Os exames nacionais de matemática são anualmente feitos por milhares de alunos do ensino secundário que o fazem com intenção de conseguirem acesso ao ensino superior.
Para que estes resultados sejam bons e os alunos consigam atingir os seus objetivos, deverão fazer uma preparação com regra, organização e, ainda mais importante, com tempo para estudarem, compreenderem a matéria e também para aprenderem a aplicar as suas fórmulas corretamente. Não só para a época de exames, mas também para terem as bases necessárias de conhecimento para que possam frequentar o ensino superior sem sentirem grandes dificuldades.
O exame de matemática nada mais é do que a divisão entre os estudantes que conseguiram já adquirir as capacidades suficientes para poderem frequentar o ensino superior e os restantes que precisarão de mais um pouco de estudo. Deve ser encarado como mais um passo no processo e não um obstáculo impossível de ultrapassar.
E atenção, se não conseguir entrar no ensino superior por causa do resultado de um exame nacional, não quer dizer que não possa concorrer novamente no ano seguinte! Nunca é tarde para entrar na universidade e para concluir um curso superior em qualquer área do seu agrado!
Exames nacionais de matemática: como surgiram na vida dos jovens estudantes?
Os exames nacionais de matemática apareceram na vida dos estudantes portugueses no ano de 1997. Foram implementados nesse ano, juntamente com a criação da plataforma IAVE (Instituto de Avaliação Educativa).
A sua criação deveu-se à necessidade de distinguir os alunos que estavam ou não aptos para poderem ter acesso ao ensino superior e completá-lo com sucesso.
Desde o início que estas provas foram consideradas das ferramentas mais importantes e imprescindíveis para o bom desenvolvimento dos estudantes e, por isso, continuam a fazer parte do percurso escolar dos jovens portugueses.
A matemática ensinada ao longo do ensino secundário, não é para que os estudantes decorem as suas fórmulas e as apliquem como um "copy paste" nos enunciados.
O objetivo aqui é que os estudantes consigam adquirir as capacidades necessárias para a frequência e conclusão do ensino superior! Há um foco no desenvolvimento de várias capacidades cognitivas, de interpretação, coordenação mental e também para que aprendam a descrever o mundo físico de forma rigorosa e precisa.
Capacidades como:
- interpretação;
- coordenação mental;
- justificar de forma adequada uma posição;
- argumentação clara e precisa;
- detetar falácias e raciocínios falsos;
- descrever o mundo e situações de forma rigorosa;
- desenvolvimento do raciocínio abstrato.
São muito importantes, quer seja para um aluno a área das ciências ou das humanidades, e são estes os objetivos e os pontos a testar quando se colocam os alunos em frente ao enunciado da prova que poderá mudar as suas vidas.
Vários diferentes exames nacionais de matemática existentes no ensino secundário
De uma forma resumida, existem 3 diferentes tipos de exame de matemática:
- Exame Nacional Matemática A;
- Exame Nacional Matemática B;
- Exame Nacional Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS).
Vejamos um pouco mais sobre cada um deles.
Exame Nacional Matemática A
A Matemática A é considerada por muitos a disciplina mais complicada que é avaliada nos exames nacionais. É uma disciplina trienal e o exame nacional é feito no final do 12º ano, ou seja, inclui toda a matéria lecionada durante 3 anos. Os estudantes que não façam uma preparação devida para os exames que vão realizar, poderão sentir dificuldades quando estiverem a tentar resolver as questões do enunciado da prova!
Este poderá apenas ser feito no final do 12º ano, na 1ª ou na 2ª fase. Se não conseguir aprovação nos critérios na 1ª fase, poderá tentar novamente na 2ª. No entanto, se faltar à 1ª fase, não poderá inscrever-se na 2ª, por isso ir aos exames nas duas datas marcadas no calendário, mesmo que não se sinta 100% preparado, poderá fazer a diferença no acesso ao ensino superior no final!
Exame Nacional Matemática B
Esta prova é bastante semelhante à anterior, com a diferença que engloba menos um ano, terminando no 11º ano. Esta vertente também é conhecida por Matemática Aplicada às Artes Visuais, normalmente por ser a que está inserida nesses cursos.
