O árabe é uma língua falada em vários locais do mundo, mas com letras e palavras tão distintas do português, pode parecer muito difícil de aprender. Mas mesmo sendo mais difícil de aprender do que o espanhol, saber árabe tem inúmeras vantagens. Dominar um idioma considerado raro ou complexo como este é uma capacidade muito requisitada, e cada vez mais.
E depois de começar a aprender a língua, vai perceber o quão vantajoso pode ser! Mas encontrar o curso de árabe certo para ser tornar fluente também pode ser uma tarefa e meia. Se quer poder dizer que é mesmo fluente, tem que utilizar o método de aprendizagem adequado. Um dos que traz melhores resultados é aprender árabe diretamente inserido na sua cultura, num dos países onde é língua oficial.
Parece boa ideia? Então continue a ler para saber tudo sobre aprender árabe por imersão, incluindo as nossas melhores dicas e conselhos para garantir que corre tudo da melhor forma possível.
Faça algumas aulas de árabe antes de ir
Ir aprender o idioma para qualquer nação do mundo árabe, requer que possua algum conhecimento prévio do mesmo. Claro que pode viajar sem saber dizer uma única palavra palavra em árabe, mas corre um grande risco de não ser capaz de comunicar com ninguém. Nem todas as populações árabes falam inglês e terá que recorrer ao seu idioma nativo para ser compreendido.
Como tal, recomendamos que faça algumas aulas de árabe antes da viagem, para aprender pelo menos o alfabeto e vocabulário mais básico. Um curso de árabe intensivo ajuda a que se familiarize com a língua, domine a pronúncia do alfabeto e das palavras, tenha algumas noções de gramática e, acima de tudo, se sinta confortável a dialogar com falantes nativos.
Pode optar por aprender a língua nos cursos livres duma universidade portuguesa, numa escola de língua ou com professores particulares como os que encontra na Superprof!
Decida qual é o melhor país para a imersão
É importante que escolha o melhor destino possível de acordo com os seus objetivos e questões de segurança. Primeiro, nem todos os países onde o árabe é a língua oficial são indicados para a aprendizagem por imersão. Alguns devem ser evitados totalmente, outros têm questões de segurança que podem não ser indicadas para receber viajantes. Entre conflitos, guerras civis e movimentos de libertação política e social, vários deles (assim como as regiões fronteiriças) não são uma opção. E em termos culturais, uns são mais progressistas do que outros.
Segundo, os custos e despesas que terá variam entre cada um deles, tendo em conta o custo médio de vida da cidade onde vai ficar. E, do ponto de vista linguístico, o que vai aprender também difere, uma vez que cada zona utiliza um dialeto de árabe diferente. Para fazer a sua escolha, deve ponderar todas estas questões.
Peça o visto com bastante antecedência
Deve verificar nas embaixadas e consulados se necessita de um visto para entrar no país de destino. O processo de pedido de um visto pode variar bastante dependendo de para onde vai viajar e o tempo que vai lá ficar. Nalgumas situações, não é necessário fazer o pedido antes de viajar. Noutras, e consoante o tempo que quiser ficar e o que vai fazer, vai precisar de tratar do visto a partir de Portugal.
Acima de tudo, deve verificar com antecedência quais são as exigências do país para onde vai e perceber se tem que fazer o pedido antes da viagem, porque alguns vistos podem demorar semanas ou meses a ser emitidos. Consulte os serviços consulares para saber qual é o visto que vai precisar e como o deve pedir.
Garanta que possui todos os documentos necessários
Tal como acontece quando vai viajar, deve garantir que leva todos os documentos necessários consigo, incluindo:
- documento de identificação (CC);
- passaporte;
- visto;
- carta de condução.
Além de possuir os exemplares físico aconselhamos que digitalize todos os documentos e guarde estes ficheiros. No caso de roubo ou extravio, a renovação do documento é mais simples. Também deve verificar a validade do passaporte. Alguns países exigem um prazo de validade até 6 meses e outros não aceitam passaportes temporários. Confirme ainda se os seus cartões de crédito/débito são aceites ou se terá que fazer câmbio de dinheiro.
Se tiver intenções de conduzir, verifique se a carta de condução é válida, ou seja, se está dentro do prazo de validade e se é reconhecida pelo país para onde vai viver. Confirme na embaixada ou consulado e, se necessário, peça com antecedência a licença internacional de condução. Para a pedir, deve dirigir-se ao IMT com um documento de identificação, a sua carta de condução portuguesa, o seu NIF e duas fotos tipo passe. Esta licença custa €30 e tem validade de um ano a partir da data em que é emitida.
Adquira atempadamente o bilhete e garanta as condições e os meios necessários para a viagem. Assegure-se de que dispõe dos meios suficientes para a sua permanência e para regressar, se o bilhete de regresso ter validade. E no caso de perder ou extraviar alguns destes documentos, não entre em pânico! Dirija-se à embaixada portuguesa mais próxima e peça ajuda. Vão orientá-lo sobre o que pode fazer e durante todo o processo.
