A época de maior stress para um aluno do ensino secundário é, sem dúvida, a aproximação das datas dos exames nacionais e a seguinte, a espera pelos resultados desses exames.
Por norma, os resultados saem dentro de uma a duas semanas, por isso a espera não é longa, mas custa. Na verdade, nem pode ser longa, porque os alunos têm de decidir o que fazer com o seu resultado, se fazem a candidatura ao ensino superior, se decidem tentar fazer a 2ª fase de exames nacionais ou, se não concordam com a nota atribuída, se vão pedir a reavaliação do seu exame nacional de português.
Embora esta seja uma época de grande nervosismo e stress para a maior parte dos estudantes, é possível ultrapassá-la com calma e tranquilidade, com uma boa preparação, apoio dos professores da escola e professores particulares e com uma boa rotina de sono e de estudo.
Preparação para os exames nacionais de português
Claro que, a melhor forma de se sentir descansado e relaxado enquanto aguarda pelos resultados dos exames de português, e conseguir aguentar as duas semanas, é fazer uma boa preparação antes da prova.

Sabemos que estudar "em cima do joelho" nunca deu bom resultado, principalmente quando falamos de exames nacionais que englobam matéria e informações que devem ser aprendidas e dominadas ao longo de 3 anos. É o tempo médio que um estudante demora a adquirir as capacidades exigidas para conseguir aceder ao ensino superior e, no fundo, os exames nacionais servem para distinguir os alunos que conseguirem alcançar essas capacidades dos que não conseguiram.
Os exames de português não têm questões de respostas decoradas, como já sabemos.
As questões serão maioritariamente acerca de excertos de textos de obras estudadas pelos estudantes do ensino secundário ou então sobre um artigo aleatório. Ser capaz de fazer uma boa interpretação é a melhor forma de conseguir bons resultados nos exames de português, por isso, quanto mais cedo iniciar as leituras obrigatórias, melhor!
Então, como fazer uma boa preparação para os exames nacionais? A resposta é simples:
- Como já referimos, iniciar a leitura das obras o mais cedo possível para conseguir acompanhar as aulas de português e tirar duvidas com os professores na hora, aproveitando todas as oportunidades para aprender cada vez mais;
- Ter uma rotina de estudos organizada, estudar 3 ou 4h por semana durante 3 anos é muito mais produtivo e traz mais resultados do que estudar 20h por dia na semana antes de fazer o exame;
- Não esquecer o descanso e momentos de lazer, que são essenciais para dar uma pausa e descanso ao cérebro. Está provado que após 90 minutos concentrado numa atividade, o cérebro humano não consegue manter o mesmo nível de concentração, o que torna o estudo após esse tempo improdutivo. É precisamente por esse motivo que as aulas e os exames não ultrapassam os 90 minutos (embora os exames nacionais tenham uma tolerância de 30 minutos para os que queiram rever antes de entregar as provas). Deverá fazer pausas pelo menos de 90 em 90 minutos para manter os níveis de concentração;
- Estudar com colegas, fazendo papel de professor à vez. Ao explicar e encontrar formas de exemplificar coisas a outros, estamos também a aprender e consolidar conhecimentos;
- Ter um professor particular para aulas de preparação de exames nacionais.
O papel de um professor particular é o mesmo que um professor da escola com uma grande diferença: um professor particular está atento e disponível apenas para um aluno, focando todos os seus esforços em esclarecer as dúvidas e dificuldades específicas daquele estudante. Já os professores das escolas, têm que dividir a sua atenção por turmas bastante cheias, o que pode resultar em estudantes com mais dúvidas não esclarecidas, porque o tempo não é suficiente para tudo e quanto mais se aproximam as datas dos exames nacionais, mais dúvidas aparecem.
Como encontrar um bom professor particular? A Superprof facilita o trabalho da procura pelos professores ideais para apoio ao estudo e preparação para os exames nacionais de português. Mas, deixamos um aviso importante: se tenciona contar com a ajuda de um professor particular para ultrapassar tranquilamente a época de exames, procure esse apoio no início do ano letivo.
