Existem milhares de falantes nativos de língua árabe por todo o mundo, seja a viver no país de origem ou imigrados noutros locais. E a tendência é que haja cada vez mais pessoas com o domínio do idioma. Até porque existe, hoje em dia, uma procura considerável por profissionais que saibam falar árabe, mesmo que seja como língua estrangeira. A influência crescente da economia do médio oriente tem vindo a criar várias oportunidades de emprego e ajuda a chegar a novos mercados e ter diferentes oportunidades profissionais. Uma pessoa que tenha mais domínio da língua do que simplesmente dizer umas frases em árabe tem a possibilidade de encontrar emprego em áreas como educação, jornalismo, finanças, tradução e muitas outras.

Como tal, são cada vez mais as oportunidades para aprender árabe, entre cursos, formações e outras modalidades alternativas. Uma delas é aprender árabe por imersão, ao viver num país onde seja língua oficial. É uma modalidade de aprendizagem fantástica e dinâmica, que permite aprender o vocabulário, a gramática, as palavras e as frases mais comuns ao comunicar no idioma diariamente, de forma constante. Mas para o poder fazer, existem alguns passos essenciais que não pode descorar. Para ajudar quem quiser aprender árabe num país nativo, compilamos tudo o que deve fazer antes da viagem!

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Vamos lá!

Pedir o visto adequado para poder permanecer no país

Este primeiro passo pode parecer óbvio, mas a verdade é que para viajar para um país fora da UE, precisa de ter um passaporte e visto. Para poder fazer a viagem até um país árabe deve possuir um passaporte válido, e em alguns deles isso significa que deve ter validade para pelo menos mais 6 meses.

Da mesma forma, para permanecer num país de língua árabe, tem que possuir um visto adequado. E quem quer utilizar a sua viagem para aprender o idioma, e frequentar aulas onde aprende mais que o vocabulário básico e frases feitas, precisa de ter um visto que o permita fazer.

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Aprender árabe por imersão permite uma aprendizagem mais dinâmica que um curso, porque aprende o alfabeto, vocabulário e gramática do idioma a comunicar. | Fonte: Pexels

O processo de pedido do mesmo pode variar bastante dependendo do país árabe para onde vai viajar e o tempo que vai lá ficar. Em alguns casos, para estadias temporárias, o visto não requer fazer um pedido antes de viajar e é dado à entrada no país. Noutros casos, e consoante o tempo que quiser ficar, vai precisar de tratar do visto a partir de Portugal.

Deve verificar com antecedência quais são as exigências do país para onde vai e perceber se tem que fazer o pedido antes da viagem, até porque alguns vistos demoram bastante tempo a ser emitidos. Consulte os serviços consulares do país para saber qual é o visto que vai precisar e como o pedir. E uma vez que o objetivo da viagem é o estudo, é comum que instituições de ensino tratem do visto.

No Qatar, por exemplo, os vistos para visitas curtas podem ser obtido à entrada no aeroporto. Mas estes só têm a duração de 30 dias, por isso, se procura um visto de residência, deve começar o processo na embaixada do Qatar antes da viagem. Além disso, deve assegurar-se que o seu passaporte tem uma validade superior a 6 meses após a data de entrada no país e, no mínimo, 2 páginas em branco.

Outras nações podem ter outros requisitos e, como tal, é essencial que saiba qual é o procedimento a seguir.

Candidatar a uma bolsa de estudo para reduzir custos

Estudar num país de língua árabe pode ser bastante dispendioso, entre viagem, alojamento, comida e as aulas do curso. Por este motivo, a grande maioria dos alunos que opta por um país destes candidata-se a uma bolsa de estudos para cobrir as despesas. As bolsas de estudo podem ser atribuídas por duas razões (rendimento ou mérito), mas ambas permitem pagar as aulas ou um curso superior.

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Os cursos de árabe no estrangeiro podem ser dispendiosos, por isso, se quer aprender a dizer mais do que frases simples na língua deve candidatar-se a uma bolsa de estudos. | Fonte: Unsplash

Se já frequenta o ensino superior em Portugal e quer ter aulas numa instituição de outro país, pode candidatar-se ao programa Erasmus+. Ainda que a grande maioria dos membros deste programa sejam da UE, as organizações doutros países também podem participar em determinadas ações e ter acesso a financiamento, com condições específicas, como é o caso de Argélia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Palestina, Síria, Tunísia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e outros. Para saber se o país árabe em que está interessado oferece esta opção de bolsa, consulte o website do programa.

Se for fazer um curso de árabe fora do programa, deve começar por escolher o país e a instituição de ensino para onde quer ir. Procure o máximo de informação possível sobre os cursos e as bolsas disponíveis e se as instituições que as oferecem são reconhecidas. Depois de fazer a escolha, deve perceber quais são os documentos necessários para a inscrição na instituição de ensino que prefere.

Uma vez que os prazos das candidaturas podem ser diferentes nas várias instituições, é importante estar muito atento e consultar os sites das que tem interesse. O valor das bolsas pode variar, tendo em conta a diferença entre os custos de vida de Portugal e no país árabe de destino, o número de candidatos e a distância entre os dois países. Além disso, o apoio também varia consoante se trate de um aluno a fazer um curso superior ou de um recém-diplomado que vai fazer um estágio.

