Escolher o curso superior pode ser uma verdadeira dor de cabeça para muitos alunos do ensino secundário! As opções são inúmeras e permitem seguir tantos caminhos diferentes!
Formação técnica, licenciaturas e mestrados, programas de intercâmbio, universidades públicas e privadas... Existem dezenas de opções para os alunos que querem continuar os seus estudos depois do ensino secundário. Então, que profissão escolher?
Não podemos responder a esta pergunta por si, mas podemos tentar ajudar no processo. Acima de tudo importa saber que não está sozinho! E existem vários recursos educacionais disponíveis para o acompanhar até encontrar o caminho certo.
Descubra como se tornar um profissional feliz!
Acabou o ensino secundário: e agora?
Está prestes a realizar os exames e respetivas provas de ingresso para a universidade e ainda não decidiu a área vocacional que pretende estudar? Se este é o seu caso, deve fazer um teste de orientação vocacional e profissional!
O teste de orientação vocacional destina-se a todos os estudantes do secundário que estejam à procura de respostas sobre o seu futuro profissional. São a ferramenta ideal para acompanhar e orientar o aluno no final do secundário. Os estudantes podem organizar os seus próximos passos, avaliar as possibilidades de estudos superiores ou a carreira em que têm interesse com o aconselhamento de um profissional.

Elaborados por uma equipa de especialistas em diversos ramos, como psicólogos, pedagogos e outros educadores, estes questionários educacionais são compostos por muitas seções diferentes que podem responder a todas as questões dos futuros universitários!
Para quem prefere um acompanhamento mais completo, existem consultas de orientação vocacional com psicólogos especializados, disponíveis em consultórios privados, clínicas de psicologia, serviços de psicologia escolar ou centros de orientação profissional.
Estas sessões incluem entrevistas, aplicação de testes psicológicos certificados, análise dos resultados e sessões de devolução e aconselhamento.
Depois de ter consigo os resultados, o passo seguinte é utilizar essa informação de forma prática, construtiva e realista. Como já mencionamos, o teste em si não é um fim, mas um meio para apoiar a tomada de decisões mais conscientes e alinhadas com a personalidade de quem o realiza. Por este motivo, é fundamental refletir sobre os resultados, explorá-los com profundidade e tomar medidas concretas que transformem esse conhecimento em ação.
Os resultados do teste não são rígidos nem definitivos, e as nossas escolhas podem evoluir ao longo do tempo. O mais importante é continuar sempre atento, aprender com cada etapa do percurso e adaptar o plano às novas descobertas.
Sempre que possível, é recomendável realizar a análise dos resultados com um especialista de orientação vocacional, como um psicólogo ou orientador escolar. Este pode explicar melhor o significado dos dados, contextualizá-los, e, acima de tudo, facilitar a reflexão pessoal.
Por vezes, o simples facto de falar sobre os resultados permite descobrir motivações ou resistências que o teste, sozinho, não revela. O especialista pode também fornecer ferramentas adicionais, como guias, sites de universidades, ou contactos com profissionais de diferentes ramos, que ajudam a transformar os resultados em ações concretas.
O que são testes psicotécnicos?
Os testes psicotécnicos são instrumentos de avaliação psicológica utilizados para medir diferentes capacidades cognitivas, comportamentais e traços de personalidade de um indivíduo. Estes testes são aplicados em diversos contextos, nomeadamente na seleção de pessoal, na orientação vocacional, na análise clínica e até em processos de admissão para instituições de ensino ou forças de segurança.
Em contextos educacionais, são frequentemente utilizados na orientação vocacional. Neste caso, o objetivo é ajudar os estudantes a compreenderem melhor as suas aptidões e interesses pessoais, de modo a facilitar uma escolha de carreira mais alinhada com o seu perfil. Este tipo de avaliação é particularmente útil para jovens que se sentem indecisos em relação ao seu futuro académico ou profissional.

Os testes psicotécnicos funcionam a partir de uma lógica padronizada e estruturada, que permite analisar de forma objetiva as capacidades cognitivas e psicológicas do candidato. São aplicados em ambientes controlados, sob supervisão de psicólogos ou técnicos especializados, e obedecem a critérios rigorosos de tempo, condições de aplicação e forma de correção.
