Lisboa, como a capital do país, é um verdadeiro paraíso para os amantes de cultura e história, oferecendo uma impressionante diversidade de museus que capturam a essência da cidade e do país. Dos tesouros de arte clássica e moderna aos fascinantes vestígios da história marítima, Lisboa possui espaços culturais que agradam a todos os gostos e idades. Cada museu conta uma parte da rica narrativa portuguesa, desde a era das Descobertas até as expressões artísticas contemporâneas.
Para o ajudar a visitá-los todos, compilamos uma lista de todos os museus que não pode deixar de visitar em Lisboa, que exposições incluem e ainda quanto custam os seus bilhetes!
Museu de Lisboa: a história da cidade
O Museu de Lisboa é uma instituição dedicada à história, cultura e identidade da cidade de Lisboa. É uma janela para a alma da cidade, ideal para quem quer compreender o contexto histórico e cultural da capital portuguesa, desde os tempos antigos até as suas transformações modernas.
É composto por vários núcleos espalhados pela cidade e cada núcleo aborda aspetos específicos da vida lisboeta, desde a arqueologia e a arte até os costumes e tradições. São eles:
- Palácio Pimenta: localizado no Campo Grande, é a sede principal do museu. O seu foco é a história de Lisboa desde a pré-história até o início da modernidade. Inclui maquetes detalhadas da cidade, incluindo uma que retrata Lisboa antes do terramoto de 1755, e objetos arqueológicos, mapas históricos, cerâmicas e pinturas que documentam a evolução da cidade;
- Teatro Romano: localizado perto da Sé de Lisboa, este núcleo inclui as ruínas de um teatro romano do século I a.C. Exibe achados arqueológicos como fragmentos de colunas, esculturas e mosaicos e oferece uma experiência única ao caminhar pelo antigo espaço teatral;
- Casa dos Bicos: este emblemático edifício renascentista, com uma fachada única, é também a sede da Fundação José Saramago. Aborda a relação de Lisboa com o rio Tejo e a importância do comércio marítimo;
- Santo António: localizado na Igreja de Santo António, perto da Sé, este núcleo explora a vida e o legado de Santo António, o santo padroeiro de Lisboa. Inclui exposições sobre devoções populares e a celebração das Festas de Lisboa;
- Torreão Poente do Terreiro do Paço: aborda as transformações urbanas de Lisboa ao longo do tempo. Inclui exposições temporárias sobre a evolução da cidade e os seus espaços mais emblemáticos.
Pode optar por visitar o museu para ver as suas exposições permanentes ou temporárias, para fazer uma visita guiada ou até mesmo para assistir a uma palestra ou evento.
O museu preserva e exibe uma vasta coleção de objetos e documentos que ajudam a contar a história da cidade, como artefactos arqueológicos, mapas e plantas urbanas de diferentes épocas, pinturas, gravuras e fotografias históricas e objetos do quotidiano que revelam a cultura e os costumes dos lisboetas.
Todos os núcleos estão abertos de terça a dominga, das 10h às 18h. Os bilhetes têm custos entre 3€ e 6€, dependo do núcleo que quer visitar ou até mesmo se quiser ver vários. Existem ainda algumas faixas etárias ou condições que permitem aceder de forma gratuita.
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Museu Calouste Gulbenkian: a arte lisboeta
O Museu Calouste Gulbenkian é uma das instituições culturais mais prestigiadas de Portugal. Foi inaugurado em 1969 e abriga uma coleção extraordinária de arte reunida por Calouste Sarkis Gulbenkian, um empresário e filantropo arménio que viveu parte de sua vida em Portugal.
O espaço é um dos mais icónicos da cidade e uma visita obrigatória para quem aprecia arte e cultura. É um espaço onde a excelência das coleções, a tranquilidade dos jardins e a riqueza da programação artística se unem para oferecer uma experiência inesquecível.
O museu está inserido no Jardim Gulbenkian, um oásis verde no meio de Lisboa, projetado para complementar o museu. O espaço é funcional, elegante e ideal para explorar em um ritmo tranquilo.
O museu tem regularmente exposições temporárias sobre temáticas de grande relevância cultural e artística. Mas também é um local onde se realizam workshops, palestras e té mesmo concertos e apresentações na orquestra e coro Gulbenkian.
A coleção permanente do museu é a Coleção do Fundador, que reúne cerca de 6.000 peças de arte que refletem os gostos ecléticos de Gulbenkian, e está organizada cronologicamente e geograficamente, cobrindo mais de 4.000 anos de história. Inclui:
- Arte Egípcia, Greco-Romana e Islâmica;
- Obras-primas da arte europeia, incluindo peças de Rembrandt, Monet, Turner, Rubens e Degas;
- Joias criadas por René Lalique, que representam o auge do design Art Nouveau;
- Tapeçarias, porcelanas chinesas e mobiliário do século XVIII.
A coleção moderna é focada na arte contemporânea portuguesa e internacional e inclui obras de artistas como Amadeo de Souza-Cardoso, Paula Rego, Vieira da Silva, entre outros. O museu está aberto de terça a domingo, das 10h às 18h. Os bilhetes custam entre 6€ e 16€, dependo do que quer visitar, mas existem vários descontos e a visita é totalmente gratuita ao domingo depois das 14h!