Tal como no anterior, o enunciado engloba conteúdos de ambos os anos escolares, e será avaliado o conhecimento do estudante das matérias dos 10º e 11º anos.
Exame Nacional Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS)
Esta prova é a da disciplina de matemática lecionada nas ciências sociais, destinada a dotar os alunos dos cursos de línguas e humanidades das mesmas capacidades que os outros: um pensamento matemático e o desenvolvimento do raciocínio abstrato, adaptando sempre a matéria lecionada aos conhecimentos e área que estudam.
Tal como o anterior, o exame de MACS é bienal, realizado no final do 11º ano.
Como funciona o exame?
Os estudantes que realizam qualquer uma destas provas são autorizados a levar consigo uma caneta de cor azul ou preta, o seu cartão de cidadão, material de desenho e de medição (lápis, borracha, régua, esquadro, transferidor e compasso) e uma calculadora gráfica. No entanto, existem algumas regras a cumprir:
| Exame Nacional Matematica | Tipo de Calculadora | Características do Material | Material Extra Permitido |
|---|---|---|---|
| Exame Nacional Matemática A | Calculadora gráfica | Não podem possuir cálculo algébrico simbólico | Régua, Compasso, Esquadro e Transferidor |
| Exame Nacional Matematica B | Calculadora gráfica | Não podem possuir cálculo algébrico simbólico | Régua, Compasso, Esquadro e Transferidor |
| Exame Nacional MACS | Calculadora gráfica | Não podem possuir cálculo algébrico simbólico | Régua, Compasso, Esquadro e Transferidor |
| Exames Economia | Calculadora científica | Não alfanuméricas, não programáveis. | Nenhum |
| Exames Fisica e Quimica | Calculadora gráfica | Com a funcionalidade “modo de exame” | Régua, Esquadro e Transferidor |
A prova tem a duração de 150 minutos, com tolerância de mais 30 minutos. Inclui perguntas de escolha múltipla e de resposta restrita, e possui um formulário com fórmulas (claro) que os alunos podem utilizar para responder a questões do enunciado.
Quem pode fazer os exames nacionais de matemática?
A resposta aqui é simples, qualquer aluno que deseje acesso ao ensino superior e tenha completado com sucesso o ensino secundário, poderá fazer os exames nacionais. Estes poderão ser utilizados para completar as suas provas de ingresso necessárias para a candidatura ao ensino superior!
Os alunos que frequentem o ensino secundário têm apenas que realizar a sua inscrição nas datas específicas para tal, antes do final do ano. Mas um estudante que tenha terminado o ensino secundário no ano anterior ou há mais tempo, também poderá inscrever-se no exame nacional (independentemente de já o ter ou não feito no ano em que terminou o 12º ano). E este exame pode ser utilizado para a sua candidatura ao ensino superior.
Existe ainda uma fase de candidaturas para estudantes com idade superior a 23 anos e, para esses, as provas de acesso funcionam de forma diferente, o que significa que podem não ter que realizar este exame.
Datas do exame de matemática
Ainda que os dias exatos apenas sejam disponibilizados pelo IAVE no calendário anual, a 1ª e 2ª fase costumam acontecer sempre na mesma altura. Seguindo a regra dos anos anteriores, é espectável que a primeira fase aconteça no final do mês de junho e a 2ª fase seja também no final de julho.
Podemos ver abaixo o calendário dos exames nacionais de matemática deste ano:
| Exame | Data da 1ª fase | Data da 2ª fase |
|---|---|---|
| Matemática A | 26 de junho às 9:30h | 22 de julho às 9:30h |
| Matemática B | 26 de junho às 9:30h | 22 de julho às 9:30h |
| Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) | 26 de junho às 9:30h | 22 de julho às 9:30h |
Como se pode verificar na tabela acima, os exames nacionais de matemática são todos no mesmo dia. Por isso, se um aluno deixar a prova de matemática B por fazer e a planear fazer no final do 12º ano, poderá ter de escolher entre fazer ou ou outro!
Após a publicação do calendário pela DGES, é aconselhável que a preparação e organização de uma rotina de estudos (caso não esteja já implementada), seja criada e seguida à risca para que quando chegar à data da época de exames, tudo corra da melhor forma possível.