No caso concreto da indecisão sobre a carreira que deve seguir, os testes analisam os seguintes elementos:
- Os seus interesses profissionais: ou seja, a importância ou a curiosidade que atribui a certos tipos de atividade, e que determinará as ocupações nas quais poderá prosperar e, portanto, obter sucesso;
- As suas motivações: os objetivos e as necessidades que o inspiram, quais são as forças motrizes mais importantes. Ao fazer um trabalho que satisfaça as suas necessidades, tem mais hipóteses de ser bem-sucedido;
- A sua personalidade: a forma como age diariamente afeta o seu relacionamento com os outros, mas também a sua abordagem do trabalho. Isso também é inteligência emocional. Algumas profissões são mais ou menos adaptadas aos indivíduos de acordo com a sua natureza. Portanto, é importante descobrir como funciona para escolher uma ocupação compatível com o seu temperamento.
As perguntas são em geral sobre os seus interesses, hobbies, ambiente de trabalho preferido, a sua capacidade de interagir com os outros, os seus valores e objetivos de vida, etc.
Se gostava de realizar um teste deste tipo, há diversas instituições especializadas no país que oferecem este serviço. Estes locais proporcionam avaliações presenciais conduzidas por psicólogos experientes, de forma a auxiliar jovens e adultos a escolher percursos académicos e profissionais alinhados com as suas aptidões e interesses.
Como funciona um teste de orientação vocacional?
A escolha da profissão é para muitos jovens e adolescentes motivo de temores e pesadelos. De acordo com muitos especialistas, o teste vocacional (seja ele online, aplicado por psicólogos ou até mesmo na própria instituição de ensino, o que é o mais comum) deve ser o primeiro passo para que o jovem passe a entender quais são os seus possíveis caminhos no futuro.
Num teste de orientação vocacional, as perguntas são cuidadosamente elaboradas para avaliar diversos aspetos da pessoa que está a completar o questionário, com o objetivo de identificar áreas e carreiras que estejam alinhadas com os seus interesses, capacidades, valores e traços de personalidade. Por isso, costumam incluir uma combinação de questões objetivas e subjetivas, que abrangem diferentes dimensões do funcionamento individual.

O primeiro passo costuma ser uma entrevista inicial de entrada, especialmente quando o questionário é realizado com acompanhamento profissional, como num contexto de orientação escolar ou em consulta de psicologia vocacional. Nesta fase, o psicólogo ou orientador recolhe informações básicas sobre o percurso académico, experiências profissionais anteriores, motivações pessoais e expectativas do indivíduo.
Este levantamento das aptidões do jovem pode ser feito através de conversas, dinâmicas e exercícios.
O profissional, com estas informações, traça o seu perfil e apresenta uma lista de áreas do conhecimento alinhadas aos interesses do indivíduo. Depois, segue-se a realização do teste propriamente dito, que pode ser feito em formato digital ou em papel. Este inclui uma série de perguntas, organizadas por áreas como interesses, aptidões cognitivas ou práticas, valores pessoais e traços característicos.
Uma vez concluído, as respostas são analisadas de forma sistemática, o que permite gerar um perfil vocacional. Este perfil inclui, por exemplo, quais são os interesses predominantes da pessoa, quais são as suas principais competências ou áreas de facilidade, os valores mais importantes no trabalho e características de personalidade que influenciam o desempenho e satisfação em diferentes contextos profissionais.
O objetivo é, acima de tudo, amadurecer o seu pensamento e começar a explorar os muitos caminhos possíveis após o fim do percurso escolar.
Depois da análise dos resultados, realiza-se uma sessão de devolução, na qual o psicólogo ou orientador apresenta o perfil vocacional ao indivíduo. Nesta sessão, discute-se o significado dos resultados, clarificam-se dúvidas, e são sugeridas áreas de estudo ou ocupações que estejam alinhadas com o perfil identificado.
Onde fazer um teste de orientação vocacional gratuito?
Existem vários sites portugueses onde pode realizar testes vocacionais totalmente gratuitos, disponíveis para todos os interessados. Basta que aceda ao site, selecione o que preferir e responda às questões!
