Python consolidou-se como uma das linguagens de programação mais relevantes em Portugal. Seja em desenvolvimento web, ciência de dados, machine learning ou automação de processos, a sua presença atravessa praticamente todos os sectores da economia digital.

Este crescimento trouxe consigo uma maior procura por profissionais especializados e, inevitavelmente, uma discussão cada vez mais frequente sobre as condições salariais associadas. Para quem já trabalha com a linguagem ou para quem considera entrar nesta área, conhecer os salários médios praticados em Portugal é essencial para ter uma noção clara das oportunidades que existem.

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O início de carreira e os salários de perfil júnior

Quem começa a trabalhar com Python em Portugal encontra um mercado com uma curva de progressão bastante rápida. Nos primeiros anos de experiência, normalmente entre zero e dois anos, os salários brutos anuais situam-se entre os 22 mil e os 32 mil euros.

pessoa com computador no colo

São valores que, embora modestos em comparação com mercados internacionais, já são competitivos no contexto português.

Além disso, a progressão salarial nesta fase é mais rápida do que noutras áreas profissionais, porque as empresas sabem que o investimento inicial é facilmente recompensado pela evolução do colaborador. A aprendizagem prática, o contacto com frameworks e bases de dados, a experiência com testes e metodologias ágeis permitem que o salto para níveis mais elevados aconteça em pouco tempo.

A fase plena e o aumento da autonomia

Entre os dois e os cinco anos de experiência, os profissionais atingem um patamar em que já dominam bem a linguagem e conseguem entregar soluções complexas com autonomia. Nesta fase, é comum que trabalhem em integrações de sistemas, desenvolvam APIs, façam manutenção de bases de dados e comecem a colaborar em decisões arquitetónicas de menor escala.

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Valorize a sua experiência

A verdade é que, a partir do momento em que um programador Python consegue lidar com projetos do início ao fim, o seu valor no mercado cresce de forma muito significativa.

Os salários médios variam entre 30 e 45 mil euros brutos anuais, sendo que em algumas empresas tecnológicas mais exigentes ou ligadas a sectores como fintech ou inteligência artificial é possível ultrapassar este intervalo.

O perfil sénior e a consolidação profissional

Depois de cinco ou mais anos de experiência, muitos programadores entram na fase sénior, em que as responsabilidades aumentam substancialmente. Nesta etapa, já não se trata apenas de programar: o papel passa também por desenhar arquiteturas de sistemas, garantir a escalabilidade e a segurança, orientar colegas mais novos e participar ativamente na definição da estratégia tecnológica da empresa.

Os salários acompanham este aumento de responsabilidade e situam-se normalmente entre 45 mil e 65 mil euros brutos anuais. Em empresas de maior dimensão ou em áreas críticas como banca e segurança, é frequente encontrar ordenados superiores, ultrapassando os 60 mil euros. Perfis que acumulam funções de liderança técnica ou especialização em áreas de alta complexidade, como machine learning em grande escala ou engenharia de dados avançada, conseguem alcançar patamares acima dos 70 mil euros anuais.

@brumoisao2

Replying to @sαмυ 🌦 Isto são valores que eu vi e podem estar errados, por favor verifiquem sempre as informações 😉 #engenharia #programacao #salarios #trabalho #portugal

♬ original sound - Bruno Moisão

De forma resumida:

  • Júnior (0–2 anos): €22k–€32k. Em startups pequenas e funções de suporte pode começar mais baixo. Em empresas com políticas de remuneração competitivas ou contratações internacionais costuma estar no topo deste intervalo;
  • Intermédio (2–5 anos): €30k–€45k. Muitos back-end developers e data engineers encaixam aqui, é a zona onde há maior volume de ofertas no mercado nacional;
  • Sénior (5–8 anos): €45k–€65k. Engenheiros com responsabilidades de arquitetura, liderança técnica ou especiais competências em ML/infraestrutura tendem a atingir este patamar;
  • Especialistas (8+ anos ou aptidões raras): €65k+, podendo aproximar-se ou exceder os €80k em situações de contratação remota por empresas estrangeiras ou em setores como fintechs com receitas significativas.
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A localização como fator diferenciador

O local de trabalho continua a influenciar os salários em Portugal, apesar do crescimento do regime remoto. Lisboa mantém-se como o polo tecnológico mais forte do país. Aqui, as oportunidades são mais numerosas e os salários tendem a ser superiores, com plenos a rondar os 40 a 50 mil euros anuais e séniores a ultrapassar frequentemente os 55 mil.

No Porto, a realidade tem vindo a aproximar-se, embora os salários de entrada ainda sejam mais baixos. Perfis júnior começam entre 18 mil e 23 mil euros, mas progridem rapidamente, chegando a valores semelhantes aos de Lisboa para programadores com mais experiência.

close up de teclado e ecrã de um computador
Os salários do mercado Python Portugal são muito variados. | Fonte: Pexels

Em cidades como Coimbra, Braga ou Aveiro, o mercado é menos vasto, mas continua a oferecer oportunidades interessantes, sobretudo em empresas ligadas à investigação ou a projetos internacionais. Nestes locais, os salários podem não atingir os valores de Lisboa ou Porto, mas são compensados por custos de vida mais baixos, o que equilibra o poder de compra dos trabalhadores.