Além de, como já referimos, iniciar atempadamente os estudos e revisões, irá ter a garantia da ajuda do professor. Se procurar um professor particular em janeiro, por exemplo, a probabilidade de não encontrar professores disponíveis é muito alta! Embora na Superprof existam mais de 4200 professores particulares, não nos podemos esquecer que todos os anos milhares de alunos estão inscritos nas provas e procuram ajuda extracurricular. Não deve deixar a procura do professor particular para último, porque corre o risco do profissional que queria já não ter disponibilidade para o ajudar.
O valor das aulas para preparação dos exames nacionais com a Superprof ronda uma média de apenas 13 euros e 99% dos professores oferece a primeira aula gratuitamente, experimente! Terá maior sucesso na sua tentativa de acesso ao ensino superior!
Exames nacionais: como ter bons resultados
Dependendo do resultado que os alunos tenham nos exames nacionais, poderão ou não ter acesso ao ensino superior num dos cursos superiores que pretendam. Por isso, se quer ingressar no curso com que sempre sonhou, é necessário que se empenhe bastante na realização da prova. Isso inclui não só a preparação e estudo que deve fazer antes (que já esclarecemos acima), mas também a forma como responde às perguntas do enunciado e os erros que evita cometer.

Sim, leu bem, dissemos precisamente "erros que evita cometer". Isto porque ter uma resposta correta não significa que vá ter a cotação máxima possível. Por isso, não basta não dar uma resposta errada, também deve ter em conta todos os fatores que podem desvalorizar a sua resposta. Como, por exemplo:
- utilizar linguagem floreada: deve utilizar a linguagem mais simples possível, sem termos demasiados complexos (principalmente se não os dominar bem!) e muitos floreados. As hipérboles podem ser muito engraçadas, mas não têm lugar numa prova como esta se não forem pedidas pelo enunciado. Quanto mais simples for a linguagem, menos erros gramaticais e de sintaxe tem hipótese de cometer;
- dar respostas muito longas ou estar com rodeios: não pense que escrever muito lhe dá melhores hipóteses de ter uma cotação mais alta. O ideal é não dar respostas demasiado longas e que sejam concisas e objetivas. Deve ir direito ao assunto e explicar o seu ponto de vista/raciocínio de forma direta e clara. No caso da exposição isto é particularmente importante, porque perderá pontos por cada palavra acima do limite;
- utilizar as mesmas palavras muitas vezes: também deve evitar repetir várias vezes os mesmos termos. Pode utilizar sinónimos (se tiver a certeza que pode ser utilizado nessa situação) ou então simplesmente omitir a palavra;
- gerir mal o tempo: é essencial que não fique sem tempo no final do exame e tenha que deixar perguntas por resolver. O exame tem a duração de 1:30h, podendo os estudantes ter direito a 30 minutos de tolerância. Deve garantir que deixa tempo suficiente para ler e rever tudo antes de entregar o enunciado, para garantir que não há erros e que os resultados são os melhores possíveis. Pode passar algumas respostas à frente para fazer no final, mas deixe tempo suficiente para as poder completar.
Como sabemos, os resultados são importantes, uma vez que são eles que ditam se o aluno irá ou não frequentar o ensino superior. Principalmente o exame de português que, além de ser agora obrigatório para todos os estudantes, é um dos mais utilizados e com mais peso como prova de ingresso nas candidaturas.
Já mencionamos o que deve fazer para ter os melhores resultados possíveis, mas também é importante mencionar o que pode fazer quando as coisas não correm tão bem. Ter uma nota menos boa não é o fim do mundo e tem várias opções, incluindo pedir uma reapreciação ou tentar fazer melhoria de nota na 2.ª fase.
Se acha que, de acordo com os critérios de correção do exame, merecia ter uma classficação mais alta deve pedir para a prova ser reapreciada. O processo é muito simples, mas deve garantir que compensa realmente e que existem erros significativos de correção. Isto porque não só terá que pagar para obter uma cópia da sua prova, como pelo pedido de reapreciação, que tem o custo de 25€. E corre o risco de ver a sua nota descer em vez de subir, uma vez que os corretores reavaliam todas as respostas que deu.
Por isso, antes de fazer o pedido, peça ajuda ao seu professor de português. Este pode analisar as suas respostas e comparar com os critérios de correção, para ter uma melhor ideia se realmente existiram erros dos corretores. Se confirmar que existe uma diferença muito grande, ou até que o cálculo das cotações foi mal feito, pode fazer o pedido da reapreciação. Basta dirigir-se à sua escola e preencher o requerimento do pedido. Muita atenção: este pedido não deve conter informações pessoais ou poderá ser anulado.