Algumas das opções que pode experimentar:
- IEES: o Instituto Europeu de Estudos Superiores acompanha o desenvolvimento do ensino superior e tem inúmeras opções formativas para os interessados. O questionário é estruturado para cruzar as preferências pessoais com os ramos de atuação profissional, fornecendo sugestões de ocupações ou cursos compatíveis;
- Orientação Vocacional NBI®: o processo NBI® inclui uma análise aprofundada através de reuniões online (ou presenciais) para definir o percurso académico ou profissional mais indicado. O acompanhamento também se estende a adultos em fase de reorientação de carreira;
- Design the Future: é uma plataforma desenvolvida em Portugal para ajudar jovens a explorar profissões e definir o seu percurso profissional. O site oferece uma variedade de recursos, incluindo vídeos sobre variadas ocupações, guias sobre formações disponíveis em Portugal e quizzes de autoconhecimento;
- Aprimoramente: este site faz uma colheita de diversos testes vocacionais gratuitos, incluindo questionários que exploram três questões principais: valores pessoais, estilos de trabalho e traços de personalidade e outras que fazem uma ligação entre preferências pessoais e carreiras adequadas;
- A Real Me: um quizz divertido, dinâmico e de alta qualidade para o auxiliar! Composto por 31 perguntas rápidas, o site dá, ao final da resolução de todas, uma ideia de algumas profissões que podem ser seguidas pelos vários tipos de estudantes que responderam ao questionário e os seus respetivos campos de interesse.
Em caso de necessidade extrema, o estudante pode optar por completar um teste vocacional mais completo. Este tipo de teste pode ser aconselhado por profissionais formados em psiquiatria ou psicologia. Neste caso, os processos levam vários dias já que existem diversas etapas envolvidas, como mencionamos antes!
Se quiser uma coisa mais instantânea, também pode optar por fazer um dos testes rápidos que encontra em aplicações como:
- Teste Vocacional App: uma aplicação gratuita que permite identificar os seus interesses, aptidões e ocupações mais adequadas de acordo com os mesmos;
- 123test: possui vários questionários distintos, como um para identificar ambientes de trabalho e ocupações que correspondem ao seu tipo de personalidade e outro que se foca no seu interesse e capacidades.
As carreiras possíveis para quem gosta de matemática
A área das ciências matemáticas exatas é aquela que, nos seus estudos, possui as disciplinas de matemática, química e física como parte da sua estrutura principal. A matemática utiliza os cálculos como forma de alcançar resultados precisos, através de métodos rigorosos. Ao contrário das ciências humanas, as matemáticas utilizam a precisão como metodologia.

Ao contrário do que se pensa, a área das matemáticas é extremamente ampla. E, nesse sentido, as possibilidades de adequação são infinitas.
No entanto, existe uma condição básica e mínima, é claro: tem que gostar muito de matemática. Mas, por exemplo, se o estudante tem intenção de trabalhar na área de informática, pode escolher um curso de tecnologias da informação sem necessariamente ter de se especializar em estudos matemáticos.
Como regra geral, podemos afirmar que quem opta por cursos nesta área é uma pessoa que gosta de resolver problemas, vencer desafios, conviver com a inovação e quer contribuir para o progresso do país, ao desenvolver novas tecnologias ou trabalhar como professor que vai participar diretamente na formação desses profissionais que vão desenvolver novas tecnologias.
Se acha que tem o que é preciso, pode optar por profissões em áreas como:
- Economia: ciência social que estuda a forma como os indivíduos, empresas, governos e sociedades utilizam os recursos disponíveis (que são limitados) como forma de satisfazer as suas necessidades e desejos, que são ilimitados. O seu principal objetivo é compreender os processos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços;
- Contabilidade: ramo que regista, organiza e interpreta os factos económicos e financeiros de uma entidade, com o objetivo de fornecer informação útil na tomada de decisões. Essencial para empresas, instituições públicas e organizações sem fins lucrativos, a contabilidade permite conhecer a situação patrimonial, financeira e os resultados de uma entidade num determinado período;
- Engenharia: área do conhecimento que aplica os princípios da matemática e da tecnologia ao conceber, desenvolver, construir e otimizar soluções práticas para problemas do quotidiano. O engenheiro transforma ideias em projetos concretos, desde pontes, edifícios e máquinas até sistemas elétricos, redes de comunicações ou processos industriais;
- Estatística: ciência que recolhe, organiza, analisa, interpreta e apresenta dados, com o objetivo de apoiar a tomada de decisões e compreender fenómenos em diversas áreas do conhecimento. Permite transformar informação bruta em útil, ao identificar padrões, tendências e relações entre variáveis.
É importante saber que o ritmo acelerado de inovações no setor tecnológico exige destes especialistas uma formação adequada e atualização constante. Portanto, também é preciso gostar de estudar!
As melhores profissões para quem gosta de humanidades
Podemos afirmar que as humanidades são uma área do conhecimento voltada para o estudo do homem e das suas criações enquanto ser social.
