Braga, como uma das cidades mais antigas de Portugal, é um destino repleto de cultura e tradição. Para quem quer explorar o passado desta cidade vibrante, os museus em Braga são paragens obrigatórias, porque oferecem um mergulho nas suas raízes romanas, na riqueza dos patrimónios religiosos e nas expressões artísticas que marcaram diferentes épocas. Oferecem aos visitantes uma viagem cultural imperdível, onde cada espaço revela um capítulo fascinante do seu passado.
Se quer saber qual deles visitar, continue a ler para descobrir os melhores museus de Portugal que encontra no espaço Bracarense e o custo da sua entrada!
Tesouro-Museu da Sé de Braga: a catedral
O Tesouro-Museu da Sé de Braga é um dos espaços culturais e religiosos mais emblemáticos de Portugal, localizado na histórica Sé Catedral de Braga, a mais antiga do país. Este museu destaca-se pela sua rica coleção artística e de objetos litúrgicos, muitos dos quais estão diretamente ligados à importância de Braga como um dos principais centros do cristianismo na Península Ibérica (a "Roma de Portugal").
É uma verdadeira janela para o passado espiritual e artístico do nosso país. Além de abrigar objetos de valor inestimável, a arquitetura românica da Sé de Braga, gótica e barroca é, por si só, uma atração imperdível. Este museu é um espaço essencial para compreender a influência da Igreja Católica na cultura e religião de Portugal.
Foi fundado com o objetivo de preservar e expor os tesouros acumulados pela Sé e reflete a longa história da catedral, que remonta ao século XI. A sua coleção é variada e abrange várias épocas e estilos artísticos, incluindo:
- Ourivesaria sacra: inclui cálices, ostensórios, cruzes processionais e relicários, muitos decorados com ouro e pedras preciosas. Destacam-se as cruzes processionais de estilo manuelino ou barroco, que são verdadeiras obras-primas;
- Vestuário litúrgico: conjuntos de vestes sacerdotais, bordadas com técnicas refinadas, utilizadas em celebrações religiosas ao longo dos séculos;
- Escultura e imaginária: imagens de santos e crucifixos, com destaque para objetos dos períodos gótico e barroco;
- Manuscritos e livros litúrgicos: obras raras, incluindo missais, antifonários e outros livros de grande valor histórico e artístico;
- Órgão histórico: exibição de partes e peças ligadas à tradição musical da catedral.
A peça com maior destaque é, sem dúvida, o Cálice de São Geraldo, um objeto de ouro associado ao primeiro arcebispo de Braga.
O museu está aberto todos os dias das 9:30h às 12:30h e das 14:30h às 17:30h, e os bilhetes de acesso custam 3€.
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Museu dos Biscainhos: o charme bracarense
O Museu dos Biscainhos é um dos museus mais charmosos da cidade e oferece uma viagem no tempo ao período barroco. Instalado no Palácio dos Biscainhos, este local histórico e artístico reflete perfeitamente o estilo de vida da aristocracia bracarense dos séculos XVII e XVIII.
Não é apenas uma coleção de objetos históricos, mas um portal para o estilo de vida, as artes e a arquitetura do período barroco. Cada detalhe do espaço, desde os tetos pintados até os jardins luxuosos, transporta os visitantes para um tempo de opulência e requinte. Ou seja, o museu é uma excelente forma de entender as dinâmicas sociais e culturais da nobreza de Braga durante estes séculos.
O palácio foi construído no século XVII e expandido em XVIII, e era uma residência aristocrática que refletia o poder e o gosto da nobreza local.
O edifício em si é um excelente exemplo do barroco civil português, com interiores ricos em detalhes ornamentais e tetos pintados. Em 1978, foi transformado em museu, com o objetivo de preservar e exibir as características de uma casa senhorial barroca e o seu estilo de vida.
Toda a sua coleção remete para o quotidiano aristocrático da época, com:
- Mobiliário de época: conjuntos de móveis ricamente trabalhados, com destaque para artigos barrocos e rococós, muitas delas produzidas por artesãos portugueses;
- Cerâmica e porcelana: exposição de faiança portuguesa, porcelanas orientais e louças europeias, que representam as influências culturais e comerciais da época;
- Ourivesaria: joias, utensílios e adornos que refletem o luxo da casa senhorial;
- Arte Sacra: imagens religiosas e outros objetos litúrgicos, uma marca da devoção da nobreza;
- Têxteis e tapeçarias: artigos bordados e tapeçarias que decoravam o interior do espaço.