Sabe o que estudar para o exame nacional de matemática?
Como já referimos, existem mais que um tipo de exame e todas as vertentes irão englobar matéria diferente.
No caso do exame de matemática A, que é o mais completo, a matéria englobada no enunciado inclui temas como:
- Estatística;
- Álgebra;
- Cálculo Combinatório;
- Trigonometria e Funções Trigonométricas;
- Geometria Analítica;
- Sucessões.
Entre outros temas que são abordados ao longo dos 3 anos escolares. É normal existirem itens a avaliar conteúdos como:
- proposições, radicais, potências de expoente racional e polinómios;
- funções reais e de variável real, monotonia, extremos e concavidade, assíntotas ao gráfico de uma função;
- extensão da Trigonometria a ângulos retos e obtusos e resolução de triângulos;
- cálculo combinatório e probabilidade condicionada;
- geometria analítica no plano, cálculo vetorial no plano, geometria analítica no espaço e cálculo vetorial no espaço;
- equações de planos no espaço, conjunto dos majorantes e conjunto dos minorantes de uma parte não vazia de R;
- razões trigonométricas de ângulos generalizados, ângulos retos e obtusos e resolução de triângulos;
- princípio de indução matemática e limites de sucessões;
- função logarítmica e limites notáveis;
- estudo elementar das funções quadráticas, raiz quadrada, raiz cúbica e módulo e definidas por ramos;
- triângulo de Pascal e binómio de Newton;
- propriedades das operações sobre conjuntos, raízes n-ésimas de números complexos, entre outros.
No caso de matemática B, as temáticas são ligeiramente diferentes. Aqui, o foco é o pensamento matemático e computacional e como pode ser utilizado para a cidadania. Na prova, avaliam-se conteúdos como:
- taxa de variação e otimização;
- cálculo e interpretação da taxa de variação;
- otimização, probabilidade e probabilidade condicionada;
- fenómeno aleatório;
- geometria sintética, no plano e no espaço;
- distâncias inacessíveis e a sua determinação;
- resolução de triângulos retângulos e obliquângulos;
MACS tem um foco maior na estatística e probabilidade. O seu enunciado aborda questões como:
- sistemas eleitorais posicionais ou preferenciais;
- representação gráfica estatística e medidas de localização;
- modelos matemáticos financeiros, de grafos e populacionais;
- probabilidade condicionada. acontecimentos independentes e regra de Bayes;
- determinação de variáveis.
Isto não quer dizer que vai encontrar todos estes temas no seu enunciado, ou que não possa ver alguma questão que não tenha estudado na sala de aula ou na preparação. O formato da prova é tipo, mas as perguntas em si podem ser diversas e, de certa forma, inesperadas. O melhor a fazer é preparar-se para todas as opções possíveis.
Resultados dos exames do ensino secundário
Depois do stress da preparação e da realização das provas, chega a época de esperar pelos seus resultados e perceber se consegui a nota de que precisava. Regra geral, o resultado dos exames nacionais poderá demorar entre 1 a 2 semanas a ser divulgado nos seguintes locais:
- DGES;
- IAVE;
- Nas escolas secundárias.
- Jornal Observador;
- Jornal Público;
O site da DGES é o local onde os estudantes que desejam acesso ao ensino superior podem encontrar todas as informações mais importantes para as suas candidaturas.
No seu guia extremamente completo pode encontrar informações sobre como pedir a senha para a sua candidatura, como calcular a nota, quais são as provas de ingresso de cada curso e muito mais.
As escolas afixam sempre os resultados para que os estudantes os possam ver. E a maioria dos jornais, além dos dois que mencionamos acima, publicam notícias com as notas e links onde se podem aceder aos resultados completos.
A candidatura de acesso ao ensino superior e o sucesso do aluno em ingressar no curso que deseja irão depender do que virem afixado nas pautas dos resultados.
Para garantir que não existem surpresas inesperadas, o melhor a fazer é estudar e prepararem-se o melhor possível para o exame, com o tempo que houver disponível! E, se for necessário, tentar a melhoria de nota na 2ª fase.
