Mais conhecido como The MET, o Museu Metropolitano de Arte, é um museu muito importante localizado na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Quem gosta e se interessa por arte com certeza que já ouviu falar deste famoso ícone nova-iorquino.
O Metropolitan Museum of Art em inglês, abriga uma enorme coleção de pintura europeia do século XII ao XX. Ou seja, passear nele é como fazer uma viagem pela história, com quadros dos mais famosos e relevantes pintores que criaram as suas obras na Europa durante este período.
Também pode encontrar e visitar espaços dedicados a pinturas e esculturas de artistas norte americanos e exposição de armas, instrumentos musicais e indumentária dentro do MET. Ou seja, se não for muito fã de pintura europeia, poderá mesmo assim encontrar algo interessante ao passear no museu.
Isto sem contar com as obras da arte antiga, romana, egípcia, grega, assírio-babilónica, e oriental que também fazem parte da coleção. Tudo isto exposto no mesmo local! A verdade é que os movimentos artísticos mais importantes estão representados no The MET. Lá, encontra grandes exemplares de:
- simbolismo;
- realismo;
- naturalismo;
- impressionismo;
- expressionismo;
- pontilhismo.
E muitos outros movimentos modernistas!
No que diz respeito aos artistas, pode esperar encontrar nomes como:
- Cézanne
- Delacroix
- Pissarro
- Van Gogh
- Renoir
- Degas
- Manet
- Ingres
Se está a pensar visitar Nova Iorque, o The MET tem que entrar para o seu roteiro! E se não sabe nada sobre este local maravilhoso no coração da cidade que nunca dorme, então veio ao sítio certo. Neste artigo, vamos explorar as características principais do Museu Metropolitano e como evoluiu até aos dias de hoje. Depois de ler toda a informação, mesmo se o MET não estiver na sua lista, vai querer visitá-lo e ficar a conhecer um dos melhores museus do mundo!
A história do Museu Metropolitano de Arte
Como já mencionamos, o MET é uma das instituições culturais mais prestigiadas e icónicas do planeta. É um verdadeiro templo da arte e cultura e possui uma coleção diversificada que abrange milhares de anos e culturas distintas. Fundado em 1870, a sua criação reflete o desejo de um grupo de visionários nova-iorquinos de proporcionar o acesso público à arte e promover a educação cultural na cidade.

O MET foi concebido na segunda metade do século XIX, uma época em que Nova Iorque começava a emergir como um centro económico e cultural global. Inspirados pelos grandes museus da Europa, como o Louvre em Paris e o Museu Britânico em Londres, um grupo de empresários, artistas e líderes cívicos nova-iorquinos queria criar uma instituição que refletisse a sofisticação cultural da cidade.
Em 1866, durante uma viagem a França, John Jay, um advogado e diplomata, propôs a ideia de fundar um museu de arte em Nova Iorque.
A ideia ganhou força com o apoio de outros visionários, incluindo o editor George Palmer Putnam e o banqueiro Robert L. Stuart. Estes homens reconheciam a necessidade de um espaço que pudesse abrigar e exibir obras de arte de várias culturas e períodos históricos, promovendo a educação e o enriquecimento cultural.
A ideia tornou-se realidade em 1870, quando o MET foi oficialmente inaugurado, num edifício na Quinta Avenida. As suas primeiras aquisições incluíram uma coleção de 174 pinturas europeias, incluindo obras de artistas de renome como Anthony van Dyck e Nicolas Poussin, adquiridas de colecionadores europeus.
Embora a coleção inicial fosse modesta, o MET destacou-se rapidamente pela aquisição de peças importantes, incluindo artefactos históricos e obras de arte de civilizações antigas. O desejo de expandir e diversificar o seu repertório levou a campanhas de arrecadação de fundos e a doações generosas de patronos abastados, como os magnatas do transporte ferroviário e do petróleo, que queriam associar os seus nomes à cultura e à filantropia.
A entrada no museu, incluindo em visitas guiadas e eventos culturais, tem uma política de "pague o que puder" para os cidadãos da cidade. É obrigatória uma condição mínima, mas o valor pago fica à descrição de cada pessoa.
Em 1880, o museu mudou-se para a sua localização atual em Central Park, num edifício projetado pelos arquitetos Calvert Vaux e Jacob Wrey Mould. A localização foi escolhida estrategicamente para garantir que o museu fosse acessível a todos os cidadãos de Nova Iorque. O prédio inicial era relativamente pequeno, mas a arquitetura permitia expansões futuras.