Gostar de ler é uma característica essencial ao profissional de humanidades. Não apenas pelo facto de que os professores universitários adoram indicar umas quantas leituras de carácter obrigatório! Mas também porque é uma área que exige o conhecimento de diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto: para que o repertório do estudante seja rico em argumentação, reflexão e pesquisa.
Também é necessário ter ótimo domínio da linguagem escrita, e muitas vezes em mais do um idioma! Há muita bibliografia indicada em outras línguas e que ainda não foi traduzida para português. Além do que já mencionamos acima, as humanidades costumam atrair pessoas curiosas, comunicativas, sensíveis...

Por esse motivo, costumam dar-se bem em profissões de áreas como:
- História: disciplina que estuda o passado da humanidade, analisando acontecimentos, processos, ideias, culturas, sociedades e indivíduos ao longo do tempo. O seu principal objetivo é compreender como as sociedades evoluíram, como se organizaram e como enfrentaram desafios, conflitos e transformações;
- Direito: conjunto de normas e princípios que regulam a convivência numa sociedade, ao definir direitos, deveres e garantias dos cidadãos, bem como os mecanismos para a resolução de conflitos. Assenta numa tradição jurídica romano-germânica, com base em códigos legais que orientam a atuação dos tribunais e das instituições públicas;
- Filosofia: disciplina que procura compreender, de forma racional e crítica, os fundamentos da existência, do conhecimento, da moral, da arte, da linguagem, da mente e da realidade. Diferente das ciências empíricas, não se baseia apenas na observação, mas na reflexão, na argumentação lógica e na análise conceptual;
- Ensino: prática e o processo de transmitir conhecimentos, competências, valores e atitudes, tendo como objetivo o desenvolvimento integral dos indivíduos e a sua preparação para a vida em sociedade. É uma atividade central na educação e pode ocorrer em diversos contextos, formais e informais, embora esteja especialmente associada às instituições escolares;
- Jornalismo: atividade de recolher, investigar, interpretar e divulgar informações de interesse público, com o objetivo de informar, esclarecer e formar a opinião da sociedade. É uma profissão essencial para o funcionamento da democracia, porque assegura o acesso dos cidadãos a factos relevantes e promove a transparência, a liberdade de expressão e o debate público.
As carreiras ideias para quem gosta de ciências
A área das ciências biológicas é ampla e abrange muitas carreiras diferentes entre si. Se fosse possível resumir esta área em poucas palavras, seria o estudo da vida.

Em todas as suas formas (seres humanos, animais, plantas...), desde os microrganismos até aos ecossistemas mais complexos.
De modo geral, quem opta por um curso da área da biologia é bastante curioso, gosta do contacto com a natureza e com o ser humano, e tem interesse por pesquisas em laboratórios.
O seu principal objetivo é pesquisar sobre a estrutura, forma, evolução e funcionamento dos seres vivos e como eles se relacionam com o meio ambiente.
Para o fazer, pode optar por carreiras em áreas como:
- Biomedicina: área das ciências da saúde que se dedica ao estudo dos processos biológicos do corpo humano, com o objetivo de compreender, diagnosticar, tratar e prevenir doenças. Baseia-se numa forte componente laboratorial e integra conhecimentos de biologia, química, fisiologia, microbiologia, imunologia e outras áreas relacionadas;
- genética: área da biologia que estuda a hereditariedade e a variação dos seres vivos. Analisa como as características são transmitidas de geração em geração através dos genes, que são unidades de informação codificadas no ADN. Cada ser vivo possui um conjunto único de genes, herdado dos seus progenitores, que determina muitas das suas características físicas e, em parte, comportamentais;
- Ciências ambientais: área multidisciplinar que estuda o ambiente e as interações entre os elementos naturais e as atividades humanas. Reúnem conhecimentos de várias disciplinas como a biologia, a geologia, a química, a física, a geografia e até as ciências sociais, com o objetivo de compreender os problemas ambientais e encontrar soluções sustentáveis;
- Biologia marinha: ramo da biologia que estuda os organismos que vivem nos oceanos, mares e outros ambientes aquáticos salgados, bem como as interações entre esses seres vivos e o meio marinho. Esta ciência investiga a diversidade de vida marinha, desde os microrganismos até aos grandes mamíferos como baleias e golfinhos, passando por peixes, moluscos, corais, algas e muitos outros grupos.
E então, conseguimos ajudá-lo a definir que curso ou que carreira quer seguir? Diga-nos nos comentários!