Cada espaço é decorado com mobiliário e peças originais que recriam o ambiente aristocrático da época. Incluindo a cozinha, que ainda tem utensílios e equipamentos que mostram como as refeições eram preparadas em grande escala.
Um dos destaques do museu é o seu jardim barroco, desenhado em terraços com fontes, estátuas e plantas ornamentais. São o lugar perfeito para passeios tranquilos e momentos de contemplação.
E a melhor parte? O acesso ao jardim é totalmente gratuito e o bilhete para o museu só custa 2€!
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Museu D. Diogo de Sousa: relíquias arqueológicas
O Museu D. Diogo de Sousa é um dos museus de arqueologia mais importantes de Portugal. Criado em 1918 e inaugurado no atual edifício em 2007, recebeu o seu nome em homenagem ao arcebispo bracarense no início do século XVI, conhecido pelo seu papel na modernização e desenvolvimento da cidade. Este espaço oferece uma viagem fascinante através do tempo, desde o período pré-histórico até a época medieval, com destaque para o legado romano de Bracara Augusta, nome pelo qual a cidade era conhecida no tempo do Império Romano.
É um ponto de referência para quem quer conhecer a rica história local. Com as suas exposições, os visitantes podem mergulhar no quotidiano das antigas civilizações que habitaram a área, com foco especial na influência romana. É também um espaço educativo e inspirador, que combina rigor científico com uma apresentação acessível e envolvente.
A coleção cobre diferentes períodos históricos, incluindo:
- Pré-história: objetos que documentam as primeiras ocupações humanas na zona, incluindo ferramentas de pedra e artefactos cerâmicos;
- Civilização Romana: estelas funerárias e inscrições romanas, esculturas e elementos arquitetónicos, como capitéis e mosaicos, objetos do quotidiano, como cerâmicas, vidros, moedas e utensílios domésticos, fragmentos de vestuário e adornos pessoais;
- Período Medieval: artefactos que revelam a continuidade da ocupação local após a queda do Império Romano.
As exposições estão organizadas de forma cronológica, permitindo aos visitantes explorar a evolução histórica da região. Cada sala apresenta a peça acompanhada de painéis informativos e recursos interativos que contextualizam os artefactos.
O museu é também um centro de estudo e investigação arqueológica, que promove escavações e projetos de preservação do património regional e publicações científicas.
Está aberto de terça a domingo, das 10h às 17:30h e o bilhete custa apenas 3€. Aos domingos e feriados, todos os cidadãos residentes em território nacional têm entrada gratuita. Aproveite a oportunidade para visitar o local sem pagar por isso!
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Museu Pio XII: a marca da religião
O Museu Pio XII, é uma instituição religiosa de grande relevância, situada no coração da cidade, perto da Sé Catedral. Fundado em 1957 por iniciativa do então Arcebispo-Primaz D. Francisco Maria da Silva, tem como objetivo preservar e divulgar o património religioso, histórico e artístico da região. O nome é uma homenagem ao Papa Pio XII, conhecido pelo seu papel na promoção da cultura e do diálogo entre a fé e a arte.
É uma paragem obrigatória para os interessados nestes temas. O espaço proporciona um olhar aprofundado sobre a importância da cidade como centro religioso e cultural. A experiência é enriquecida pela possibilidade de visitar a torre medieval, que oferece uma perspetiva única da cidade.
A sua coleção abrange várias áreas patrimoniais, como:
- Arqueologia: desde o período pré-histórico até a época medieval, como objetos do quotidiano, ferramentas e cerâmicas;
- Arte sacra: esculturas, pinturas e objetos litúrgicos, como cálices, crucifixos e relicários, que testemunham a devoção e a espiritualidade local;
- Trajes religiosos vestes litúrgicas e outros têxteis ricamente bordados, que refletem o trabalho artesanal e a simbologia religiosa;
- Pintura e escultura: obras de artistas regionais e nacionais, com destaque para as que retratam a vida religiosa;
- Epigrafia: lápides e inscrições que documentam o passado religioso e civil da região.
Subir à torre é uma oportunidade para apreciar uma vista panorâmica da cidade, com os seus edifícios históricos e paisagens envolventes
Está aberto de terça a sábado, das 10h às 12:30h e das 14h às 18h. O preço dos bilhetes é entre 2€ e 4€, dependendo do que quer visitar.
Estes são apenas alguns dos exemplos que pode visitar no distrito, mas existem muitas outras opções! Se estiver a pensar visitar a zona, faça uma pesquisa mais aprofundada para perceber quais são os locais em que tem mais interesse. É um habitante bracarense? Se tiver alguma sugestão para nos dar, deixe-a nos comentários em baixo!
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