Procure por alojamento antes da viagem
Não deve deixar a decisão do local onde vai ficar alojado para último, por isso, pode começar por consultar online os anúncios imobiliários de cada país. Existem vários sites que permitem avaliar, antes de viajar, os preços do alojamento que são praticados nesse local. Alguns deles reúnem ofertas de todo o mundo, mas também pode fazer sentido fazer algumas pesquisas específicas para perceber quais são os sites mais usados para procurar casa especificamente onde vai ficar.
Não deve assinar qualquer tipo de contrato sem visitar a casa, para evitar burlas. Por isso, aconselhamos que alugue um quarto de hotel ou um apartamento do Airbnb durante os primeiros tempos, para poder visitar o potencial alojamento com calma. Se estiver a pensar fazer um curso numa universidade, informe-se sobre como funcionam as residências e se pode ficar numa delas.
Também deve levar consigo as referências da sua conta bancária, uma vez que pode precisar delas para fazer transferências no estrangeiro. As condições necessárias para abrir uma conta no estrangeiro variam em cada país, mas existem bancos online que permitem abrir contas a partir de Portugal e fazer levantamentos em diferentes moedas sem ter de pagar comissões.
Mantenha alguns procedimentos de segurança
Tendo em conta as condições de segurança em alguns países árabe, deve tentar obter o máximo de informação possível antes da partida e registar-se na embaixada ou consulado do local para onde vai (deixando a data prevista de início e fim da viagem e formas de contacto). Também pode utilizar a aplicação móvel “Registo Viajante”, que permite que seja imediatamente localizado e contactado em caso de situações de emergência, como catástrofes naturais, acidentes ou atentados.
Qualquer que seja o destino que escolha, deverá evitar a exibição de joias e objetos de valor quando sair de casa. Os pequenos furtos podem acontecer em qualquer local e recomendamos precaução. Evite frequentar ruas mal iluminadas de noite e não resista se existir uma tentativa de roubo. Também não transporte malas ou embrulhos que não lhe pertençam e mantenha sempre a sua bagagem debaixo d'olho.
Informe-se, com antecedência, quanto à necessidade de cuidados de saúde especiais. Sempre que viajar para fora da Europa deve fazer uma consulta do viajante (de preferência 6 a 4 semanas antes de partir). Deve levar consigo o seu documento de identificação, o boletim individual de vacinas e, caso já possua um, o certificado internacional de vacinação.
Nesta consulta vai ficar a conhecer as medidas de prevenção a ter em conta antes, durante e depois da viagem, em função do destino, da viagem e de quem viaja. Isto inclui vacinação ou toma preventiva de medicação contra múltiplas doenças de risco baixo ou inexistente em Portugal, informação sobre higiene individual e cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem, aconselhamento e prescrição de medicamentos que pode ou deve levar consigo e informação sobre assistência médica e riscos nos destinos.
Deve sempre levar consigo a receita dos medicamentos que estiver a tomar, porque existem substâncias que são permitidas aqui mas ilegais noutros países, e pode ser necessário provar que foram receitadas por um médico. Estas consultas podem ser feitas em vários locais por todo o território português. Consulte o local mais próximo no site do SNS.
Complemente a imersão com aulas ou curso local
Sendo que o objetivo é aprender árabe em contacto com a sua história e cultura, muitos dos visitantes tentam adquirir o idioma só assim. E não é que isso seja um problema, porque estará a utilizar a língua cada vez que sair de cada, for às compras ou tiver que comunicar com falantes árabes nativos. Mas demorará muito mais tempo a dominar o alfabeto e a gramática! As aulas ajudam a combater esse problema.
Pode optar por ingressar numa universidade ou uma escolas de línguas, desde que fomente a aprendizagem. Porque se quer saber falar árabe, tem que praticar constantemente a gramática e o vocabulário. E ter a ajuda de um professor com experiência pode fazer toda a diferença. Como tal, recomendamos que complemente a aprendizagem com formação numa instituição verificada. Vai dominar a língua na comunicação diária sim, mas não descuide as aulas!
Assimile e respeite a cultura do país (e a religião)
O nosso último conselho para quem vai estudar para nações árabes, principalmente as que seguem a religião muçulmana, é que respeite a cultura e a religião local. Pode parecer óbvio, mas nunca é de mais lembrar e é uma questão essencial!
Os países de cultura árabe e islâmica têm códigos sociais, hábitos, costumes e práticas culturais muito diferentes dos ocidentais. Nestes, vai deparar-se com uma cultura muito distinta da nossa, e deve seguir as suas regras, quer concorde com elas ou não. Deve cumprir as regulamentações locais no que diz respeito ao vestuário e formas de comportamento. O consumo de drogas e de bebidas alcoólicas é proibido, e geralmente punido com penas de prisão pesadas.
E então, já tem tudo pronto para a viagem?
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