Durante o final do século XIX e início do século XX, o MET passou por expansões significativas. Filantropos como Henry Marquand e J.P. Morgan contribuíram não apenas com grandes somas de dinheiro, mas também com coleções inteiras de arte. Este último, por exemplo, doou uma vasta gama de itens, desde artefactos renascentistas até manuscritos medievais e arte decorativa.
À medida que a coleção crescia, o museu começou a criar departamentos especializados para diferentes tipos de arte. E em 1938, o MET adquiriu o Cloisters, um complexo no norte de Manhattan dedicado à arte e arquitetura medievais europeias. Este espaço único foi desenhado para evocar a atmosfera dos mosteiros europeus, sendo uma das principais atrações do museu até hoje.
O MET é também um dos líderes mundiais em pesquisa e preservação. Os seus laboratórios de conservação utilizam tecnologia avançada para restaurar obras, numa tentativa de garantir que a história da arte é protegida para gerações futuras.
A coleção permanente do MET
O Museu Metropolitano possui mais de dois milhões de obras de arte organizadas em vários departamentos. Estas coleções abrangem um espectro vasto de períodos e estilos artísticos, incluindo:
- Arte Egípcia: um dos destaques da instituição, inclui artefactos como sarcófagos, esculturas e o Templo de Dendur, transportado e reconstruído no museu;
- Arte Clássica: peças da Grécia e Roma antigas, incluindo cerâmicas, mosaicos e esculturas que exploram temas mitológicos e históricos;
- Pintura Europeia: obras-primas de artistas de renome como Van Gogh, Monet, Vermeer, Caravaggio e Velázquez, abrangendo desde o Renascimento até o início do modernismo;
- Arte Americana: um tributo à herança artística dos Estados Unidos, com peças que vão desde o período colonial a movimentos contemporâneos;
- Arte Islâmica e Asiática: a coleção inclui manuscritos, têxteis e cerâmicas que refletem a diversidade cultural do Médio Oriente e da Ásia;
- Arte Moderna e Contemporânea: embora o MET seja mais conhecido pelas suas obras históricas, também possui criações de artistas contemporâneos, abrangendo pinturas, esculturas e instalações multimídia.
Além disso, o MET possui coleções de instrumentos musicais, joias, armas e armaduras, além de uma rica seleção de arte africana, oceânica e das Américas.
Para arrecadar fundos e destacar as suas coleção, o Costume Institute do museu organiza todos os anos a MET Gala, um dos eventos de moda mais emblemáticos do planeta.
Também poderá visitar várias exposições temporárias de destaque, que exploram temas, períodos ou artistas específicos. Estes eventos atraem milhões de visitantes anualmente e apresentam peças emprestadas de outras instituições de renome com quem têm parcerias.
Outras obras famosas que pode ver no Museu Metropolitano de Arte
Além das exposições temporárias, as coleções permanentes do MET incluem quadros de grandes nomes da pintura. Se gostava de saber o que o espera, vamos ver mais algumas informações sobre alguns deles.
Washington a cruzar o rio Delaware, de Emanuel Leutze
Washington a cruzar o rio Delaware é uma pintura a óleo sobre tela feita pelo pintor americano de origem alemã Emanuel Leutze, em 1851.

A pintura retrata a travessia do rio Delaware por George Washington, em 1776. Este feito histórico aconteceu durante o ataque aos mercenários durante a batalha de Trenton, em Nova Jersey. Imortalizou o ponto crucial na Guerra da Independência norte-americana. O pintor escolheu sabiamente um dos pontos fundamentais da virada da Guerra de Independência a favor dos norte-americanos.
Isto porque a causa colonial parecia perdida quando 1776 chegou ao fim!
Mas num movimento militar que percorreu uma linha tênue entre brilhantismos e desespero, George Washington liderou o exército colonial através do rio Delaware logo após o anoitecer, a 25 de dezembro, para atacar o acampamento inimigo. E esta ousada jogada trouxe nova esperança para a causa!
Por ser uma obra de arte tão simbólica para os Estados Unidos, é possível encontrar várias réplicas do quadro espalhadas pelo país, até mesmo na Casa Branca. Embora a pintura tenha algumas imprecisões históricas (como o facto da batalha ter acontecido à noite e ser, no quadro, representada durante o dia), sabemos que os artistas são livres para fazer a obra de acordo com a sua criatividade.
A Morte de Sócrates, de Jacques-Louis David
A Morte de Sócrates é uma pintura à óleo sobre tela, feita pelo francês Jacques-Louis em 1787. Retrata um enorme evento histórico: a execução do filósofo grego Sócrates. A execução do filósofo grego que ajudou a abrir caminho para a filosofia ocidental da época ocorreu em 399 a.C.
