O regresso às aulas é um momento carregado de expetativas, entusiasmo e, inevitavelmente, alguma ansiedade. Depois de semanas ou meses de férias, voltar a horários rígidos, novas matérias, professores diferentes e até colegas novos pode gerar insegurança e preocupação. Em especial entre crianças e jovens que ainda estão a desenvolver mecanismos de autorregulação emocional, este período pode ser desafiante e até desencadear sintomas mais sérios de ansiedade escolar.

A ansiedade, em níveis moderados, é natural: prepara o corpo para responder a desafios e dá energia para enfrentar mudanças. No entanto, quando se torna excessiva ou prolongada, interfere com o bem-estar, a concentração e o rendimento académico. Reconhecer os sinais, compreender os fatores de risco e implementar estratégias práticas pode transformar a transição para o novo ano letivo numa oportunidade de crescimento saudável, e não numa fonte de sofrimento.

Para ajudar todos os jovens ou pais que se encontram nesta situação, vamos explorar com mais detalhe os principais sinais de ansiedade nesta faixa etária e as técnicas que podem utilizar para a combater de forma eficaz. Tudo o que precisa para conseguir um regresso às aulas bem-sucedido!

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Sinais de ansiedade em crianças e jovens

Nem sempre é fácil distinguir nervosismo passageiro de ansiedade significativa. Muitas vezes, os sinais não surgem em palavras diretas, mas em comportamentos e sintomas físicos.

Entre os sinais mais comuns contam-se:

  • Queixas físicas recorrentes, como dores de barriga, dores de cabeça ou náuseas, especialmente em vésperas de escola ou de testes;
  • Irritabilidade e mudanças de humor, alternando entre silêncio, choro fácil ou explosões de raiva;
  • Problemas de sono, seja dificuldade em adormecer, despertares noturnos ou pesadelos frequentes;
  • Evitação de situações escolares, como resistência em sair de casa, atraso deliberado ou pedidos para faltar;
  • Preocupações excessivas, expressas em frases repetidas (“E se eu não conseguir?”, “E se correr mal?”) ou em ruminação constante;
  • Baixa concentração e esquecimento, que dificultam o acompanhamento das aulas;
  • Alterações no apetite, podendo comer demasiado ou recusar refeições;
  • Isolamento social, evitando amigos, atividades extracurriculares ou interações habituais.

É importante sublinhar que cada criança manifesta a ansiedade de forma diferente. Um aluno pode reagir ficando muito falador e agitado. Outro, pelo contrário, recolhe-se e torna-se quase invisível. Os pais e professores devem estar atentos a mudanças súbitas ou persistentes no comportamento, especialmente se estas coincidirem com o início do período escolar.

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O mais importante é ter atenção

Reconhecer cedo estes sinais é o primeiro passo para intervir, evitando que pequenas ansiedades se transformem em fobias escolares ou problemas mais graves de saúde mental.

Conheça alguns métodos de estudo eficazes e os seus benefícios.

Técnicas de respiração e mindfulness

Uma das formas mais simples e eficazes de reduzir a ansiedade é através da respiração consciente. Quando estamos ansiosos, a respiração tende a tornar-se superficial e rápida, o que mantém o corpo em estado de alerta. Ensinar crianças e jovens a respirar de forma profunda e controlada ajuda a acalmar o sistema nervoso.

aluna com livro na cabeça

Uma técnica prática é a respiração 4-7-8: inspirar pelo nariz durante 4 segundos, suster a respiração por 7 segundos e expirar lentamente pela boca durante 8 segundos. Repetida algumas vezes, esta prática reduz a tensão muscular e transmite ao corpo a mensagem de que está em segurança.

Outra técnica adaptada a crianças é a “respiração da vela”: imaginar que seguram uma vela acesa, inspirar fundo e soprar lentamente como se quisessem abanar a chama sem a apagar. É lúdico e fácil de lembrar.

O mindfulness, ou atenção plena, complementa estas práticas. Não exige longas meditações, mas sim momentos curtos de foco no presente. Exercícios simples, como prestar atenção a cinco coisas que se veem, quatro que se ouvem, três que se tocam, duas que se cheiram e uma que se saboreia, ajudam a recentrar a mente. Este exercício, conhecido como “5-4-3-2-1”, é particularmente eficaz em situações de pânico ou nervosismo antes de um teste.

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Sabia que?

Escolas que integram pequenas sessões de mindfulness no início das aulas relatam melhorias na concentração, na gestão de conflitos e na capacidade de autorregulação dos alunos.

Em casa, os pais podem praticar com os filhos antes de dormir ou antes de momentos potencialmente stressantes.

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Importância de sono e alimentação

Muitas vezes desvalorizados, o sono adequado e uma alimentação equilibrada são pilares fundamentais na gestão da ansiedade.

