Existem inúmeras formas de aprender e estudar um idioma. E quanto mais complexo for, mais dessas formas deve utilizar, para se familiarizar o máximo possível com a língua. Uma dessas formas é ver e assistir a filmes.
Os filmes são uma ótima forma de ouvir a pronúncia correta da língua e como é utilizada em situações comuns do dia a dia. Portanto, se quer aprender coreano, ver filmes coreanos românticos, dramáticos ou comediantes, são uma grande ajuda!
Mas a que filmes assistir? Para o ajudar a começar esta jornada, compilamos uma lista de alguns dos melhores filmes coreanos de sempre que pode utilizar para aprender o idioma!
Parasitas
Gisaengchung, no título original, é um filme de 2019, realizado por Bong Joon-ho, que se tornou um marco na história do cinema mundial. A história acompanha a família Kim, que vive em condições precárias num porão apertado, e luta para sobreviver com trabalhos temporários. Quando o filho, Ki-woo (Choi Woo-shik), consegue uma oportunidade para dar aulas de inglês à filha de uma família rica, os Park, vê a oportunidade de mudar a vida da sua família. A partir daí, os Kim elaboram um plano engenhoso para que todos consigam empregos na casa dos Park, infiltrando-se aos poucos sem revelar a sua verdadeira relação.
O filme explora de forma brilhante a desigualdade social, a luta de classes e as diferenças entre ricos e pobres, misturando humor, suspense e tragédia numa história envolvente e imprevisível. A direção de Bong Joon-ho, em conjunto com a cinematografia impecável e um guia afiado, faz com que cada cena tenha um significado profundo.
Parasitas recebeu aclamação mundial e fez história ao se tornar o primeiro filme de língua não inglesa a vencer o Óscar de Melhor Filme, em conjunto com três outras estatuetas: Melhor Realizador, Melhor Guião Original e Melhor Filme Internacional. É considerado uma obra-prima do cinema moderno, e com toda a razão!
O Meu Nome é Loh Kiwan
O Meu Nome é Loh Kiwan é um drama e romance lançado em 2024, realizado por Kim Hee-jin e baseado no romance I Met Loh Kiwan de Cho Hae-jin, publicado em 2019. A história centra-se em Loh Kiwan, interpretado por Song Joong-ki, um desertor norte-coreano que foge para a Bélgica à procura de asilo e de uma vida onde possa ser ele mesmo, para cumprir o último desejo da sua mãe.
O filme é descrito como um drama comovente que aborda de forma sensível as dificuldades dos refugiados e a procura por identidade num país estrangeiro. Algo muito relevante nos tempos que correm!
Na Bélgica, Loh Kiwan enfrenta vários desafios ao tentar obter o estatuto de refugiado. Durante este período, conhece Marie Lee, interpretada por Choi Sung-eun, uma ex-atleta de tiro que perdeu a esperança na vida. A relação entre os dois desenvolve-se de forma inesperada, explorando temas de identidade, pertença e redenção.
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Eu Vi o Diabo
Akmareul Boatda no título original, é um thriller de terror lançado em 2010, realizado por Kim Jee-woon. O filme é conhecido pela sua abordagem intensa e brutal ao tema da vingança, e é considerado um dos filmes mais impactantes do cinema sul-coreano.

A história gira em torno de Kim Soo-hyun (Lee Byung-hun), um agente secreto cuja noiva é brutalmente assassinada pelo psicopata Jang Kyung-chul (Choi Min-sik), um assassino em série cruel.
Devastado pela perda, Soo-hyun decide capturar o assassino, e fazê-lo sofrer de maneira implacável. Embarca num jogo sádico de caça e tortura, libertando Kyung-chul repetidamente apenas para o capturar novamente e infligir mais dor.
O filme destaca.se pela sua cinematografia estilizada, cenas de violência extrema e pela atuação magistral de Choi Min-sik, que é verdadeiramente aterrorizante. E ao contrário dos filmes tradicionais deste género, Eu Vi o Diabo questiona os limites da moralidade e se o desejo de retribuição pode transformar um homem em algo tão monstruoso como o próprio vilão. Com uma narrativa intensa e um clima perturbador, o filme é um clássico do género e muito recomendado para fãs de thrillers psicológicos sombrios.
A Criada
Ah-ga-ssi, no título orignal, é um filme de 2016, realizado por Park Chan-wook e baseado no romance Fingersmith de Sarah Waters. No entanto, o realizador transportou a história para a Coreia dos anos 1930, durante a ocupação japonesa, criando uma obra visualmente deslumbrante e cheia de reviravoltas.