Usando o Fédon de Platão como referência, David captura o momento em que Sócrates, que tinha sido condenado à morte pelos tribunais atenienses por "impiedade" e por "corromper os jovens", recebe cicuta venenosa para beber. Enquanto alcança de bom grado o copo, continua a pregar aos seus seguidores, ilustrando tanto o respeito pela decisão alcançada democraticamente, como a sua dedicação à filosofia.
Segundo Platão, depois de agradecer humildemente ao deus grego da saúde por uma morte pacífica, Sócrates levou a caneca aos lábios e drenou-a de forma muito alegre e silenciosa. Embora este evento tenha realmente acontecido, David teve alguma licença artística ao documentá-lo. Isto é especialmente verdadeiro nas figuras que optou por incluir na pintura. Enquanto que Sócrates, os seus seguidores Simmias e Cebes, Crito, Apoloodorus e membros da sua família estavam presentes na cena oficial, Platão e as figuras restantes representadas no quadro foram incorporadas à cena pelo artista.
A Mulher com Papagaio, de Gustave Couber
A Mulher com Papagaio é uma pintura óleo sobre tela, feita pelo pintor realista Gustave Coubert, em 1866. A pintura retrata uma mulher nua, apenas com um lençol branco cobrindo levemente a sua região íntima, deitada sobre os lençóis a observar um papagaio pousado na sua mão esquerda.
Inspirado pelo sucesso da Vênus exposta no Salão de Paris durante as décadas de 1860 e 1870, Courbet tentou desafiar as regras da academia.
Decidiu, então, pintar um nu de uma forma realista para que fosse aceito pelo júri do Salão, que se tornava cada vez mais rígido e arbitrário.
A primeira tentativa, em 1864, foi rejeitada, porque foi tida como "indecente". Mas Gustave Coubert queria precisamente isso: chocar a burguesia e abalar as convenções artística da época. E conseguiu!
Ponte sobre o Lago de Nenúfares, de Claude Monet
Nenúfares é uma série de aproximadamente 250 pinturas que representam o jardim de flores, feitas pelo impressionista francês Claude Monet. A tela Ponte sobre o Lago de Nenúfares, feita em 1899, representa a lagoa do lírio, que fica no seu jardim em Giverny.

Em 1893, Monet, um horticultor apaixonado, comprou terras com um lago perto da sua propriedade em Giverny, com a intenção de construir algo "para o prazer dos olhos e também para motivar a pintar". O resultado foi o seu jardim de nenúfares. Em 1899, iniciou uma série de dezoito vistas da passarela de madeira sobre o lago, completando doze pinturas, incluindo a atual, naquele verão. O formato vertical da imagem, incomum nesta série, dá destaque aos nenúfares e os seus reflexos na lagoa.
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Madame X, de John Singer Sargent
Madame X é um óleo sobre tela de beleza incomparável, feita em 1884. A tela é de autoria do pintor norte-americano John Singer Sargent, nascido na Itália. A obra representa a figura de um corpo inteiro feminino, a pose da americana Virginie Amélie Avegno Gautreau, famosa pela sua beleza e por frequentar a alta sociedade francesa. A obra não foi encomendada, mas sim feita a pedido do próprio pintor!
A primeira versão da tela representava a belíssima Madame Gautreau, com a sua jovialidade, porte altivo e aristocrático, num belo vestido de cetim preto, com generoso decote e uma das alças caída sobre o braço. Esta alça revelava e encobria o corpo ao mesmo tempo, gerando um efeito de mulher segura e muito sensual. No entanto, a obra causou um profundo impacto negativo ao ser apresentada em 1884. Sargent tentou "consertar" a má impressão causada, desenhando a alça do vestido na posição normal.
Não hesite em conhecer as telas mais famosas do Museu do Louvre, em Paris!
Don Manuel Osório Manrique de Zuniga, de Francisco de Goya
A tela Don Manuel Osório Manrique de Zuniga, que é retratado em criança, é uma obra-prima do artista espanhol Francisco de Goya, feita em meados de 1787.

A obra retrata um menino de provavelmente 3 ou 4 anos de idade, com trajes na cor vermelha e alguns animais de estimação. Esta tela foi encomendada pelo próprio pai do menino, Vicente Joaquín Osório de Moscovo y Guzmán, o conde de Altamira.
Goya escolheu um ponto de vista bastante curioso para representar o menino: estático feito um fantoche! No entanto, o que mais intriga os críticos é a simbologia das cores e os animais presentes no retrato.
O rapaz retratado é mostrado com um pássaro de estimação (que segura o cartão de visita do pintor no bico), uma gaiola cheia de tentilhões e três gatos com olhos arregalados. Embora adicionem um elemento envolvente para o espectador, a razão porque Goya os adicionou permanece uma incógnita, ainda que muito se especule.