Se simplesmente não conseguir ter nota alta o suficiente na 1.ª fase, não está sozinho. Mas também não é o final! Pode inscrever-se na 2.ª fase e tentar fazer melhoria. A melhoria não permite alterar a classificação final da disciplina infelizmente, mas pode ser utilizada para a média da candidatura ao ensino superior.
Se quer aumentar as suas hipóteses de ser colocado no curso universitário com que sempre sonhou, esta pode ser uma boa alternativa. Mas também que terá que passar mais dias a estudar e não se poderá candidatar na 1.ª fase do concurso nacional. Por isso, só vale a pena se se aplicar verdadeiramente e fizer tudo para conseguir uma melhor nota. Lembramos que se quiser fazer melhoria no exame de português terá que pagar 3€.
DGES: saber os resultados dos exames nacionais
No site da DGES (Direção Geral do Ensino Superior), os estudantes encontram todas as informações importantes e necessárias acerca dos exames nacionais e também sobre as candidaturas de acesso ao ensino superior.

No Guia Geral de Exames da DGES, encontra informações como:
- o calendário de exames da 1.ª e 2.ª fase;
- como calcular a nota de candidatura ensino superior;
- como fazer o pedido da senha para a candidatura;
- contactos das instituições de ensino;
- os códigos dos exames que existem;
- quais as provas de ingresso e exames nacionais que deve realizar.
A 1ª fase de exames, de acordo com o calendário de exames nacional, é geralmente durante o mês de junho, embora possa por vezes ser no início de julho. Os exames de português, com a sua importância no calendário, costumam ser dos primeiros.
O resultado é afixado uma ou duas semanas depois, de forma a permitir que os estudantes possam decidir o seu futuro.
Durante esse tempo, o aluno pode candidatar-se à 2ª fase, pedir a reavaliação da nota do seu exame nacional ou, claro, completar a sua candidatura de acesso ao ensino superior. A 1.ª fase de candidaturas decorre durante o mês de julho, prolongando normalmente até à primeira semana de agosto.
Se tiver que se inscrever na 2.ª fase dos exames, seja por reprovação ou para fazer melhoria, irá realizar novo exame no final de julho (ou primeira semana de agosto). Tal como na fase anterior, o resultado é publicado uma ou duas semanas depois. Se conseguir a classificação que necessita, pode iniciar o processo de candidatura, que é geralmente entre o final de agosto e início de setembro. Mesmo assim não conseguiu entrar no curso que queria? Ainda pode tentar novamente na 3.ª fase, durante as duas últimas semanas de setembro.
Atenção que todas estas fases têm datas muito específicas, e deve consultar os dias exatos no calendário disponibilizado no site da DGES. Também é lá que poderá verificar os resultados de todas as fases, juntamente com o website do IAVE e, claro, da escola onde estuda.
Como calcular a média final e a nota da candidatura?
O cálculo do valor final da disciplina e, consequentemente, da média da candidatura é muito simples. Mas é, sem dúvida, um dos pontos onde os estudantes mais têm dúvidas e dificuldades.

Para calcular o valor final que terá a português (ou a qualquer outra disciplina, na verdade), é necessário calcular a média da classificação interna final da disciplina (denominada CIF) e da classificação do exame nacional (denominada CE). A fórmula utilizada dependa do peso dado a cada classificação. Anteriormente, eram 70% para a classificação interna e 30% para a do exame. Seria então 0,7 x CIF + 0,3 x CE.
Este ano, e daqui para a frente, este cálculo foi alterado para 0,75 x CIF + 0,25 x CE, uma vez que a nota do exame passa a valer apenas 25%, numa forma de diminuir o impacto da prova na nota final dos alunos.
De forma a conseguir o valor de CIF, terá que fazer a média aritmética das classificações internas (CI) dos vários anos da disciplina e arredondá-la às unidades. Depois é só completar a fórmula acima e já está! Vejamos um exemplo:
- nota do 10º ano: 15
- nota do 11º ano: 13
- nota do 12º ano: 16
- cálculo da CIF: (15+13+16)/3 = 15
- nota do exame: 17
- cálculo da classificação final da disciplina (CFD): (0.75x15) + (0.25x17) = 15,5!