Preparação para o exame de matemática
Todos os anos, com a aproximação da data dos exames, o stress e o tempo apertam para o estudo e as pesquisas por dicas para estudar para os exames nacionais de matemática de forma mais eficaz começam a surgir pela internet. Centenas de estudantes procuram a fórmula mágica que podem utilizar para estalar os dedos e passar a compreender todos os conceitos matemáticos.
Mas a verdade é que não existem fórmulas mágicas, nem irá conseguir bons resultados se perder tempo à procura de formas de estudar mais eficazes ou como compreender a matemática mais rápido. Todo esse tempo deverá ser gasto à volta da matéria que sabe que poderá sair no enunciado!
As formas que já são conhecidas são também as mais eficazes, mas podemos sempre dar umas dicas extra. No fundo, tudo precisa de tempo e o estudo e compreensão da matemática, com todas as suas fórmulas e cálculos, ainda mais!
A melhor forma de se preparar é garantir que sabe aquilo que o espera. Ainda que não seja possível prever quais são as perguntas e conceitos específicos que vão sair na prova, podemos sempre verificar os enunciados dos anos anteriores para perceber quais são os tipos de questões que costumam ser colocadas. As matérias que mencionamos acimas são, precisamente, aquelas que têm estado mais presentes nas edições dos anos anteriores e que, portanto, têm maior probabilidade de serem novamente incluídas nos enunciados deste ano.
Depois, é só estudar. O estudo diário, embora possa parecer exagero e um enorme encargo, é a melhor forma de conseguir compreender e consolidar toda a matéria necessária para ter boa nota. Basta delegar 20 a 30 minutos por dia para o estudo, um tempo que não é demasiado exagerado e cansativo, mas que ajuda a manter toda a matéria em dia e a identificar quaisquer dificuldades ou dúvidas que possam não ter sido esclarecidas na sala de aula.
Uma boa organização permite dedicar o tempo indicado às matérias onde tem mais dificuldades e onde sente mais dúvidas. Como é óbvio, não é necessário perder tanto tempo com conteúdos em que se sente confiante, mas sim naquelas que tem mais dificuldade. Estudar tudo com antecedência ajuda a identificar quais são.
Não se esqueça que, ainda que sejam eficazes, não devem ser utilizadas como um recurso de último desenrasque.
Por isso, deve:
- Organizar uma rotina de estudos e segui-la à risca;
- Definir um horário diário para se dedicar a resolver e dos anos anteriores;
- Prestar atenção às aulas de matemática durante todo o ensino secundário;
- Ter um professor particular para o ajudar a preparar-se corretamente.
Ter aulas particulares com um professor Superprof será das formas mais eficazes de se preparar para o exame de matemática. Com ele poderá organizar-se, fazer revisões a tudo o que já foi dado nas aulas e ainda ter a segurança de ter sempre alguém a quem possa recorrer caso apareça alguma dúvida! O apoio individual do professor no decorrer das sessões permite focar-se exatamente nas matérias e conteúdos em que realmente precisa de ajuda, e potenciar todo o tempo de aula.
As sessões são planeadas de forma totalmente personalizada, de acordo com a forma como o aluno aprende melhor, os conteúdos que tem dificuldade em consolidar e os recursos que proporcionam mais resultados. O professor particular vai ter tudo isso em conta, e aplicar todas as metodologias necessárias para que o estudante possa esclarecer as suas dúvidas, consolidar os conteúdos e sentir-se preparado para enfrentar as perguntas que vão surgir no enunciado.
Na Superprof encontrará perto de 40.000 professores de matemática, disponíveis para o ensino à distância ou para sessões presenciais em várias cidades do país. Terá total liberdade de escolher o profissional e a modalidade que preferir, de acordo com as suas preferências pessoais e o tempo que tem livre até ao dia D. E as aulas de preparação para os exames com qualquer um deles têm um custo médio de apenas 13 euros. Além disso, 99% dos nossos professores oferece a 1ª aula gratuitamente, por isso começa logo a poupar dinheiro.
Os exames nacionais, embora complicados, podem ser mais fáceis connosco, entre na plataforma Superprof e pesquise o seu professor!
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