Aristóteles contemplando um Busto de Homero, de Rembrandt
Aristóteles contemplando um Busto de Homero é uma pintura a óleo sobre tela, feita pelo ilustre pintor, desenhista e gravurista holandês Rembrandt, em 1653. A tela, tal como o nome indica, retrata Aristóteles a contemplar o busto esculpido de Homero. Neste trabalho, Aristóteles é retratado com trajes do século XVII, uma corrente de ouro e com a mão sobre os busto do grande poeta Homero.
O filósofo grego ricamente vestido repousa pensativamente a mão sobre um busto de Homero, o poeta épico que alcançara a imortalidade literária com a sua Ilíada e Odisséia séculos antes. Aristóteles usa ainda um medalhão de ouro com um retrato de seu poderoso aluno, Alexandre, o Grande. O tom misterioso da tela carrega muitos significados, o que leva os estudiosos de arte a terem diferentes interpretações.
Entre as obras de arte mais célebres do Met, esta pintura transmite a meditação de Rembrandt sobre o significado da fama. Embora o trabalho tenha sido considerado essencialmente holandês, foi pintado para um patrono siciliano no momento em que o estilo de assinatura de Rembrandt, com a sua paleta escura e acúmulo quase escultural de tinta, estava a ficar fora de moda em Amsterdão.
Os Músicos, de Caravaggio
Os Músicos é uma de pintura óleo sobre tela, feita pelo italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio, em 1595. A pintura retrata quatro rapazes, três deles a tocar instrumentos diferentes instrumentos musicais e um deles vestido como cupido.
Embora a obra tenha sido encomendada pelo cardeal Francesco Del Monte, não é uma pintura religiosa. O cardeal pediu a tela porque apoiava um tema que estava muito em alta na época: o renascimento da música.
Embora descrita pelos seus contemporâneos como "uma peça musical", o imagem apresenta uma alegoria musical em termos de performance contemporânea. Já a presença do Cupido sinaliza a sua intenção alegórica. Os figurinos têm uma aparência vagamente clássica e Caravaggio incluiu o seu autorretrato no segundo rapaz. Acredita-se ainda que a figura central que carrega um alaúde seja Mario Minniti, um amigo do pintor.
Mulher com um Jarro de Água, de Johannes Vermeer
Esta obra, também conhecida como Jovem Mulher com um Jarro de Água, é um óleo sobre tela feito por volta de 1662, pelo pintor holandês Johannes Vermeer.
Em estilo barroco, a figura central da pintura é a de uma mulher a abrir a janela com uma mão e a carregar um jarro com a outra. De pé numa janela aberta, uma mulher começa o dia com uma espécie de ritual que emprega uma jarra e bacia de prata dourada, com um lenço de linho protegendo o seu vestido e cabelo.
A primeira obra de Vermeer a entrar numa coleção americana, esta pintura incorpora o interesse do artista em temas domésticos, dando um vislumbre quase voyeurista da vida privada de uma mulher antes de apresentar o seu rosto público ao mundo. Tal como em outras telas do pintor, a mulher é representada com uma fisionomia preocupada. A face preocupada da mulher encontra-se em contraste com a harmonia dos tons de tinta escolhidos pelo artista.
Autumn Rhythm Number 30, de Jackson Pollock
Ritmo de Outono Número 30 é uma pintura abstrata expressionista em tinta esmalte sobre tela, feita pelo artista americano Jackson Pollock, em 1950. É considerado um dos trabalhos mais notáveis do artista.
A técnica de Pollock, muito conhecida, era uma forma diferente de trabalho. O pintor colocava as telas diretamente no chão, e pingava ou despejava tinta em latas ou usava bastões, escovas, entre outras coisas, para controlar o fluxo de tinta que lançava para a tela.
Entre 1947 e 1952, Jackson Pollock fez aproximadamente 700 obras em estilo abstrato expressionista, e tornou-se uma influência decisiva no movimento de Arte Contemporânea.
Há quem diga que o Ritmo de Outono parece expressar raiva, mas tal como toda a arte abstrata, pode tirar as suas próprias conclusões.
E não se esqueça de apreciar outros trabalhos expostos no Metropolitan Museum, como Kandinsky, Gauguin, Corot, etc. Se quiser conhecer mais, aproveite a oportunidade e procure na plataforma da Superprof professores de pintura que o podem ajudar a conhecer o mundo fantástico das artes! Para quem está a iniciar, pode também experimentar a pintura acrilico para principiantes.










