"Uma língua diferente é uma visão diferente da vida. " Federico Fellini
Há alguns anos, saber inglês era uma espécie de garantia de acesso às melhores oportunidades de emprego. Hoje em dia, o idioma é praticamente obrigatório para a maioria dos cargos, sejam administrativos ou comerciais. Mas já não é o único. A grande maioria de ofertas de emprego já requerem que o candidato tenha domínio de várias línguas, como o espanhol, por exemplo.
Esta é uma das razões pelas quais o espanhol tem ganho espaço na vida e no mercado de trabalho do nosso país.
Um grande reflexo dessa mudança é a inserção do espanhol no ensino. Atualmente, é comum que os alunos tenham a opção de aprender ambos os idiomas. Os cursos de espanhol em institutos de línguas são cada vez mais procurados e até mesmo o número de professores particulares aumentou consideravelmente.
Isto quer dizer que um aluno hoje em dia tem a hipótese de determinar a língua estrangeira que quer estudar e, consequentemente, o exame nacional que terá que realizar. Depois de optar só precisa de se dedicar ao estudo e manter o foco. Lembramos que ter uma boa nota num exame nacional aumenta as hipóteses no curso superior dos seus sonhos, uma vez que representa parte da nota final e pode ser decisiva no seu resultado.

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Motivos para fazer um curso de espanhol
Uma escolha que preocupara vários estudantes é o idioma que vão incluir no seu currículo escolar. Como língua universal e um elemento essencial para o mercado de trabalho, o inglês está automaticamente incluído, mas terá que escolher outro. A nova possibilidade de optar pelo espanhol pode ser óbvia para alguns, ou causar algum receio noutros. Mas, muito pelo contrário, optar pelo espanhol também tem inúmeras vantagens. Para o ajudar, compilamos alguns bons motivos para optar pelo curso de espanhol.
Proximidade com o português
A maior razão porque uma grande maioria dos estudantes opta pela língua espanhola é pela sua proximidade com o português. Sem um grande conhecimento dos idiomas, optar por um mais familiar pode parecer uma escolha mais fácil.
Por ser uma língua latina, tal como a nossa, o alfabeto, alguns fonemas e até mesmo algumas das conjugações verbais são familiares. No entanto, isto não deve ser considerado um motivo para não se preparar. Estudar é necessário já que, embora os dois idiomas sejam parecidos, existem muitos "falsos amigos" e regras gramaticais que não existem em um e que são fundamentais no outro.
Há alunos que já estiveram num país de língua espanhola e conseguiram comunicar efetivamente, mesmo sem ter estudado o idioma. Mas não se deve deixar enganar, porque para fazer um exame é preciso mais do que ter capacidade comunicativa, uma vez que precisa de conhecer a gramática e ter um vocabulário relativamente amplo.
Se quiser utilizar a proximidade com o português como critério de escolha, pode sentir mais facilidade no processo de aprendizagem. Mas mesmo assim, o estudo regular e a preparação para o exame serão necessários.
Relação com Espanha
Geograficamente falando, estamos muito mais próximos do espanhol do que do inglês e a escolha do espanhol pode trazer muitos benefícios futuros. Na falta de oportunidades no nosso país, pode sempre optar por procurar no país vizinho e saber falar espanhol pode representar uma grande vantagem.
Este conhecimento pode abrir as portas de um novo mercado, uma vez que as empresas latinas certamente considerarão o espanhol como pré-requisito mais importante que os outros idiomas. Assim, completar o exame nacional é apenas o primeiro passo, seguido de formação superior numa faculdade de letras ou até intercâmbio no nosso país vizinho.

E mesmo que estes não sejam os seus objetivos, poderá viajar pelos países de língua espanhola sem a preocupação com a barreira da linguagem.
Riqueza cultural
Aprender espanhol também significa entrar em contato com um vasto leque de oportunidades ligadas à arte e à cultura. Este pode ser o ponto de partida para a sua futura vida profissional. Se quiser aprofundar a sua formação em artes ou história latina, um curso de espanhol pode ser o primeiro passo.
Desta forma, não perde o foco, uma vez que tem um fator motivacional a mais para estudar e não o faz apenas por ter que fazer um exame no final. A preparação para a universidade costuma ser uma fase na qual o jovem direciona todos os seus esforços para os estudos. Se os conteúdos aprendidos nesta etapa puderam ser utilizados mais tarde, na vida profissional, melhor ainda.
E ainda que essa não tenha sido sua intenção inicial, muitas pessoas decidem optar por uma destas carreiras depois de começar a aprendizagem. No entanto, não se deve sentir pressionado para saber o que fazer da sua vida profissional quando começar o ensino secundário. Se acha que gostaria de seguir uma dessas áreas que citamos acima, comece por optar pelo espanhol. Este pode ser o passo crucial para o ajudar a tomar a decisão de uma vez por todas.
Por isso, se estiver a considerar simplesmente ficar pelo inglês, considere todos os pontos que mencionamos. É claro que a língua universal tem inúmeras vantagens, tanto profissionais como pessoais (principalmente para quem gosta de viajar), e é provável que já tenha algumas noções básicas de vocabulário. Mas, alcançar um bom desempenho no idioma é praticamente impossível sem praticar.
No entanto, não se deve deixar levar pela ideia de que o espanhol é mais fácil. O idioma mais fácil é aquele que estudou e com que se identifica. É natural que alguns estudantes tenham mais facilidade num ou outro, e esta é que deve ser a base a ter em conta quando fizer a escolha do idioma que vai aprender.
Modelo do exame da aula de espanhol
É perfeitamente normal que os estudantes ponderem sobre o tipo de perguntas que podem surgir no exame nacional de espanhol e que conhecimentos são testados. E o nível de espanhol do exame nacional não será nada fora do seu alcance.
Tal como acontece com os exames dos restantes idiomas, algumas perguntas terão como objetivo principal a interpretação de texto. Lembre-se de que, muitas vezes, não é necessário saber o significado de todas as palavras que são utilizadas no texto em questão. A verdade é que nem sempre conhecemos todas as palavras que aparecem nos textos em português.

