmos. Os excertos que são utilizados para interpretação podem ser excertos de obras completas ou pequenos poemas completos. A parte C pede uma breve exposição sobre uma outra obra, com introdução, desenvolvimento com crítica e conclusão.
O grupo II também contempla excertos de textos mas nesta fase o intuito não é a interpretação e análise dos mesmos, mas sim testar a gramática e o conhecimento do conteúdo gramatical. O grupo III pede aos estudantes que criem um texto estruturado sobre um assunto ou uma descrição de uma imagem. Este texto deve ter entre duzentas e trezentas e cinquenta palavras e tem como avaliar a escrita e o sentido crítico do aluno.
Exames nacionais: Praticar a gramática portuguesa
A gramática é parte essencial em qualquer linguagem pois é ela que nos permite comunicar corretamente. Embora nos exames nacionais portugues não existam exercícios como nas provas de aferição, onde a gramática é colocada em teste, todo o exame nacional é uma avaliação da forma como o aluno pensa, como estrutura as frases, se dá ou não erros ortográficos e também à forma como aplica a gramática portuguesa.
Nesta parte, deve garantir que estuda todo o conteúdo gramatical, nominal e verbal de forma a saber reconhecer a sintaxe (sujeito, predicado e complementos), as classes de palavras, os nomes, os verbos e os advérbios, bem como conhecer as figuras de estilo.
Além disso, deverá ler bastante e também fazer alguns textos ou composições de forma a treinar e desenvolver as capacidades de escrita pois durante os exames nacionais de portugues, o aluno terá de desenvolver um texto e este vale 4 valores da nota final!
Ler e estudar as Obras Literárias obrigatórias no ensino secundário
As obras são uma grande parte do que os alunos do ensino do secundário que desejam aceder ao ensino superior devem saber, compreender, saber interpretar e ler ao longo do ensino secundário, algumas delas são:
- Fernão Lopes: Crónicas de D. João I ;
- Gil Vicente: Farsa de Inês Pereira ou Auto da Feira;
- Luís de Camões: Lírica, Os Lusíadas;
- Pe. António Vieira: Sermão de Santo António Pregado na Cidade de S. Luís do Maranhão, ano de 1653;
- Almeida Garrett: Frei Luís de Sousa ou as Viagens da Minha Terra;
- Camilo Castelo Branco: Amor de Perdição;
- Eça de Queirós: Os Maias ou a Ilustre Casa de Ramires;
- Antero de Quental: Sonetos Incompletos;
- Cesário Verde: O Livro de Cesário Verde;
- Fernando Pessoa: Poesia do ortónimo, Poesia do Heterónimo ou a Mensagem;
- José Saramago: Ano da Morte de Ricardo Reis ou o Memorial do Convento.

Estas obras saem habitualmente nas provas ou então são referidos alguns excertos para interpretação dos estudantes. Ainda que apenas algumas sejam contempladas num enunciado, é muito importante que as leia a todas e que saiba os temas principais de cada uma delas, as épocas histórias onde se enquadram e os temas que descrevem ou criticam.
O nosso conselho é que vá fazendo apontamentos e resumos de cada uma delas, para que seja mais fácil garantir que as estuda a todas. Dentro de todos estes autores portugueses de renome, vai acabar por estudar tantos textos em prosa como variados poemas contemporâneos importantes e muitos deles podem estar presentes no corpo da prova, de uma forma ou de outra.
Também é importante saber reconhecer os diferentes géneros textuais, uma vez que as características de estilo e escrita de cada um são distintas, devido ao seu objetivo final. Um texto narrativo não tem a mesma função que um texto argumentativo, por exemplo. O narrativo apresenta ações de personagens no tempo e no espaço e tem um desenvolvimento longo antes do desfecho. Por outro lado, o argumentativo tem como objetivo convencer o leitor com as opiniões e argumentos que são apresentados e, regra geral, é mais curto.
Se estiver familiarizado com os diferentes géneros textuais, terá mais facilidade em interpretar os excertos do exame e perceber os seus objetivos. Para os estudar, deve ler com frequência e tentar englobar todos os géneros, entre romances, textos jornalísticos, artigos científicos, notícias, etc.
Fernando Pessoa e os Heterónimos
Ainda que seja improvável que a biografia do autor esteja presente no enunciado, sabemos que o exame portugues tem por norma algumas obras de Pessoa e os seus heterónimos. Por esse motivo, é conveniente entender um pouco da história de cada um, a sua origem para quando o momento chegar, os resultados conseguirem ultrapassar os resultados dos exames nacionais do ano anterior.
Fernando Pessoa, nascido em Lisboa, estudou em África do Sul e 3 das 4 obras publicadas durante a sua vida foram escritas em inglês.
É conhecido pelos seus heterónimos e cada heterónimo tem um estilo próprio. A criação literária é impressionante. Exige genialidade, escrever de uma forma que se conforme as diferenças de temperamento de cada heterónimo e essa genialidade, Pessoa tinha-a.
Tudo isto será ensinado ao longo das aulas de português do ensino secundário e se se questiona se irá precisar de conhecer as obras literárias e os grandes autores portugueses nos cursos superiores ou mesmo depois, a resposta é não.