De forma resumida:

  • Lisboa: geralmente os salários são os mais elevados a nível nacional. Muitas startups, centros de P&D e multinacionais têm HQs ou centros tecnológicos em Lisboa; perfis intermédios-sénior costumam receber ofertas mais competitivas;
  • Porto: crescimento muito forte do mercado tech; em alguns subsetores (data science, e-commerce) os salários no Porto aproximam-se ou, em empresas concretas, igualam Lisboa. Há ainda diferenças, mas o diferencial tem vindo a reduzir;
  • Interior/outras cidades (Coimbra, Braga, Aveiro): oportunidades existem mas, em média, os salários podem ser inferiores aos de Lisboa e Porto. No entanto, muitas empresas oferecem regimes híbridos ou remotos e benefícios que equilibram a diferença de custo de vida.

Salários por sector: onde se paga melhor

Outro elemento que faz variar bastante os salários é o sector em que o profissional se insere. No sector financeiro e em fintechs, por exemplo, os salários são mais elevados devido à complexidade dos sistemas, às exigências de segurança e ao elevado risco associado.

tela e ecrã de computador com código

É aqui que se encontram algumas das ofertas mais altas, especialmente para engenheiros sénior.

Também nas empresas de inteligência artificial e de machine learning se verificam remunerações superiores à média. Modelos de linguagem, análise preditiva e sistemas de processamento de dados em larga escala exigem competências que ainda são escassas no país, o que se traduz em salários mais competitivos. Já no e-commerce e em plataformas digitais, as remunerações são equilibradas, mas crescem de forma significativa quando os projetos têm dimensão internacional.

Em contraste, a consultoria apresenta realidades muito variadas: algumas empresas oferecem pacotes salariais abaixo da média, enquanto outras, sobretudo multinacionais, pagam valores bastante competitivos para atrair talento. As startups, por sua vez, oferecem normalmente salários mais modestos, mas complementam com benefícios como stock options e a promessa de crescimento futuro.

Desta forma, as expectativas salariais devem ser as seguintes:

  • Fintech/Segurança Banca: costuma oferecer salários acima da média, sobretudo em roles de ML para deteção de fraude, eng. dados e infraestrutura crítica. As empresas históricas portuguesas neste sector e fintechs internacionais competem com ofertas sólidas;
  • E-commerce e marketplaces: pagam bem em engenharia de dados, NLP e infraestrutura, especialmente quando há ligação a produto com receita internacional:
  • IA/NLP/Tradução automática: empresas com foco em modelos de linguagem e P&D valorizam perfis de machine learning e costumam pagar prémios para competências em NLP/transformers;
  • Consultoria e serviços (outsourcing): variabilidade grande. As consultoras globais oferecem pacotes competitivos para perfis sénior, mas em projetos nearshore os valores podem ser inferiores aos de product companies.
  • Startups pequenas: frequência de compensação mista (salário + equity); o salário base pode ser mais baixo mas com potencial de upside via participação societária.

Benefícios adicionais comuns

Em Portugal, a remuneração de um programador Python raramente se resume ao salário base. Além desse, as empresas tecnológicas do país oferecem frequentemente um pacote de benefícios que pode incrementar significativamente a compesação.

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Faça as contas

Ao considerar uma oferta, é importante converter estes benefícios em valor monetário (ex.: seguro de saúde anual, subsídio de alimentação mensal) para comparar propostas de forma justa.

Incluem:

  • Subsídio de alimentação (cartão refeição), frequentemente isento até certo limite fiscal;
  • Seguro de saúde e/ou dentário (comum em empresas maiores);
  • Flexibilidade horária e remoto/híbrido, onde o valor não é monetário mas com impacto direto na qualidade de vida;
  • Orçamento para formação/conferências, comum em empresas que de precisam manter competências atualizadas em Python e ML;
  • Opções de stock, relevante em startups como forma de justificar salários base mais baixos.
  • Bónus por performance/projetos, em fintechs e empresas com métricas de negócio claras.

Evolução de carreira e progressão salarial

O crescimento salarial acompanha o desenvolvimento das competências. A transição de júnior para intermédio é particularmente rápida e traduz-se frequentemente em aumentos de 30 a 40% em apenas alguns anos. A passagem para sénior traz uma progressão mais estável, mas igualmente significativa, à medida que as responsabilidades técnicas e estratégicas aumentam.

A partir daí, as opções multiplicam-se. Alguns profissionais optam por seguir carreiras de especialização técnica, tornando-se arquitetos de software ou especialistas em áreas como dados e inteligência artificial. Outros enveredam por papéis de liderança, como team lead ou engineering manager, que combinam competências técnicas com gestão de equipas.

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A melhor parte!

Em qualquer um dos caminhos, é possível alcançar remunerações muito competitivas, que rivalizam com as de outras profissões de alta exigência em Portugal.

E as tendências do mercado indicam que a procura por profissionais Python vai continuar a crescer. A expansão das áreas de inteligência artificial, análise de dados e automação, bem como o fortalecimento de sectores como fintech e e-commerce, garantem que esta linguagem continuará a ser central em projectos estratégicos. Esse crescimento da procura deve manter os salários numa trajetória positiva, sobretudo para quem conseguir aliar o domínio técnico a competências transversais, como comunicação, trabalho em equipa e capacidade de inovação!

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Catarina

Eterna otimista, com um bichinho por viajar. Apaixonada por literatura e ficção. Metro e meio de pessoa, vivo pelo lema "Though she be but little, she is fierce". Trabalho atualmente como tradutora e redatora freelancer.