Interpretar um texto em espanhol requer a capacidade de contextualizar as informações. Meia dúzia de palavras desconhecidas no seu comprimento não são uma sentença de fracasso para a prova. Portanto, ainda que ter um vocabulário amplo possa ser uma vantagem, haverá sempre palavras desconhecidas, que podem ser compreendidas no contexto em que foram utilizadas.
Além disso, o exame também inclui questões de escolha múltipla, onde se avaliam os pontos gramaticais e de vocabulário, de acordo com o nível do ensino secundário.
Fazer um curso de espanhol é sempre proveitoso para aumentar os seus horizontes. Mas muitas vezes, os alunos vão para o exame com receio de que será muito mais difícil do que o é na realidade. Este pensamento pode agravar a ansiedade e o nervosismo que, por sua vez, acabam por prejudicar o desempenho do estudante. Para auxiliar, pode praticar com enunciados e materiais de provas anteriores.
Desta forma, quando chegar ao exame já sabe qual é o modelo que vai encontrar e o grau de dificuldade que as questões costumam apresentar, e pode-se preparar corretamente, sem pressões desnecessárias e ganhar mais confiança para o "grande dia".
Capacidades necessárias para passar no exame do curso espanhol
Felizmente, não precisamos de ser considerados bilíngues para passar no exame nacional de espanhol. Aliás, não é necessário sê-lo sequer para ter sucesso no mercado de trabalho. Não chega ter noções básicas, mas com estudo regular vai sentir-se mais confiante a fazer o exame.
Alias, ter fluência não é necessariamente equivalente a perfeição. Se, por um lado, a capacidade comunicativa é avaliada pela capacidade de entender e fazer-se entendido, quando pensamos na preparação para um exame, a gramática e a capacidade escrita devem ser o foco dos estudos.
Um exame consiste em avaliar as capacidades do estudante com o idioma, a compreensão de textos, os conceitos gramaticais e a aplicação correta da norma para a comunicação formal. Mas isso não quer dizer que precisa de ser um expert na língua para ter um bom desempenho.

Se estiver a pensar ir de férias para a Espanha, ou qualquer outro país da América Latina, pode aproveitar para praticar durante a viagem. Mas não vai adiantar viajar para um país que fala espanhol se nunca teve aulas do idioma. Não vai praticar para a prova oral se estiver a dizer tudo errado. No entanto, uma experiência do género pode ajudar a que se sinta mais confortável quando precisar de conversar com um estrangeiro.
Mas para se preparar para o exame, é precisar trabalhar mais do que as capacidades de comunicação e aprofundar o conhecimento gramatical. Não precisa de fazer cursos intensivos ou um intercâmbio, basta manter-se concentrado no curso convencional (ou com professor particular de espanhol), muita dedicação e cumprir o plano de estudos.
Deixamos aqui algumas dicas adicionais que podem ajudar:
- Torne os momentos de estudo algo agradável e prazeroso;
- Faça exercícios de respiração profunda para ajudar o corpo a relaxar e tornar mais fácil a memorização dos conteúdos;
- Evite ser dominado pelos nervos e lembre-se que ter dificuldades é normal. Mesmo que outros colegas possam não ter as mesmas dúvidas, isso não quer dizer que saiba menos que ele. Não somos bons em tudo, mas podemos aprender de tudo um pouco, com uma boa dose de foco e dedicação;
- Estude para se preparar para o futuro, porque aprender espanhol pode levar a uma oportunidade na carreira ou uma viagem incrível.
Devo ou não optar por um curso de espanhol intensivo?
Todas as escolhas, sejam elas profissionais ou académicas, não pressupõem certo ou errado. As pessoas tomam decisões baseadas numa série de fatores internos e externos, já para não mencionar que o que é considerado bom para alguns, pode não o ser para outros. É tudo uma questão de preferências.
Desta forma, não podemos afirmar que deve optar por espanhol em detrimento de outros idiomas. Esta é uma decisão que deve tomar sozinho, tendo alguns fatores em conta.

Hoje em dia, um aluno normalmente tem contato com vários idiomas durante o seu percurso no ensino, independentemente de não fazer um curso num instituto. Mas pode ser difícil determinar qual das línguas é mais fácil para a sua aprendizagem.
Há quem considere o espanhol o idioma estrangeiro mais fácil de aprender, devido à sua proximidade com o português. Por outro lado, também há quem o considere mais difícil, devido à grande variedade de tempos verbais, todas diferentes dos que utilizamos na nossa língua materna.
Tal como saber inglês pode abrir várias portas no mercado de trabalho, os alunos que optam por ter aulas de espanhol também têm vantagens. Optar pelos cursos de espanhol é sinónimo de uma concorrência menor, e a possibilidade de aceder a um curso na universidade dos seus sonhos, se obtiver uma boa nota no exame.
Já concluímos que a língua da Espanha tem cada vez mais importância no mercado de trabalho e existem cada vez mais novas oportunidades relativas ao ensino da linguagem nas escolas. Por isso, quando chegar a altura de escolher, pondere sobre todas as opções e as vantagens de optar pelo espanhol.