Mas, o que é a vida sem cultura? Poderá perfeitamente viver sem conhecer as obras portuguesas mas sem qualquer dúvida os estudantes ganham muito ao lerem e tentarem sentir interesse por elas em vez de ler pequenos resumos como preparação para os exames nacionais de portugues.
Alberto Caeiro
Este heterónimo era camponês, nasceu em Lisboa, viveu no ribatejo. Tinha pouca instrução, convivia muito com animais, com as pedras, com o sol, adorava a natureza. Este, fazia questão de não pensar, basta-lhe ver.
Não sei o que é a natureza, canto-a- Alberto Caeiro
Por trás disso há um trabalho intelectual de alto nível nas suas obras. a simplicidade não é de quem não se preocupa, é de quem já percorreu esse caminho e chegou a conclusão que é preciso desaprender. Este era o mestre para Fernando Pessoa. "Uns agem sobre os homens como o fogo, que queima nele todo o acidental, e os deixa nus e reais, próprios e verídicos, e esses são os libertadores. Caeiro é dessa raça, Caeiro teve essa força.".
Este tipo de interpretações ou conhecimento sobre os heterónimos, poderão não ser falados durante as aulas mas certamente que vão adicionar muito e ajudar a conseguir uma nota melhor, pelo que aconselhamos vivamente a que os alunos se debrucem e estudem, leiam e compreendam estas obras no seu plano escolar.
Ricardo Reis
Este era médico, estudou na FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto). Era um classicista, amante dos clássicos. Escrevia umas odes de inspiração epicuristas, com um estilo latim. Nota-se uma nostalgia do paganismo, de um tempo em que a noção de divindade não estava centrada num único deus. Fala de Cristo como um deus a mais e não o único. Este tipo de conhecimento é necessário quando os estudantes estiverem a fazer os exames de portugues pois precisam de saber um pouco sobre o autor para entender o que ele quer dizer.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive. - Ricardo Reis

Álvaro de Campos
Nascido em Tavira, no Algarve, estudou engenharia naval na Escócia. Depois de formado, trabalhou em estaleiros, fez uma longa viagem ao oriente e perdeu a cabeça, perdeu o rumo.
Quando voltou a Portugal, passava o tempo a deambular pelos espaços modernos. Nota-se nas suas escritas que estava sempre com uma sensação de insatisfação, curiosidade, angustia.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.- Álvaro de Campos
Bernardo Soares
É considerado um semi-heterónimo. É uma pessoa complexa. Existe quem diga que este seria o próprio Fernando Pessoa disfarçado e de certo modo, é o que mais se assemelha a ele. Há uma grande coincidência nos espaços frequentados, nos ambientes que Bernardo Soares percorre como a baixa, as ruas do comércio, estes são os locais, o cenário onde Fernando Pessoa viveu.
Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. - Bernardo Soares
Estudar todas as matérias do curso de português
Além das aulas na escola e da leitura das obras obrigatórias, os alunos devem estudar, pesquisar e ler muito. O estudo autónomo é essencial para ter bons resultados e no fundo, é o que se pretende com o exame portugues. Nunca iria ser possível um estudante conseguir ter bons resultados nos exames nacionais apenas a assistir às aulas da disciplina.
Para conseguir o acesso ao ensino superior, é preciso uma triagem e decidir quais estudantes estão prontos e aptos para adquirirem novos conhecimentos de maior dificuldade e os resultados nos exames fazem essa seleção. Todos poderão fazer candidaturas ao ensino superior (caso tenham tido resultado positivo) mas, conseguir aceder apenas é garantido aos melhores.
É portanto essencial para qualquer aluno que deseje aceder ao ensino superior, que supere todas as dificuldades da melhor forma possível para poder então, ter bons resultados e garantirem os seus futuros, mesmo que não saibam ainda o que querem fazer no futuro. Por isso, independentemente de sentir mais dificuldade com a leitura e interpretação de textos, com todas as componentes da gramática ou com a expressão escrita, é importante que se prepare para todos as componentes do enunciado.
Depois de terminar a leitura deste artigo, já terá uma melhor ideia de quais são as obras e os autores que deve garantir que inclui no seu plano de estudo. Os conteúdos gramaticais também não são novidade, e apenas deve rever os conceitos que aprendemos desde o início do estudo da língua portuguesa na escola. E ainda que nunca seja possível determinar com antecedência o tema da redação, pode pratica e treinar a sua escrita de forma a estar mais bem preparado para o dia.
Mas, acima de tudo, é necessário ir além do que simplesmente estudar e rever as matérias do plano escolar. Os exames não avaliam apenas a quantidade de retenção de conhecimento de cada estudante, mas também algumas competências que foram desenvolvidas durante todo o seu percurso escolar e que são essenciais para o resto da vida. Estas competências são essenciais para o desenvolvimento de um aluno e, por esse motivo, são ensinadas em conjunto com os restantes conceitos da matéria, ainda que os estudantes não se apercebem disso.
Desde fomentar o pensamento crítico e saber analisar uma situação, a desenvolver estratégias de argumentação de forma sustentar a opinião pessoal, a ser capaz de argumentar sobre pontos de vistas diferentes em variados temas e a analisar informações de acordo com a forma e a intenção em que são apresentadas, existem variadas capacidades desenvolvidas nas aulas. Isto acontece durante a aprendizagem de análise das funções da linguagem em cada texto, da análise e interpretação de recursos da linguagem, sejam verbais e não-verbais, para expressar o nosso ponto de vista, da identificação do objetivo dos textos e o seu público-alvo, bem como a utilização da língua portuguesa em diferentes tipos de comunicação e em diferentes variações linguísticas.