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Museu Nacional dos Coches: o mundo dos transportes
O Museu Nacional dos Coches é uma das atrações culturais mais emblemáticas de Portugal e possui uma das coleções de carruagens mais notáveis do mundo. O museu celebra a riqueza e a sofisticação da arte e engenharia das carruagens, oferecendo um olhar fascinante sobre a história do transporte e da nobreza europeia entre os séculos XVI e XIX.
Foi fundado em 1905 pela Rainha D. Amélia de Orleães e Bragança, esposa do Rei D. Carlos I, com o objetivo de preservar as carruagens da Casa Real Portuguesa. Originalmente instalado no Picadeiro Real do Palácio de Belém, o museu foi expandido e transferido em 2015 para um edifício moderno no bairro de Belém. O Antigo Picadeiro Real, ainda parte do museu, é um edifício histórico que exibe parte da coleção num ambiente palaciano.
A sua coleção de carruagens é considerada uma das maiores e mais importantes do mundo, com mais de 70 veículos de diferentes épocas, incluindo:
- Carruagem dos Oceanos: usada na embaixada enviada ao Papa Clemente XI, em 1716, é uma das peças mais impressionantes, decorada com esculturas douradas que simbolizam os Descobrimentos Portugueses;
- Carruagem do século XVI: uma das mais antigas da coleção, usada pela realeza europeia;
- Carruagem de D. João V: um exemplar luxuoso, decorado com detalhes em ouro, representando o auge do Barroco;
- Carruagens de Gala: utilizadas em cerimónias oficiais, ricamente adornadas com brasões, esculturas e tapeçarias;
- Charretes e berlindas: exemplos de veículos mais simples usados no dia a dia ou para viagens longas.
Pode aproveitar para ver uma das exposições sobre transporte, nobreza e arte decorativa, com espaços interativos que explicam o processo de construção e uso das carruagens.
Além disso, também pode ver arneses e equipamentos como selas, arreios e acessórios usados nos cavalos, os uniformes dos cocheiros e lacaios, que complementam a sofisticação das carruagens e obras que ilustram a utilização das carruagens em diferentes contextos históricos e sociais.
O museu novo está aberto de terça a domingo, das 10h às 18h, e o Picadeiro de quarta a segunda, no mesmo horário. Os bilhetes custam 8€ e 5€, respetivamente.
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Museu Arqueológico do Carmo: a antiguidade portuguesa
O Museu Arqueológico do Carmo é uma das instituições culturais mais fascinantes da capital. Situado nas ruínas do antigo Convento do Carmo, o museu oferece uma combinação única de história, arquitetura e arqueologia. Este espaço carrega a memória do trágico Terramoto de 1755, que destruiu grande parte do convento e deixou a sua igreja gótica em ruínas, criando um cenário icónico que hoje atrai visitantes de todo o mundo.
O espaço a céu aberto é um dos destaques do museu. As arcadas góticas, sem teto, criam uma atmosfera única e contemplativa. É um local ideal para fotografias e um ponto de referência histórico em Lisboa.
O Convento do Carmo foi fundado em 1389 por D. Nuno Álvares Pereira, um dos heróis da independência portuguesa na Batalha de Aljubarrota. O edifício, em estilo gótico, era um dos maiores e mais imponentes de Lisboa antes de ser parcialmente destruído pelo terramoto.
As ruínas da igreja foram transformadas em museu no século XIX, e foi oficialmente fundado em 1864 pela Associação dos Arqueólogos Portugueses, tornando-se um dos primeiros museus do país. O museu possui uma rica coleção arqueológica que abrange diversas épocas e culturas, desde a pré-história até a modernidade.
- Artefactos pré-históricos: objetos de pedra e cerâmica que ilustram a vida e os costumes das primeiras comunidades humanas em Portugal;
- Arte romana: inclui peças como mosaicos, lápides e esculturas provenientes de antigas vilas romanas;
- Arte medieval: estátuas, túmulos góticos e outros objetos religiosos que refletem a importância do convento durante a Idade Média;
- Arte egípcia: uma das atrações mais curiosas é um sarcófago egípcio e uma múmia, exemplares raros nos museus portugueses.
- Arte manuelina e renascentista: fragmentos arquitetónicos e esculturas que testemunham a transição dos estilos gótico e manuelino para o renascentista.
O museu está aberto para visitas de segunda a sábado, de novembro a abril das 10h às 18h e de maio a outubro das 10h às 19h. Os bilhetes custam em 5€ e 7€ dependendo da faixa etária, e existem descontos para residentes em Portugal, estudantes e crianças.
Estes são apenas alguns dos museus lisboetas que sugerimos, porque fazer uma lista completa dos melhores museus de Lisboa seria quase interminável! O Museu do Fado, o Museu do Azulejo e o Pavilhão do Conhecimento também são ótimas opções, entre muitas outras. Se nos faltar alguma, deixa-nos a sua sugestão nos comentários!
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