Professor dá aulas de Redação para o Enem. Nota 980 em dois anos consecutivos.

Mais detalhes sobre Alex

• Tem quanto tempo que você possui interesse pela matéria que você leciona e por dar aulas particulares?

  Meu interesse por redação vem desde o 9º ano do Ensino Fundamental. Assim, decidi participar do concurso Operação Cisne Branco e fui um dos vencedores pela cidade de Sorocaba. Anos depois, em 2018, fiz o Enem como treineiro. Estudei muito durante meses, e consegui a surpreendente nota 980. Fiquei muito contente com o resultado, mas o estudo não parou por aí. Passei mais um ano escrevendo várias redações por mês, e em 2019 consegui repetir a mesma nota e entrar para a Universidade Federal de São Paulo. Em 2020, quando comecei o curso de Letras, senti que deveria utilizar os conhecimentos que adquiri ao longo de todo esse tempo para ajudar outras pessoas.

• Conte-nos um pouco sobre a matéria que você leciona: o que você mais você sente prazer em ensinar e o que, eventualmente, te agrada menos?

  No ensino de Redação, a parte que mais me agrada é o repertório sociocultural. Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário decorar dezenas de frases de filósofos para garantir uma boa pontuação nesse quesito. É um campo onde o aluno pode demonstrar seu aprendizado em muitas outras áreas do conhecimento, de modo que ensinar a pluralidade desse processo é algo muito prazeroso para mim. Em contrapartida, o que menos me agrada é o ensino da gramática. Não dispenso sua importância, muito pelo contrário, mas me causa uma certa tristeza ver a falta de autoestima linguística dos alunos que não dominam muito bem esse campo do ensino da língua. Muitos se sentem desmotivados ou de alguma forma inferiores como falantes do português, pois o preconceito linguístico nos leva a acreditar que a gramática normativa determina a maior parte da linguagem humana. Costumo frisar aos meus alunos que não é bem assim, e que os conhecimentos em gramática serão necessários prioritariamente em ocasiões formais, como é o caso do Enem.

• Qual(ais) é(são) seu(s) modelo(s) ou inspiração(ões)? Pode ser desde um professor até um artista ou obra que tenha te inspirado!

  Atualmente, meu maior modelo de inspiração é a escritora Irandé Antunes, autora do livro "Lutar com palavras: coesão e coerência". O título é autoexplicativo, né?

• Quais são, na sua opinião, as qualidade necessárias para ser um excelente profissional na sua especialidade de ensino?

  Sobretudo a paciência e a capacidade de focar nas dificuldades específicas de cada aluno. Acredito que só assim eles serão capazes de evoluir sua nota e garantir a chave para entrar em uma boa universidade.

• Você teria alguma história e/ou curiosidade engraçada relacionada à sua profissão ou as aulas para compartilhar?

  As interferências inevitáveis do EAD me fizeram colecionar vários momentos divertidos. Não é incomum haver instabilidade de algum dos lados da internet, gerando uma comunicação falha e cômica por alguns minutos. No entanto, sempre ofereço um tempo a mais nas aulas para compensar. Não me importo de passar do horário estipulado, desde que ajude meus alunos.

• Confesse pra gente, você também já passou por alguma dificuldade na escola/faculdade na matéria que você leciona...

  Antes do 9º ano, tinha certa dificuldade em escrever. Contudo, peguei professores ótimos e que pegaram no meu pé no ensino médio. De uma nota 640 nos testes de redação escolares, consegui subir para 980. Essa é uma das maiores conquistas da minha vida, e só tenho a agradecer esses professores.

• Nos ajude a te conhecer um pouco melhor, conte-nos um pouco sobre suas paixões!

  Pode parecer monótono, mas adoro escrever! Dessa vez, artisticamente falando. Tive dois contos aceitos em antologias que serão publicadas ainda em 2021, e pretendo escrever muito mais. Ler e escrever são minhas maiores paixões!

• O que faz de você um Superprof (além de ter respondido a esta entrevista 😜) ?

  Com certeza, a minha dedicação e vontade de ensinar!