Como tal, rever a interpretação das obras estudadas nas aulas ou praticar como estruturar as suas opiniões na redação argumentativa, também permite desenvolver o sentido crítico e a capacidade de análise. Por isso, não existem desculpas para descurar no estudo e preparação antes do exame. Este processo é essencial não só para garantir um bom resultado, mas também para consolidar competências que são essenciais para o resto da vida.
Preparação para o exame de portugues 12º ano com um professor particular
A melhor forma que existe para um aluno se preparar devidamente é claramente estudar e ler bastante mas, ter o apoio de um professor particular, contando com ele para ter ajuda em qualquer questão ou dificuldade que apareça, dá uma segurança inigualável aos estudantes e é também uma forma de garantirem bons resultados nos exames nacionais.
Na Superprof existem mais de 4200 professores particulares, professores estes que estão formados e preparados para ajudarem os alunos com mais dificuldades a ultrapassarem o ensino secundário rumo ao ensino superior sem dificuldades. Muitos deles são até professores de escolas de várias fases da escolaridade.
Poderá encontrar professores em qualquer cidade de Portugal através da Superprof mas, caso veja que os professores não correspondem ao que procura, poderá sempre procurar um professor noutro local com o qual possa fazer a preparação para os exames nacionais online. Qualquer um destes professores permitem aos estudantes ter acesso a recursos, exercícios e material a que não teria de outra forma, além de dicas e técnicas de estudo e de resposta a questões vindas de profissionais com muito conhecimento.
O valor médio das aulas na plataforma é de 7€ e 99% dos professores Superprof oferece a primeira aula de forma totalmente gratuita. Haverá melhor forma de fazer a preparação para os exames?
Saber as datas dos exames nacionais
Os exames nacionais são realmente um momento importante na vida de qualquer aluno que pretenda acesso ao ensino superior. No site do Instituto de Avaliação Educativa (Iave) encontra todas as informações importantes sobre as provas, tal como o calendario de exames, os enunciados dos anos anteriores para revisão e também as suas correções.

As datas dos exames nacionais costumam ser nas últimas semanas de Junho e de Julho, existindo duas fases distantes. Os estudantes que façam a primeira fase e vejam que o resultado poderia ser melhor, podem pedir a revisão dos seus enunciados ou então, fazer uma nova preparação exames nacionais e proporem-se para fazerem a segunda fase dos exames.
É importante que as datas sejam tomadas em atenção e que não hajam faltas do aluno por esquecimento ou outro motivo qualquer pois se fizer apenas a segunda fase e o resultado for negativo, não terá mais oportunidades nesse ano letivo de repetir a prova necessária e terá de esperar pelo próximo ano para fazer a sua candidatura. Por isso, verifique o calendário com antecedência e marque a data numa agenda ou com um lembrete, de forma a garantir que não se esquece do dia e falha a primeira fase!
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