O sono não é apenas descanso. É durante a noite que o cérebro processa memórias, regula emoções e recupera do esforço diário. As crianças em idade escolar necessitam, em média, de 9 a 11 horas de sono, os adolescentes, entre 8 e 10 horas. A privação de sono potencia irritabilidade, dificuldades de concentração e maior vulnerabilidade ao stress. Estabelecer uma rotina consistente (deitar e levantar sempre a horas semelhantes, evitar ecrãs pelo menos uma hora antes de dormir, criar um ambiente calmo e escuro no quarto) é essencial.

criança a segurar em legumes
Se quer garantir o bem-estar estudante, também deve ter cuidados com a alimentação e o sono. O stress e a ansiedade podem ser potenciados com a falta de rotina e regime nestes fatores, que desregulam o organismo. | Fonte: Pexels

A alimentação também desempenha um papel decisivo. As refeições ricas em açúcares refinados e cafeína podem aumentar a agitação e as oscilações de humor. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis (como as do peixe ou frutos secos) promove energia estável e equilíbrio químico no cérebro.

Além disso, manter hidratação adequada é fundamental, porque mesmo uma desidratação ligeira pode afetar o humor e a concentração. Incentivar os jovens a levar sempre consigo uma garrafa de água é uma medida simples com grande impacto.

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Sabia que?

Nutrientes como o magnésio, as vitaminas do complexo B e os ácidos gordos ómega-3 estão associados à redução da ansiedade.

Saiba também como organizar horários de estudo e lazer!

Envolvimento de professores e tutores

O combate à ansiedade escolar não é responsabilidade exclusiva da família, os professores e tutores também desempenham um papel vital. Muitas vezes, são eles quem primeiro observa sinais de ansiedade em contexto académico.

Professores atentos podem criar um ambiente de sala de aula mais seguro e inclusivo, onde o erro é visto como parte natural da aprendizagem. Reforçar positivamente pequenas conquistas, oferecer instruções claras e permitir algum grau de flexibilidade (por exemplo, dar tempo extra em testes quando a ansiedade é evidente) pode reduzir consideravelmente a pressão.

Os tutores ou explicadores também têm uma função relevante. Ao oferecer acompanhamento personalizado, ajudam o aluno a ganhar confiança em áreas em que se sente mais inseguro. Um tutor que trabalha não apenas os conteúdos, mas também estratégias de estudo e gestão do tempo, contribui para reduzir a ansiedade associada ao desempenho.

A comunicação entre escola e família deve ser fluida: com reuniões regulares, partilha de observações e planos de apoio colaborativos são fundamentais. Quando todos os adultos envolvidos estão alinhados, a criança sente-se mais segura e compreendida!

Ferramentas e apps para gestão emocional

A tecnologia, muitas vezes acusada de aumentar o stress, também pode ser uma aliada se for utilizada de forma inteligente. Existem várias aplicações concebidas para ajudar crianças e jovens (e também adultos) a gerir emoções e praticar a calma.

Alguns exemplos incluem:

  • Headspace e Calm: apps de meditação guiada, com sessões adaptadas a diferentes idades e situações;
  • Smiling Mind: desenvolvida com foco em crianças e adolescentes, oferece programas gratuitos de mindfulness;
  • Breathwrk: app que ensina diferentes técnicas de respiração, com explicações claras e exercícios rápidos;
  • Daylio: um diário de humor digital, onde os jovens podem registar como se sentem ao longo do dia, ajudando a identificar padrões e gatilhos de ansiedade;
  • MindShift CBT: baseada na terapia cognitivo-comportamental, orienta exercícios práticos para lidar com pensamentos ansiosos.
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Sabia que?

Além das apps, existem muitos outros recursos digitais como vídeos de yoga para crianças, playlists relaxantes ou podcasts sobre bem-estar que se podem integrar facilmente nas rotinas diárias dos mais novos.

O importante é que a tecnologia seja usada como ferramenta de apoio, e não como substituto da relação humana ou da ajuda profissional nas alturas em que esta é necessária.

No fundo, reduzir a ansiedade no regresso às aulas é um esforço conjunto que envolve pais, professores, tutores e os próprios alunos. Mais do que eliminar por completo a ansiedade (algo que é impossível e até indesejável), trata-se de a equilibrar e de fornecer estratégias que transformem a preocupação em motivação. Quando a escola é vista como um espaço de crescimento e não como uma ameaça, os alunos conseguem não só ter melhores resultados académicos, mas também desenvolvem competências emocionais que os acompanharão durante toda a sua vida!

Desta forma, os pais e professores que cultivam este ambiente seguro e que oferecem ferramentas práticas estão a investir não apenas no sucesso escolar imediato, mas também na resiliência futura das crianças e jovens. Afinal, aprender a lidar com a ansiedade é, por si só, uma das lições mais valiosas que a escola pode oferecer. Por isso, não perca a oportunidade de a aprender!

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Catarina

Eterna otimista, com um bichinho por viajar. Apaixonada por literatura e ficção. Metro e meio de pessoa, vivo pelo lema "Though she be but little, she is fierce". Trabalho atualmente como tradutora e redatora freelancer.