A história acompanha Sook-hee (Kim Tae-ri), uma jovem vigarista contratada para ser criada de Lady Hideko (Kim Min-hee), uma herdeira rica que vive sob o domínio do seu tio autoritário, Kouzuki (Cho Jin-woong). O objetivo de Sook-hee é ajudá-la a apaixonar-se por um vigarista disfarçado de conde (Ha Jung-woo), para que este possa roubar a sua fortuna. No entanto, à medida que a história se desenrola, surge uma paixão inesperada entre Sook-hee e Hideko, revelando segredos e traições que mudam completamente o rumo do plano original.
A Criada foi aclamado mundialmente e vencendo vários prémios em festivais de cinema, incluindo Cannes.
O filme destaca-se por uma narrativa não linear, dividida em três partes, que apresentam diferentes perspetivas dos personagens. Além disso, combina elementos de suspense, romance e erotismo, mantendo o espectador constantemente preso ao ecrã. A cinematografia impecável, figurinos detalhados e a banda sonora elegante contribuem para a atmosfera sofisticada da obra.
Oldboy
Oldboy é um dos filmes mais icónicos do cinema sul-coreano, lançado em 2003 e realizado por Park Chan-wook. Faz parte da Trilogia da Vingança, em conjunto com Mr. Vingança (2002) e Lady Vingança (2005). O filme é baseado no manga japonês de mesmo nome, mas Park Chan-wook adiciona a sua própria visão brutal da história.
A história acompanha Oh Dae-su (Choi Min-sik), um homem comum que é sequestrado e mantido preso num quarto durante 15 anos sem qualquer explicação. De repente, é libertado e recebe cinco dias para descobrir quem o prendeu e porquê. A sua procura por vingança leva-o a um jogo psicológico intenso, cheio de reviravoltas chocantes e revelações perturbadoras.
Com cenas icónicas, como a luta no corredor filmada num único take e o final impactante, Oldboy tornou-se uma verdadeira referência do cinema mundial. O filme mistura ação, drama e suspense psicológico, explorando temas como destino e a fragilidade da mente humana.
Venceu o prémio Grand Prix no Festival de Cannes de 2004 e consolidou a Coreia do Sul como potência cinematográfica. É, sem dúvida, um dos melhores filmes de todos os tempos!
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Oasis
Oasis é um filme de 2002, realizado por Lee Chang-dong, um realizador muito conhecido pelas suas obras sensíveis e provocadoras. O filme é um drama romântico que desafia convenções sociais ao abordar o amor entre duas pessoas marginalizadas pela sociedade.
Com uma realização intimista e um guião que equilibra brutalidade e ternura, Oasis é uma obra emocionante que questiona os limites da empatia e do amor numa sociedade que frequentemente exclui aqueles que não se encaixam nos seus padrões.
A história segue Hong Jong-du (Sol Kyung-gu), um homem com deficiência intelectual e registo criminal, que acaba de sair da prisão por um atropelamento fatal cometido pelo seu irmão. Enquanto se tenta conectar com a família da vítima, conhece Han Gong-ju (Moon So-ri), uma jovem com paralisia cerebral severa que vive isolada e negligenciada. Inicialmente, a sua relação é marcada por um episódio controverso, mas à medida que a narrativa avança, os dois desenvolvem um vínculo profundo, e desafiam preconceitos e convenções.
O filme destaca-se pelo realismo cru e pela abordagem sensível das dificuldades enfrentadas pelos protagonistas. A atuação de Moon So-ri foi muito elogiada pela sua interpretação autêntica e comovente, e valeu-lhe vários prémios internacionais, incluindo o Prémio Marcello Mastroianni no Festival de Veneza.
Joint Security Area
Joint Security Area é um filme de 2000, realizado por Park Chan-wook. O filme é um thriller político e militar que se tornou um grande sucesso de bilheteira na Coreia do Sul, e ajudou a consolidar a carreira de Park Chan-wook como um dos realizadores mais influentes do país.

A história passa-se na Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ), na fronteira entre as Coreias do Sul e do Norte. Após um tiroteio misterioso que deixa dois soldados norte-coreanos mortos, uma investigação internacional é conduzida para determinar o que realmente aconteceu.
A major Sophie E. Jean (Lee Young-ae), da Comissão de Supervisão das Nações Negras, assume o caso e descobre que há muito mais do que um simples conflito militar.
O filme alterna entre o presente e flashbacks que revelam uma história de amizade improvável entre soldados sul-coreanos (interpretados por Lee Byung-hun e Kim Tae-woo) e norte-coreanos (interpretados por Song Kang-ho e Shin Ha-kyun). O que começa como encontros clandestinos regados a bebidas e brincadeiras logo se transforma num drama intenso sobre lealdade, política e as barreiras impostas pela divisão das Coreias.
Joint Security Area é um verdadeiro marco no cinema sul-coreano, e apresenta uma abordagem muito mais humanizada sobre as relações entre os dois países. Continua a ser, até hoje em dia, uma das obras mais aclamadas do cinema coreano!
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