Para conseguir calcular a média do ensino secundário, terá que somar todas as CFDs do plano de estudos e dividir pelo número de unidades: 8. Depois de conseguir esta, já pode calcular a nota de candidatura.
A sua nota de candidatura vai depender do peso que cada instituição define para os seus componentes, uma vez que as provas de ingresso podem valer entre 35% e 50%.
Uma vez que cada universidade e instituto politécnico designa um peso diferente para as provas de ingresso dos vários cursos que oferece, deve consultar a informação dos cursos em que tem interesse no site da DGES. Esta informação está descrita em "fórmula de cálculo".
Tentar o acesso ao ensino superior
De acordo com a DGES, existem alguns requisitos que os alunos devem cumprir para conseguirem o acesso aos cursos superiores:
- O estudante deve ter aprovação num curso de ensino secundário para poder prosseguir com o estudo e poder aceder ao ensino superior, ou ter uma equivalência ao 12º ano;
- Deve ter feito os exames nacionais desse ano ou do anterior. As provas de ingresso podem ser as dos últimos três anos, contando com o atual e a classificação deve ser igual ou superior à mínima exigida;
- Deve satisfazer os requisitos afixados por cada instituição de ensino superior individualmente;
- A classificação da candidatura deve ser igual ou superior ao valor mínimo afixado pela instituição ou curso que pretende frequentar;
- A classificação mínima exigida nos exames nacionais é de 9,5 numa escala de 0 a 20 valores;
- Ter a ficha ENES com a data do ano em que se vai candidatar;
O resultado da candidatura ao ensino superior é o final desta etapa. Aqui os estudantes do ensino secundário irão ver o resultado final de muito trabalho, estudo e dedicação durante todo o seu percurso escolar. Muitos conseguem o resultado que queriam, enquanto que alguns terão que se contentar com a 2.ª, 3.ª ou 6.ª escolha ou, na pior das hipóteses, nenhuma.
Quando se candidatam, os alunos podem selecionar até 6 opções de cursos ou instituições de ensino superior diferentes e esta escolha deverá estar ordenada desde a preferida, sendo colocada no 1.º lugar, e a menos preferida em 6.º lugar. Se conseguir ter uma boa classificação nas provas de ingresso, terá maior probabilidade de conseguir entrar na sua 1.ª opção, uma vez que terá uma média mais alta. Caso contrário, poderá não conseguir entrar em nenhuma das suas opções, e terá que se candidatar novamente na 2.ª fase.
Pondere se vale a pena tentar o acesso ao mesmo curso superior ou se é preferível optar por outro.
Ainda poderá arriscar e tentar candidatar-se novamente ao mesmo curso, mas as probabilidades de conseguir uma vaga são poucas. Apenas terá hipótese se algum dos estudantes que tenha entrado no curso tiver desistido e a sua candidatura ficar em 1.º lugar na lista de substituições.
Se existir uma grande diferença nas notas, ou seja, se o último aluno a entrar no curso do ensino superior em que tem interesse no ano anterior tivesse 16,4 valores e a sua média for de 13 valores, por exemplo, o melhor a fazer é encarar a realidade e não desperdiçar mais oportunidades. Neste caso tem duas opções: volta ao ensino secundário, melhora as médias e candidata-se novamente no ano seguinte, ou faz uma nova pesquisa aos cursos superiores noutras instituições e procura um curso ligado à área que pretende que seja mais acessível.

As colocações do ensino superior, tal como os resultados dos exames, também são disponibilizadas pela DGES, mas aqui os estudantes também são contactados diretamente por email. Caso tenha entrado no curso que deseja, muitos parabéns, bem-vindo ao ensino superior e a uma nova fase da sua vida! Chegou a altura de conhecer uma nova realidade académica e saber o que é viver as praxes académicas!
Não se esqueça que o estudo continua a ser essencial para ultrapassar todas as etapas, mas um bocadinho de diversão moderada pode ajudar a libertar todo o stress dos últimos anos e preparar-se para os próximos!
E porque não começar também com a preparação para exame de biologia e geologia?