Também deve ter em conta que alguns países têm programas de bolsas de estudo específicos. A Universidade do Qatar, por exemplo, possui um programa de bolsa para quem quer ir para o país aprender árabe. Os candidatos selecionados têm financiamento para fazer cursos com a duração de um ano, onde os falantes nativos de outros idiomas podem aprender árabe. Além disso, proporciona imensos benefícios:

  • visto de estudante e autorização de residência;
  • matrícula no curso e materiais;
  • acomodação nos dormitórios da universidade (com lavandaria, acesso à internet, biblioteca, salão de jogos, etc.);
  • alimentação (três refeições diárias);
  • transporte para a instituição.
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Uma bolsa de estudos permite que aprenda o alfabeto, letras, vocabulário e gramática árabe sem ter que gastar muito dinheiro com o curso. | Fonte: Pexels

Para poder participar, tem que possuir os seguintes requisitos:

  • ter completado o ensino secundário ( e de preferência ser estudante universitário);
  • ter entre 18 e 40 anos;
  • não ter usufruído de uma bolsa de estudos para aprender árabe anteriormente;
  • ter conhecimentos básicos do idioma (incluindo vocabulário básico e o alfabeto);
  • ser capaz de comunica em inglês ou árabe básico.

A candidatura deve ser feita através da plataforma de admissão online, preenchendo o formulário e anexando os documentos digitalizados. Além disso, é necessário pagar uma taxa que não é reembolsável.

Os Emirados Árabes Unidos, por outro lado, possuem várias opções de bolsas à escolha. Estas bolsas são adequadas para alunos em todos os programas e níveis de estudo de árabe, mas o processo de candidatura sempre será diferente, uma vez que as bolsas são fornecidas por entidades diferentes. Algumas fazem parte do programa de financiamento de instituições de ensino do país, outras são a título particular (incluindo famílias influenciais do país).

Falamos de, por exemplo:

  • Bolsas de pesquisa de doutoramento da Fundação Al Qasimi;
  • Bolsas de estudo para estudantes internacionais do IMT Business School;
  • Bolsas de estudo internacionais da United Arab Emirate University (UAEU);
  • Bolsas de estudo internacionais na Canadian University Dubai (CUD);
  • Bolsas para estudantes internacionais da Curtin University Women in Engineering;
  • Financiamento de doutoramento para estudantes internacionais da Universidade dos Emirados Árabes Unidos (UAEU).

Todas elas se destinam a alunos internacionais, mas têm condições diferentes. Algumas tem cobertura integral, outras apenas parcial. Umas permitem estudar árabe em qualquer universidade do país, outras apenas em instituições específicas. Deve analisá-las e perceber qual é a melhor opção para o que procura.

Inscrever no consulado português e garantir que tem acesso a cuidados de saúde

A nossa dica para quem vai viver para o estrangeiro, é que se registe no consulado de Portugal que existe nesse país árabe, no caso de vir a precisar de ajuda ou alguma documento. Se não sabe onde existe um posto consular por perto, consulte a localização de todas as embaixadas e consulados portugueses espalhados pelo mundo.

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Tal como acontece com a aprendizagem de outras línguas, aprender árabe é muito mais do que saber o vocabulário e umas palavras e frases soltas. | Fonte: Unsplash

Depois de se inscrever, a sua identificação passa a constar nos arquivos do consulado, e este passa a poder emitir documentos de que possa precisar. Para fazer a inscrição vai precisar de apresentar:

  • cartão de cidadão ou bilhete de identidade;
  • 1 fotografia tipo passe, recente e a cores;
  • a cédula pessoal, certidão de nascimento ou certificado de nacionalidade.

Também pode apresentar o passaporte como método de identificação, mas este apenas permite ao consulado só emitir documentos para os quais não seja preciso apresentar o cartão de cidadão.

Além disso, também é essencial que verifique como funciona o acesso aos cuidados de saúde e à segurança social no país árabe onde vai fazer o curso. Pode ficar doente ou magoar-se em qualquer altura e deve garantir que pode aceder a cuidados de saúde se for necessário. Em muitos casos, os acordos entre Portugal e nações que estão fora da UE não garantem a prestação de cuidados de saúde. Nesses casos, deve fazer um seguro de saúde completo, para garantir que tem acesso a cuidados no país árabe para onde vai.

As pessoas abrangidas segurança social portuguesa que se mudem para um país com o qual Portugal tenha um acordo de segurança social que os proteja em caso de doença e maternidade, também podem receber cuidados de saúde nesses países pagando apenas taxas moderadoras. Incluem-se aqui Andorra, Brasil, Cabo Verde, Marrocos e Tunísia, por exemplo.

Se não tem a certeza se o país árabe para onde vai é um deles, a Segurança Social disponibiliza informação sobre proteção social e cuidados de saúde nos países com os quais Portugal tem algum acordo. Pode consultar a lista no website e perceber se existe algum acordo.

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Catarina

Eterna otimista, com um bichinho por viajar. Apaixonada por literatura e ficção. Metro e meio de pessoa, vivo pelo lema "Though she be but little, she is fierce". Trabalho atualmente como tradutora e redatora freelancer.